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NASA inicia missão na Terra que simula como é viver 1 ano em Marte

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Marte é um dos planetas mais explorados em nosso sistema solar, sendo o único a receber robôs da NASA com o objetivo de aprimorar a análise de campo. O quarto planeta do nosso sistema solar é, depois da Terra, o mais popular. Além disso, o sonho de colonizá-lo é alimentado quase que desde quando sua exploração começou.

Contudo, por mais que a Terra e Marte tenham algumas similaridades, eles são planetas completamente diferentes em vários sentidos. E mesmo o planeta não tendo condições para que a vida exista sem nenhuma interferência, como aqui na Terra, isso não nos impede de querer viver por lá e colonizá-lo.

Isso é tão verdade que a NASA acabou de dar mais um passo rumo a esse objetivo. No último domingo, quatro voluntários foram para um ambiente que simula as condições do Planeta Vermelho construído no Johnson Space Center, um centro de comando de voos tripulados, treinamento e pesquisa da Nasa em Houston, no Texas. Esses voluntários ficarão por lá durante 378 dias.

Simulação

Essa foi a primeira de três simulações que a NASA quer fazer como parte do seu programa chamado CHAPEA, que é a sigla em inglês para Exploração Analógica da Saúde e Desempenho da Tripulação. As outras missões estão programadas para acontecer em 2025 e 2026.

Como o objetivo da agência espacial norte-americana é fazer uma missão tripulada para Marte na década de 2030, seus pesquisadores já estão vendo quais podem ser os possíveis desafios dessa viagem. Por exemplo, falhas nos equipamentos, atraso na comunicação, limitação de recursos e outros fatores que podem gerar um estresse no ambiente. Tudo isso é simulado nesse ambiente construído aqui na Terra.

Um outro experimento parecido com esse, só que menor, foi feito no começo de junho de 2023. Nele, nove astronautas espanholas ficaram 1 dia em um deserto em Utah, nos EUA, passando por situações inóspitas e parecidas com as que podem ser enfrentadas em Marte. Dentre elas, uma baixa umidade e temperaturas muito extremas.

Marte na Terra

O ambiente que se passa por Marte aqui na Terra está no Johnson Space Center e se chama “Mars Dune Alpha”. Ele tem 158 metros quadrados e é equipado com cozinha, área comum, estações de trabalho e dois banheiros. O local também tem uma área externa feita com murais de areia vermelha para imitar o ambiente do quarto planeta do sistema solar.

Os quatro voluntários irão morar nesse simulador de base espacial e também farão simulações de caminhadas espaciais. De acordo com a NASA, para isso, eles terão ajuda de um sistema de realidade virtual.

Essa missão tem o objetivo de coletar dados sobre desempenho físico e cognitivo dos voluntários para conseguir compreender quais são os possíveis impactos que uma missão para Marte, que tem uma duração longa, terá na saúde e performance geral da tripulação.

Os voluntários para o experimento são: Kelly Haston, comandante e cientista especializada em doenças humanas; Ross Brockwell, engenheiro de voo; Nathan Jones, médico; e Anca Selariu, biomédica.

“Os conhecimentos que ganharemos aqui nos ajudarão a enviar humanos para Marte e trazê-los para casa em segurança”, disse Grace Douglas, principal pesquisadora do programa CHAPEA.

Colonizar

Olhar digital

Como dito, essas simulações têm o objetivo de entender como seria a vida em uma missão até o Planeta Vermelho. Até porque, para que uma colônia funcione tão longe da Terra, tudo precisa ser pensado com bastante cuidado, até mesmo no número de pessoas que são necessárias para que essa colonização funcione.

De acordo com um novo estudo chamado “Número mínimo de colonos para sobrevivência em outro planeta”, são necessários 110 colonos. Quem fez o estudo foi o professor do Bordeaux Institut National Polytechnique, Jean-Marc Salotti.

E claro que, além do número de pessoas, várias outras coisas têm que ser levadas em consideração, como por exemplo, como as pessoas se organizarão, que equipamento elas irão levar, como conseguirão extrair recursos e que tipos de habilidades são necessárias.

Todas essas questões foram abordadas. E o relatório de Salotti diz que “o uso de recursos in loco e diferentes organizações sociais foi proposto, mas ainda há um entendimento insuficiente das variáveis ​​do problema”.

Mas o principal foco do estudo é na pergunta de “quantas pessoas são necessárias?” O autor escreve: “mostro aqui que um modelo matemático pode ser usado para determinar o número mínimo de colonos e o modo de vida para sobrevivência em outro planeta, usando Marte como exemplo”.

O problema de se estabelecer uma colônia em Marte é bastante complexo. Mas se em algum dia existirá uma colônia em Marte, é preciso desenvolver modelos de trabalho para guiar o pensamento e o planejamento. Justamente isso que essas simulações da NASA querem fazer.

Fonte: Estadão

Imagens: Twitter. Olhar digital

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