Ciência e Tecnologia

Cientistas observaram espécie de pássaro evoluindo com apenas duas gerações

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O arquipélago de Galápagos fascina o homem desde os tempos de Charles Darwin, que usou os animais do local para criar a sua teoria Darwinista: o evolucionismo. Até hoje, os cientistas se debruçam sobre várias ilhas do arquipélago e seus animais únicos.

Há poucos dias, um grupo de cientistas fez uma nova descoberta no local. Eles presenciaram a evolução de uma espécie completamente nova no local, em estado selvagem e completamente em tempo real. Mais surpreendente é que essa evolução demorou apenas duas gerações.

Em 2017, o sequenciamento de genoma e a análise das características físicas confirmaram oficialmente a nova espécie de pássaros, endêmicos de uma ilha chamada Daphne Major, em Galápagos. A espécie foi apelidada de Big Bird, personagem da Vila Sésamo.

Essa espécie está dentro do espectro de Tentilhões de Darwin. Ou seja, ele é do mesmo grupo de pássaros que em outro momento foi estudado por Charles Darwin. Há pelo menos 15 espécies de pássaros dentro desse espectro.

Tentilhão de Darwin

Em uma expedição pela ilha Daphne Major, os biólogos da Universidade de Princeton, Peter e B. Rosemary Grant, notaram a presença de um animal intruso, não nativo, chamado cientificamente de Geospiza conirostris. Ele é um nativo de outras ilhas do arquipélago de Galápagos.

Como um dos maiores dentre os tentilhões de Darwin, e com um som produzido diferente das outras três espécies nativas de Daphne Major, o recém-chegado, um macho, se destacou entre os demais.

“Nós não o vimos voar sobre o mar, mas notamos ele logo depois que ele chegou. Ele era tão diferente dos outros pássaros que sabíamos que ele não nasceu de um ovo no Daphne Major”, disse Peter Grant.

Apesar de diferente, ele acasalou com duas fêmeas de uma dessas espécies nativas, a Geospiza fortis. Assim ele conseguiu descendentes híbridos. Essas espécies híbridas são geralmente estéreis ou reproduzem-se com dificuldade, mas esse não foi o caso. Uma nova linhagem começou da espécie.

Evolução

Quando falamos reprodutivamente, a nova espécie estava completamente isolada e teve que se acasalar dentro de sua própria espécie para sobreviver. Os tentilhões híbridos eram maiores do que as populações nativas, sendo assim capazes de acessar opções alimentares anteriormente inexploradas pelo espectro em geral. Na visita mais recente dos pesquisadores à ilha, em 2012, eles contaram 23 indivíduos e 8 casais dessa espécie da ave.

Esse sucesso significa que a hibridização poderia ter ocorrido muitas vezes nos tentilhões de Darwin no passado, resultando em novas espécies que ou foram extintas ou evoluíram para se tornarem as espécies que conhecemos hoje.

“Um naturalista que veio a Daphne Major sem saber que essa linhagem surgiu muito recentemente teria reconhecido essa linhagem como uma das quatro espécies da ilha”, disse Leif Andersson, da Universidade de Uppsala, na Suécia, que conduziu a análise genética. “Isso demonstra claramente o valor de estudos de campo de longa duração”.

E aí, o que você achou dessa matéria? Comenta aqui com a gente e compartilhe nas suas redes sociais. Para você que acha que Charles Darwin ficaria completamente encantado com essa nova espécie, aquele abraço.

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