Quando se trata do seu cabelo, a maioria das pessoas acaba sendo resistente às mudanças. A verdade é que muitos acabam ficando estagnados com o mesmo modelo durante a maior parte da sua vida mas, em alguns momentos, mudar pode ser uma boa opção. Até porque, um corte ou cor do cabelo fazem parte do estilo de uma pessoa e ele não permanece o mesmo com o passar dos anos.
O tempo passa e, com ele, as tendências também. E, às vezes, é bom dar uma repaginada. Com relação ao cabelo, as cores dele podem influenciar bastante a pessoa. Isso se deve à chamada cromoterapia, que mostra como as cores provocam mudanças psicoemocionais através do campo da visão.
O que muitas pessoas não sabem é que a cor do cabelo pode ter uma influência energética. De acordo com a psicanalista e terapeuta bioenergética Ràckél Sàmtos, existem duas teorias que embasam esse ponto. A primeira é a sutil, que leva em consideração os campos energéticos da pessoa quando recebe as influências das cores.
A segunda é a científica, comprovadas por teorias como a do bioquímico Albert Szent Gyorgy, que ganhou o Prêmio Nobel em 1937. De acordo com a descoberta dele, as cores estimulam a produção de várias enzimas e hormônios.
“Tudo funciona em torno das cores e dos efeitos por elas causados. O mundo que nos rodeia, as cores utilizadas em decorações, a escolha de roupas de acordo com a rotina. Tudo tem um motivo. Somos influenciados pelo estado anímico das pessoas, dos ambientes e odores. As palavras afinidade e influência transformam-se nas chaves fundamentais das nossas decisões e não seria diferente na hora de escolher a cor do cabelo”, disse Sàmtos.
Ainda conforme ela, várias vezes as pessoas veem a mudança da cor do cabelo como um processo de fortalecimento da autoestima, mas não é uma coisa tão simples assim.
Isso porque a escolha do tom pode ser uma coisa ilusória se ela não estiver de acordo com a intenção da mudança. E também não é somente a cor que vai determinar como a personalidade ou a vida da pessoa será daquele momento em diante.
“Por exemplo: há quem acredite que o vermelho está relacionado ao amor, mas na verdade isso não se aplica psicologicamente. Ele está muito mais relacionado com a guerra, com o corpo físico e com o sexo do que com o afeto. Por isso pessoas com os cabelos dessa cor podem causar a aparência de serem mais impulsivos”, contou Sàmtos.
Além disso, a própria pessoa pode ter criado um significado prévio para determinada cor conforme sua crença. “Quando alguém resolve mudar a cor dos cabelos, podemos avaliar que o seu estado de psicológico e emocional estão exercendo essa escolha. Porém quando a escolha é definida pelo senso comum e social, pode ser apenas o reflexo da vontade de ser aceito socialmente”, pontuou.
Cores do cabelo
Na hora da mudança, a pessoa deve se perguntar qual mensagem ela quer passar através da aparência. De acordo com Sàmtos, existem coisas que se pode observar com determinadas cores.
Preto ou castanho escuro – transmite autenticidade, personalidades mais fortes, ideias firmes e pessoas que não são manipuláveis.
Tons claros ou loiro – por mais que a personalidade seja forte, essas pessoas são mais vulneráveis e moldáveis pelo ambiente externo.
Ruivo ou tons avermelhados – transmite segurança pessoal, firmeza em seus propósitos, vivacidade e uma tendência a ser indomável.
Grisalho ou tons de cinza – passa um ar despojado, autoconfiança, sabedoria e valorização da sua própria personalidade.
“Reforço que isso é variável. Tudo depende mais da postura interna das pessoas do que da cor dos cabelos. Seguindo do princípio de que conhecimento é poder, acredito que quando partirem para a prática da premissa ‘conhece-te a ti mesmo’, poderemos exaltar de maneira mais equilibrada nossas peculiaridades. Assim, a cromoterapia poderá nos fortalecer de maneira ainda mais profunda”, disse Sàmtos.
A última coisa que a psicanalista pontua é que no momento antes de qualquer mudança, seja no cabelo, procedimentos estéticos, tatuagem ou piercing, a pessoa deve se fazer três perguntas. São elas:
1 – Por que desejo fazer essa modificação?
2 – Para quem trará bons resultados?
3 – A quem quero atingir com essa mudança?
“Se as três respostas forem realmente voltadas para você, mude e seja feliz”, concluiu ela.
Fonte: UOL
Imagens: Bellkey professional
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