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Cientistas mostram o prejuízo em dólares do aquecimento dos polos

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Não é de hoje que os cientistas alertam sobre os impactos que o aquecimento global e as mudanças climáticas estão causando no mundo. De elevações das marés às grandes tempestades, um novo estudo parece vir trazer um novo capítulo sobre o tema, envolvendo os custos e os prejuízos causados pelo fenômeno.

O Ártico está mudando, do branco da neve para as cores escuras do solo, enquanto o gelo do mar derrete e a neve recua. O que significa que o mundo absorverá ainda mais calor do sol. Além disso, o permafrost do Ártico está descongelando, liberando mais carbono e metano que retêm esse calor.

As mudanças

Essas mudanças no Ártico estão acelerando o aquecimento e podem ser responsáveis por um acréscimo de 70 trilhões de dólares aos custos gerais ocasionados pela mudança climática. E isso é contabilizado mesmo que o mundo cumpra as metas climáticas do Acordo de Paris.

Entretanto, se forem feitos esforços para manter as mudanças climáticas limitada a 1,5ºC, os custos do aquecimento do Ártico poderão cair para 25 trilhões de dólares, de acordo com uma pesquisa publicada na Nature Communications. Só para termos uma noção, o PIB global em 2016 ficou em torno de 76 trilhões de dólares.

“Grandes mudanças estão em andamento no Ártico. O permafrost e a perda de gelo e neve do mar são dois elementos conhecidos no sistema climático”, disse o principal autor do estudo, Dmitry Yumashev, do Pentland Centre for Sustainability in Business, da Universidade de Lancaster, no Reino Unido. “Queríamos saber o que o aquecimento do Ártico poderia fazer com o resto do mundo”.

O Ártico está se aquecendo pelo menos duas vezes mais rápido do que o restante do mundo. O gelo do mar está diminuindo constantemente desde os anos 1990. À medida que mais energia solar é absorvida, ela cria o que foi chamado de feedback de albedo de superfície.

Os estudos de Yumashev utilizam as estimativas mais atualizadas desses feedbacks. Alguns ainda não foram inclusos em modelos climáticos ou orçamentos de carbono. Acontece que o derretimento do permafrost e a perda de albedo causarão um aquecimento significativo globalmente. E isso, mesmo com o mundo atingindo as metas propostas no Acordo de Paris, de restringir a elevação a 1,5ºC e 2ºC. Esse dado é revelado pela pesquisa.

Prejuízos

Todo esse aquecimento extra resultará em impactos adicionais na economia, nos ecossistemas e na saúde humana. Além de impactos no aumento do nível dos mares. A maior parte das perdas, devido ao aquecimento do Ártico, deve acontecer em regiões mais quentes e pobres, como a Índia e a África.

O custo de 25 a 70 trilhões de dólares do aquecimento do Ártico aumenta de 4 a 6% o custo total gerado pelas mudanças climáticas. Esse prejuízo deve chegar a 1.390 trilhão de dólares até 2300, caso os cortes de emissões não sejam melhores do que os propostos no Acordo de Paris.

O derretimento do Permafrost do Ártico e a perda de albedo são os únicos dois feedbacks com estimativas de custo até agora. Entretanto, existem outros, incluindo emissões de Permafrost, submarinos e hidratos de metano, entre outros desconhecidos, segundo o coautor do estudo, Kevin Schaefer.

“Com a mudança climática, estamos conduzindo um experimento de alto risco, onde não sabemos o que está por vir”, disse Schaefer. “A coisa mais importante a lembrar sobre o nosso estudo é que quanto maior o aquecimento, mais fortes os feedbacks e maiores os custos para a sociedade”.

Para ele, mudar para uma economia de baixo uso de carbono é a maior oportunidade de negócios do século XXI. “Os países que mudarem primeiro serão os vencedores. Como americano, adoraria ver isso acontecer aqui primeiro”, disse ele.

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