Ciência e Tecnologia

Cientistas conseguiram criar espermatozoide em laboratório a partir de uma célula feminina

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Especialistas da Universidade de New Castle anunciaram que, através das células-tronco da medula óssea feminina, conseguiram criar espermatozoides. Dessa forma, a necessidade de um pai para a reprodução se torna basicamente desnecessária.

Em abril de 2017, estes mesmos cientistas anunciaram que teriam conseguido transformar as células-tronco da medula óssea de homens adultos em espermatozoides imaturos. Um dos pesquisadores envolvidos no projeto, Karim Nayernia, em entrevista para revista New Scientist, contou que a experiência pode agora abrir caminhos para a criação de um “espermatozoide feminino”.

A experiência

Nayernia contou na publicação que sua equipe agora aguarda uma permissão ética para dar o próximo passo em seu trabalho. Nesta nova etapa, os espermatozoides serão submetidos a um processo de meiose, que permitirá sua maturação, os tornando aptos para a fertilização. “Em princípio, eu acredito que isso seja cientificamente possível”, afirmou Nayernia.

Caso os resultados do estudo sejam satisfatórios, como acreditam Nayernia e sua equipe, isso possibilitará, por exemplo, que casais de lésbicas possam ter filhos sem a necessidade de um pai, uma vez que estes espermatozoides poderiam fertilizar os óvulos uma da outra.

Instituto Butantan

O Instituto Butantan, em São Paulo, também foi citado pela New Scientist devido a uma experiência que está sendo realizada no local por cientistas brasileiros. De acordo com a publicação, os pesquisadores estariam desenvolvendo óvulos e espermatozoides através da cultura de células-tronco embrionárias de ratos machos.

Um trabalho publicado pela equipe do Brasil na revista Cloning and Stem Cells foi citado na revista, onde os cientistas informaram que a eficácia da fertilização desses óvulos masculinos ainda não foi provada. “Estamos agora começando experimentos com células-tronco embrionárias humanas e, se bem sucedidos, o próximo passo será ver se óvulos masculinos poderão ser feitos a partir de outras células”, contou Irina Kerkis, coordenadora da pesquisa.

Assim como as lésbicas, caso o método venha a se provar seguro e eficaz, isso possibilitaria que casais gays pudessem gerar filhos com 100% de seu material genético. No caso, um integrante do casal forneceria as células, que poderiam ser coletadas em sua pele, por exemplo, e que seriam transformadas em óvulo, para então ser fecundado pelo espermatozoide de seu parceiro.

O óvulo fertilizado seria então implantado no útero de uma mulher. “Eu acredito que isso seja possível, mas não sei como as pessoas encarariam isso de forma ética”, disse Kerkis.

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