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China descobre mineral que pode revolucionar as baterias

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Geralmente quando falamos em bateria, logo nos lembramos dos dispositivos eletrônicos que usamos no dia a dia, como celulares e notebooks. Contudo, outros dispositivos também usam bateria, como aqueles que são usados na medicina e até colocados dentro do corpo humano.

Justamente por isso que pesquisadores estão sempre procurando por materiais que possam fazer com que elas fiquem cada vez melhores. Agora, pesquisadores chineses descobriram um novo material que promete ser uma revolução nas baterias. Ele é a niobobaotita, que tem bário, nióbio, titânio, ferro e cloro, e é considerada o 13° mineral que foi descoberto desde que o sistema geológico nuclear se estabeleceu na China.

O nióbio visto nesse mineral é um metal prateado e forte que é usado nas ligas para fabricação de peças de motores a jato e foguetes. Além disso, ele é tido como essencial nos semicondutores. Os lugares onde ele é mais encontrado em abundância é no Brasil e no Canadá.

Aproximadamente entre 85 a 90% do nióbio do mundo é usado na produção de aço e ferro. Isso porque ele pode ficar mais de 30% mais resistente com somente 0,03% a 0,05% de nióbio.

Descoberta

Hypescience

E de acordo com os pesquisadores, o nióbio é um supercondutor que tem propriedades de condução de corrente em baixas temperaturas excepcionais. O material também é muito usado na área médica em aparelhos de ressonância magnética e espectrômetros de ressonância magnética nuclear.

Agora, com a descoberta da niobobaotita, a China não irá precisar importar nióbio daqui um tempo, sendo que atualmente ela importa 95% do que precisa de nióbio. Conforme o grupo que fez a descoberta, “a descoberta é significativa para a China, uma vez que a maior parte do nióbio que o país utiliza na indústria siderúrgica é importada”. E eles dizem que, dependendo da qualidade e do volume, o país pode se tornar autossuficiente.

O que faz o nióbio ser raro é ele ser um elemento extremamente denso. Logo depois da descoberta, os pesquisadores anunciaram que ele já foi classificado pela Commission on New Minerals, Nomenclature and Classification (CNMNC), tendo seu número de aprovação oficial 2022-127a.

“A niobobaotita foi encontrada dentro do minério de ferro de terras raras de nióbio no distrito de mineração de Bayan Obo em Baotou, Mongólia Interior, China, com coloração marrom a preta e formato de placa”, disse a equipe da China National Nuclear Corporation (CNNC).

“A descoberta e o estudo de novos minerais são importantes para a exploração de fenômenos desconhecidos na natureza. O Instituto de Pesquisa de Geologia em Urânio (BRIUG) da CNNC estabeleceu um sistema para pesquisa mineral e fez avanços contínuos no campo da pesquisa mineral”, continuaram.

A descoberta desse material que promete revolucionar as baterias não foi a única descoberta da equipe. Eles já tinham descoberto anteriormente 11 novos minerais.

Bateria

Eurekalert

Como dito, a bateria é vista nos mais variados tipos de cenário. Mas quando ela está dentro do corpo humano, logicamente, o seu carregamento é mais difícil. Felizmente a medicina e a tecnologia estão sempre avançando e um novo avanço é essa bateria recarregável que pode ser a solução do problema visto na saúde. Isso porque ela é feita de elementos comestíveis e pode ser dissolvida de forma segura no estômago depois que ela tiver cumprido o seu papel.

Um estudo descreveu o protótipo desse dispositivo. Ele irá operar com 0,65 volts e conseguirá dar uma corrente de 48 microamperes durante 12 minutos. Esse é o tempo necessário para que os pequenos eletrônicos dentro do corpo recebam energia.

“Os usos potenciais futuros variam de circuitos comestíveis e sensores que podem monitorar as condições de saúde até a alimentação de sensores para monitorar as condições de armazenamento de alimentos. Além disso, dado o nível de segurança dessas baterias, elas podem ser usadas em brinquedos infantis, onde há alto risco de ingestão”, disse Mario Caironi, autor sênior e pesquisador de eletrônica molecular do Instituto Italiano de Tecnologia.

Essa bateria foi construída a partir de uma lista de ingredientes bem variada e é a primeira bateria recarregável funcional que pode ser engolida. Dentre os seus componentes estão: a vitamina riboflaviana para sua extremidade “negativa”, e o suplemento quercetina no lado “positivo”. Quem gera a carga elétrica, fazendo as vezes do eletrólito, é uma solução à base de água. E para evitar curtos-circuitos eles usaram nori, que é uma alga muito usada na culinária.

Outro ingrediente dessa bateria é o carvão ativado, que nesse caso, aumenta a condutividade elétrica. E os contatos externos, que servem para transferir a eletricidade para outro dispositivo, são feitos de cera de abelha.

Claro que o gosto pode não ser dos melhores, mas o potencial desse dispositivo é enorme. Até porque, essa bateria consegue manter sua carga por dezenas de ciclos, mas ela precisa estar fora do corpo para ser recarregada. Até o momento, o protótipo mede um centímetro quadrado. No entanto, os pesquisadores já disseram que estão estudando formas de fazê-lo ficar menor.

“Na verdade, já estamos desenvolvendo aparelhos com maior capacidade e reduzindo o tamanho total. Esses desenvolvimentos serão testados no futuro também para alimentar robôs macios comestíveis”, disse Caironi.

Para quem ainda não entendeu como essa bateria pode ajudar na medicina, ela pode ter várias possibilidade, como na varredura feita por alguma câmera ou dispositivo dentro do corpo, que não é uma das coisas mais confortáveis. É justamente nesse ponto que essa bateria pode ajudar.

Outro possível uso para ela é no monitoramento da qualidade dos alimentos. Até porque ela pode ser usada para fazer a verificação dos alimentos e observar se eles estão nos padrões exigidos quando estão no intestino de alguém.

Fonte: Canaltech, Science alert

Imagens: Hypescience, Eurekalert

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