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Com ou sem colarinho? Ciência explica se jeito de servir cerveja faz diferença

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A cerveja é, sem dúvidas, uma bebida de preferência nacional. De todas as formas de álcool, ela é a mais duradoura e popular. Sua primeira fabricação foi há milhares de anos. Desde as civilizações antigas, a cerveja vem resistindo ao tempo e sendo consumida por milhares de pessoas ao redor do mundo.

E mesmo que as pessoas compartilhem da paixão pela bebida, um momento de discordância é na hora de servir a cerveja. Ela vem com ou sem colarinho? Algumas pessoas fazem questão da faixa branca, enquanto outras não a suportam porque pode pegar um lugar que caberia mais bebida. Mas será que realmente tem alguma diferença?

Com ou sem colarinho?

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A realidade é que a cerveja ter ou não colarinho, do ponto de vista científico, tanto faz. O que forma a espuma da bebida são as bolhas de gás carbônico e proteínas da cerveja. E se ela fica parada, a tendência é que a gravidade puxe o líquido para baixo e o gás suba e vá embora. Por conta disso que a espuma some depois de um tempo.

No entanto, independentemente da forma como ela for servida, a quantidade de gás é a mesma dentro do copo. O que difere é que, se a cerveja é servida devagar, o gás vai se agitar menos e ficar dissolvido no líquido. Isso mostra que a espuma não tem relação com a quantidade de gás, mas com a velocidade em que ele sobe para a superfície do copo.

Importa o tipo de cerveja?

Maria cevada

Quando o assunto é a degustação da bebida, o “jeito certo” de se servir dependerá do tipo de cerveja. Segundo Aline Ferreira, sommelière de cervejas e professora do Science of Beer, existem mais de 150 estilos de bebida no mundo todo e cada um deles pode ter um jeito diferente de ser servida para que suas características sensoriais sejam favorecidas.

Por exemplo, no caso da pilsen, o ideal é que a cerveja seja servida lentamente, com o copo a 45°, até que metade do volume seja preenchido. Depois deve se afastar a garrafa de forma lenta para que a bebida continue caindo no centro do copo e isso forme a espuma. Nesse caso, o colarinho deve ter entre três e quatro centímetros, o que é aproximadamente dois dedos.

“Tudo isso pode influenciar no sensorial, porque a cerveja possui componentes muito voláteis. Depois de servida, ela oxida e perde seus componentes aromáticos. O copo pode favorecer ou não esse processo”, disse Aline.

A espuma faz mal?

Metrópoles

Outra dúvida que muitas pessoas têm, e que fazem algumas não gostarem do colarinho na bebida é se a espuma faz mal ou não. A resposta é não. Até porque, ela é somente o gás que ainda está preso no líquido e que iria ser consumido de qualquer forma.

E a sensação de estufamento que muitas pessoas dizem ter tem mais relação com o que elas consomem junto com a cerveja do que com a bebida em si. “Se você ingere o líquido sozinho, ele vai se comportar de uma forma. Provavelmente, ele terá uma absorção um pouco mais rápida do que se ele estiver com alimentos”, explicou Aline.

O papel da espuma é agir como um isolante térmico entre o líquido e o oxigênio. E além de conservar a temperatura, ela também ajuda condensando alguns aromas e sabores específicos da cerveja, como por exemplo, o lúpulo que dá o amargor a ela.

No caso do gás presente na bebida, ele dá à cerveja a sua sensação de efervescência que as pessoas sentem na boca. É ele que deixa a bebida refrescante e também age limpando o paladar.

Fonte: Tilt

Imagens: Facebook, Maria Cevada, Metrópoles

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