Curiosidades

Cidade da Itália é conhecida como a capital mundial das pessoas feias

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Os padrões de beleza mudam com o tempo e a inclusão vai ganhando cada vez mais espaço, conforme passam os dias. Observando o passado podemos ver que o que era visto como bonito no começo dos anos 2000, hoje não é mais. E provavelmente as pessoas que achamos bonitas hoje, serão vistas com outros olhos pelas gerações que estão por vir.

Contudo, o conceito de beleza, além de variar de pessoa para pessoa, muda bastante ao longo das décadas. Isso acontece no mundo todo. Mas uma coisa que praticamente todos conseguem ver são as disparidades entre as pessoas atraentes e aquelas que são pouco atraentes. O que mostra que por mais que a beleza seja subjetiva, talvez a feiura tenha algo unânime.

Tanto que existe uma cidade que é famosa pela feiura da sua população. A cidade de Piobbico está escondida  em um vale entre a cordilheira dos Apeninos e o Mar Adriático, no centro da Itália.

Clube

Il resto del Carlino

Desde 1879, a pequena cidade de dois mil habitantes é o lar do Club dei Brutti, que traduzido é O Clube dos Feios. Ele é uma associação que os membros acreditam que “uma pessoa é o que é, não o que sua aparência mostra”.

No início, o clube começou como uma ideia utópica, mas acabou crescendo e se tornando um movimento mundial. Isso é visto pelos números, já que hoje a Associação Mundial das Pessoas Feias tem mais de 30 mil membros em 25 sedes em diversos países.

Originalmente, o Club dei Brutti começou como um serviço de encontros para as mulheres solteiras da cidade. No entanto, conforme ele evoluía, os moradores locais pegaram a missão de lembrar a sociedade que a beleza interior importa mais do que a aparência física.

A ideia é tão enraizada na cidade que, em 2007, Piobbico fez uma estátua dedicada às pessoas feias bem na praça da cidade. “‘A feiura é uma virtude, a beleza, uma ‘escravidão’, esse é nosso mote”, disse o presidente do clube, Giovanni Aluigi.

Intenção

Orion magazine

Atualmente, quem quiser fazer parte do clube tem que ser julgado e ter a feiura classificada pelo membros antigos. Essa classificação pode ser de “não especificado” a “extraordinariamente feio”.

Contudo, curiosamente, quem participa do clube não é necessariamente feio. Isso porque o foco principal do grupo está em celebrar a beleza interior e não se preocupar muito com o que as outras pessoas pensam.

Em todo dia primeiro de setembro, pessoas do mundo todo se reúnem para o Festival Anual dos Feios de Piobbico. Nele, os membros elegem o presidente do clube, fazem inscrição de novos membros e comem trufas, polenta e massas originadas no local.

Pessoas feias

Freepik

Por mais que as pessoas não estejam dentro de um padrão criado é bem difícil elas realmente se acharem feias. E isso pode ser mais do que um senso comum. Tanto que, novas pesquisas mostraram uma outra disparidade. Elas mostraram que as pessoas que são pouco atraentes parecem ser menos capazes de julgar, com precisão, a sua própria atratividade. Além de também ter uma tendência a superestimar a sua aparência. Isso é contrastante com as pessoas bonitas que tendem a se classificar com mais precisão ou até mesmo subestimar a sua beleza.

Essa pesquisa foi feita a partir de seis estudos que pediram para que os participantes avaliassem a sua própria atratividade e a de outros participantes, que eram pessoas desconhecidas. Os estudos também pediram para que eles previssem como os outros voluntários iriam classificá-los.

O primeiro estudo, que teve Tobias Greitemeyer como autor principal, revelou que os participantes mais propensos a superestimar sua atratividade estavam entre as pessoas que eram menos atraentes com base nas classificações médias.

“No geral, os participantes pouco atraentes se julgaram com uma atratividade média e mostraram muito pouca consciência de que desconhecidos não compartilham dessa visão. Em contraste, os participantes atraentes tinham mais insights sobre o quão atraentes eles realmente são. Parece, portanto, que pessoas pouco atraentes mantêm auto-percepções ilusórias de sua atratividade, enquanto as visões das pessoas atraentes são mais fundamentadas na realidade”, ponderou ele.

Qual seria então o motivo que as pessoas pouco atraentes superestimem a sua aparência? Talvez seja porque elas quere manter uma autoimagem positiva e por isso elas se iludem? As pesquisas feitas anteriormente mostram que as pessoas tendem a desacreditar ou “esquecer” o feedback social negativo. Isso parece ajudá-las a manter seu senso de autoestima.

Na tentativa de descobrir essas respostas, Greitemeyer fez um estudo com o objetivo de colocar os participantes em uma mentalidade positiva e não defensiva antes deles classificarem a atratividade. Para conseguir isso ele foi fazendo perguntas para os participantes que afirmavam partes da sua personalidade que não tinham nada a ver com a aparência física.

No entanto, essa técnica não mudou a maneira como os participantes se classificaram. O que sugeriu que as pessoas pouco atraentes não superestimam sua aparência fora da defensiva.

E os estudos sempre chegavam a mesma conclusão de que as pessoas pouco atraentes superestimam sua atratividade. Além disso, Greitemeyer também descobriu que as pessoas pouco atraentes eram piores em diferenciar as pessoas atraentes das menos atraentes.

Resumindo, isso permanece um mistério de porque exatamente as pessoas pouco atraentes superestimam sua própria aparência. E o autor concluiu que, por mais que a maioria das pessoas seja capaz de julgar a atratividade dos outros, ” parece que aqueles que não são atraentes não sabem que não são atraentes”.

Fonte: F5

Imagens: Il resto del Carlino, Orion magazine, Freepik

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