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Cientistas testam vacina contra câncer de próstata, pulmão e ovários

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Após desenvolver vacina contra a Covid-19, os cientistas de Oxford estão em busca de uma nova benfeitoria: imunizante contra o câncer. Em síntese, pesquisadores da Oxford Vacmedix elaboraram uma vacina capaz de combater os cânceres de próstata, pulmão e ovários.

Nesse sentido, a inovação está em fase de testes, a qual está sendo aplicada em 35 voluntários. Os resultados devem sair após seis meses, quando será possível avaliar a segurança e a eficácia do imunizante.

Fonte: Pixabay

Modo de ação

A princípio, os pesquisadores sabiam que os cânceres em questão possuem uma ardilosa estratégia para enganar o sistema imunológico. Assim, as células cancerígenas se replicam sem qualquer incômodo do nosso organismo.

Basicamente, essa tapeação se dá quando as unidades celulares mutadas liberam uma proteína chama survivina. Esta faz o nosso sistema imune pensar que está tudo bem, evitando que uma reação necessária no combate ao câncer.

Dessa forma, os cientistas fizeram uma vacina que permita ao organismo reconhecer essa proteína. Por isso, o imunizante coloca em nosso corpo uma versão sintética da survivina, para que assim, nossos agentes de defesa possam reconhecer um tumor quando essa proteína chegar no radar deles.

Fonte: cottonbro

Até o momento, 35 pacientes com câncer receberam a vacina. A aplicação se deu em três doses, com duas semanas de intervalo entre elas. Em seguida, os voluntários ficarão em monitoramento por seis meses a fim de avaliar se registraram melhoras. De acordo com os cientistas, a esperança é de que a técnica funcione nos três tipos de carcinomas descritos.

De início, os resultados prometem boas notícias, porém, os pesquisadores pedem calma. Afinal, os efeitos colaterais tendem a surgir a longo prazo, e além disso, ainda não dá para avaliar o impacto da vacina na sobrevivência diante desses tumores que costumam ser fatais.

Vacina contra câncer: uma tendência da ciência

O empenho dos cientistas de Oxford não é solitário dentro dos estudos sobre formas de se prevenir o câncer. Pesquisadores da Cleveland Clinic, nos Estados Unidos, já iniciaram um estudo clínico para testar a vacina contra o câncer de mama triplo negativo. Esta é a forma mais mortal da ação cancerígena nas mamas.

Durante a manifestação deste tipo de carcinoma, o tumor libera uma proteína chamada α-lactalbumina. Nesse sentido, o imunizante coloca o organismo em contato prévio com essa substância, o que eleva a qualidade da resposta imunológica quando a mutação ocorre.

Fonte: Anna Shvets

“A longo prazo, esperamos que essa seja uma vacina preventiva que seja administrada em mulheres saudáveis. Isso serve para evitar o desenvolvimento de câncer de mama triplo negativo, uma forma de neoplasia para a qual temos os tratamentos menos efetivos”, afirma G. Thomas Budd, o coordenador da pesquisa.

A propósito, as voluntárias da vacina são pacientes jovens entre 18 e 24 anos que já tiveram câncer de mama nos últimos três anos. Logo, há uma grande chance dos tumores voltarem, o que vai permitir ver se o imunizante vai impactar nessa reincidência.

Os estudos devem terminar em setembro de 2022, recebendo suporte financeiro do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Uma vez que a jornada seja positiva, a expectativa é de que a fórmula receba adaptações para agir contra cânceres de ovário e endométrio.

“Essas vacinas têm potencial para transformar a maneira como controlamos cânceres em adultos e aumentar a expectativa de vida de uma maneira similar ao que o programa de vacinação fez pelas crianças”, garantem os pesquisadores em comunicado à imprensa.

Fonte: Martin Lopez

Prevenção ao câncer de pele

Enquanto isso, um outro estudo se inspira nos efeitos positivos do RNA mensageiro no imunizante da Pfizer. Estudiosos do Japão e dos Estados Unidos acreditam que podem embarcar nessa tecnologia para criar uma prevenção ao câncer de pele.

Para isso, a promessa é que eles elaborem uma vacina que envie a instrução para produzir mais antioxidantes. Dessa forma, o indivíduo terá uma forma de reduzir o estresse nas células da pele quando estas produzem pigmentos de proteção contra a luz do sol. Afinal, durante essa produção, há uma liberação de agentes oxidantes, o que demanda uma técnica que equilibre esse efeito colateral, algo que é buscado pelos cientistas.

Fonte: Metrópoles.

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