Ciência e Tecnologia

Cientistas conseguiram fazer um transplante da cabeça de um rato, entenda o caso

0

Então quer dizer que você acredita que é impossível fazer um transplanta de cabeça? Bom, você até pode estar certo quando falamos de transplante de cabeça em humanos, mas não quando falamos em transplante de cabeça em ratos. Há cerca de dois anos, o neurocirurgião italiano Sergio Canavero, teve destaque na mídia internacional por fazer afirmações de que em breve seria capaz de fazer um transplante de cabeça em humanos.

Bom, não sabemos se um dia ele conseguirá fazer essa proeza, mas ele está se esforçando. No ano passado, o neurocirurgião realizou um procedimento chamado de “prova de conceito”, onde cortou a medula espinhal de um cão e reconectou-a, uma das principais dificuldades para fazer o transplante em humanos.

Só que o assunto hoje não é o tal cachorro, mas sim um transplante de cabeça de rato. Canavero se juntou com um outro cirurgião chamado Ren Xiaoping, para fazer um transplanta de cabeça de um rato para o outro. Eles repetiram o mesmo processo feito em vários outros animais, criando uma série de ratos de duas cabeças. Já leram a nossa matéria com as 8 histórias muito estranhas sobre transplante de órgãos?

A coisa mais difícil nesse procedimento é manter a cabeça viva durante a operação, pelo fato dos órgãos como olhos, cérebro, ouvidos, nariz, boca, pele e outros, não podem ficar mais do que alguns minutos sem oxigênio e sangue. Bom, mas foi exatamente aí que a equipe se destacou, pois eles conseguiram desenvolver uma técnica onde o fluxo sanguíneo é mantido constante entre o rato que recebeu a cabeça, o rato que “doou” e um terceiro rato.

Os ratos sobreviveram cerca de 36 horas, mas isso não atrapalhou em nada. O objetivo da equipe era evidenciar que procedimentos complexos como um transplanta de cabeça, poderá ser possível em humanos em pouco tempo. Assim como problemas éticos da comunidade científica, os cientistas também vão passar por outros problemas, como, por exemplo, fazer com que o sistema imunológico do corpo do receptor aceite a cabeça do doador.

Quando um transplante é feito, uma das principais questões é a reação do corpo de quem recebe a doação. Por isso que quase todos os pacientes transplantados tomam imunossupressores pelo resto da vida depois de fazer um transplante. No caso do transplante de cabeça, pelo fato de envolver vários órgãos, o risco da rejeição é muito grande.

Outro problema que eles enfrentam é o tempo da cirurgia. Segundo Canavero, todo transplante precisa ser feito em menos de uma hora, e sendo assim, as cabeças teriam de ser removidas de seus corpos ao mesmo tempo. Se fosse feito em humanos, os médicos teriam que recolocar a cabeça da pessoa que querem viva no corpo do doador, enquanto os dois estão sob uma parada cardíaca total.

Mas um dos maiores obstáculos é conectar a medula espinhal de uma forma tão perfeita que o cérebro seja capaz de controlar o novo corpo. Para fazer isso, Canavero diz que seria através de uma “cola biológica especial”, chamada polietileno glicol. Para ele, seria preciso deixar o paciente em coma por até um mês, para permitir que as cordas espinhais se fundam. Caso isso não aconteça, o “spaghetti” (como ele chama) que compõe a medula espinhal pode se tornar nodoso ou retorcido.

Todos esses problemas que nós citamos devem ser testados antes em animais, mas essas experiências passariam por dificuldades, já que existem países que são contra a crueldade com animais. Sabendo disso, Canavero e sua equipe encontraram abertura em outros países, onde o procedimento seria legal. Mas e aí, você é contra ou a favor do transplante de cabeça? Acha que isso poderia ser positivo para a humanidade? Não esqueça de deixar o seu comentário!

Veja o elenco de Camp Rock durante e depois das gravações

Artigo anterior

Esse é um peixe que vive, literalmente, na terra

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido