Curiosidades

Caminho para Atlântida? Estrada de tijolos amarelos encontrada a 3 mil metros de profundidade

0

Platão escreveu há mais de dois mil anos sobre Atlântida, uma cidade onde a tecnologia era avançada, havia 10 mil carruagens, torres e canais altos e centenas de elefantes e touros. Por mais que ninguém saiba com certeza se essa cidade realmente existiu ou não, o fato é que ela está presente no imaginário e na história do mundo.

Tanto que, descobertas feitas recentemente ainda são relacionadas à cidade perdida de Atlântida. Foi isso que aconteceu quando os membros da expedição oceânica Nautilus encontraram, a três mil metros de profundidade no Havaí, algo que se parecia com a estrada de tijolos amarelos mostrada no filme “O Mágico de Oz”.

Essa descoberta os deixou intrigados e se perguntando se aquilo seria ruínas de alguma cidade submersa perdida. Um vídeo desse momento mostra a surpresa dos mergulhadores quando eles fazem essa descoberta.

Descoberta

“É o caminho para Atlântida”, disse um pesquisador pelo rádio. “É a estrada de tijolos amarelos?”, perguntou outra pessoa. “Isso é bizarro”, disse outro membro da equipe.

A realidade é que essa “estrada” não é um fruto de trabalho humano. Na verdade, ela é um fenômeno natural feito pela geologia vulcânica antiga. De acordo com os pesquisadores, o que se parece com um pedaço de leito de lago seco são, na verdade, depósitos vulcânicos conhecidos como hialoclastitos. Esse tipo de rocha é formado pela fragmentação da lava e é encontrado em lugares em que erupções de alta energia despejam detritos no fundo do mar.

Por mais que a descoberta sejam rochas, por que elas se parecem com uma estrada de tijolos amarelos? “As fraturas peculiares em ângulo de 90 graus provavelmente estão relacionadas ao estresse de aquecimento e resfriamento resultantes de várias erupções nesta margem”, explicaram os cientistas.

Atlântida

Aventuras na história

Por mais que tudo indique que Atlântida seja uma lenda, pesquisadores não se cansam de tentar encontrá-la, ou pelo menos, vestígios dela. Por exemplo, esse grupo de pesquisadores particulares diz, num documentário que eles lançaram, que a cidade perdida de Atlântida está no litoral da Espanha.

O lugar onde os pesquisadores dizem ter achado a cidade perdida não foi apontado como lar de Atlântida pela primeira vez. Em um estudo de 2004, da National Geographic, foi afirmado que a cidade estaria no parque espanhol. Mas o lugar de Atlântida já foi afirmado por outros arqueólogos em localizações diferentes como Bolívia, Turquia, Alemanha, Malta, Caribe e até mesmo na Antártida.

O antropólogo, especialista nas citações de Platão, Ken Feder, da Universidade de Connecticut, conseguiu identificar 53 passagens onde o filósofo descreve a cidade. Ele faz uma crítica aos pesquisadores que dizem ter encontrado a cidade, porque segundo ele, pega-se somente algumas partes da descrição e deixa-se as que não os convêm de lado.

Outro ponto que o antropólogo levanta é o de não acreditar em pesquisas ou achados que não foram publicados em revistas e não passaram pela comunidade científica. Aquilo que vai diretamente para a imprensa ou é apresentado em algum documentário pronto é sempre algo a se desconfiar.

Um caso desses é o trabalho da empresa Merlin Burrows, que produziu uma série de documentários chamada Legendary Discoveries.“Nós encontramos qualquer coisa que foi perdida, esquecida ou escondida com precisão impressionante”, disse o site da Merlin Burrows.

O que eles procuram vai desde tesouros nacionais, passando por aviões perdidos no mar, sítios arqueológicos, até minas terrestres. Eles usam de registros históricos e de dados de satélites para encontrar as coisas que lhes são pedidas.

Procura

The olive press

Para encontrar a cidade perdida de Atlântida, eles usaram dados de satélites comerciais, como o Landsat 5 e Landsat 8. “Todos vão ter uma das duas opiniões. Uma é ‘isso é ótimo, vamos dar uma olhada’, e a outra é ‘isso é um monte de lixo’”, admitiu Bruce Blackburn, o CEO da Merlin Burrows.

Depois de verem dois diálogos específicos sobre Atlântida na obra de Platão, eles decidiram investigar mais o parque espanhol. “Não vamos compartilhar isso em um fórum público nesta etapa”, disse Blackburn.

As ruínas, que foram encontradas pela equipe, casam com as descrições de Platão. Eles encontraram fundações antigas para as torres, uma cobertura verde-azulada cobrindo algumas das ruínas, o que leva a acreditar que era o Templo de Poseidon além de uma muralha, que acompanhava o mar e sinais de que um tsunami teria destruído a cidade.

As amostras que a equipe tirou das ruínas foram analisadas e dataram de 10 a 12 mil anos. Segundo um artigo publicado em 2017, evidências mostraram que humanos viveram na região do parque nacional Doñana há cinco mil anos.

O estudo mostrou que o parque estava acima do nível do mar durante alguns períodos como o Neolítico.

Fonte: History, Galileu

Imagens: YouTube, Aventuras na história, The olive press

Diretor de Pantera Negra 2 relata a última conversa que teve com Chadwick Boseman

Artigo anterior

Canadá quer mais de 1 milhão de estrangeiros no país

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido