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Como morreram os Mamonas Assassinas?

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Mamonas Assassinas. Esse é o nome de uma das mais icônicas bandas brasileiras de todos os tempos. O grupo formado por cinco membros conquistou todo o país com suas músicas e o seu jeito um tanto quanto maluco. Embora você não tenha os visto cantando ao vivo, provavelmente conhece algum dos seus grandes hits. Infelizmente, o grupo se desfez de uma forma bruta. Um acidente aéreo colocou fim na vida de todos os integrantes.

Se você já se questionou sobre a história dessa formação, provavelmente já se perguntou como foram os últimos dias e a morte deles. Pensando nisso, resolvemos então trazer mais uma matéria falando como foi a morte dessas celebridades. Confira conosco a seguir um pouco mais da história e do final da vida de cada um dos membros dos Mamonas Assassinas. Não deixe de comentar o que achou da matéria, afinal, o seu feedback é extremamente importante.

Mamonas Assassinas

No primeiro domingo de março, de 1996, o Brasil acordou em um dia cinzento. Pois tínhamos perdido grandes artistas no dia anterior. Na noite de 2 de março, o tempo estava fechado na Grande São Paulo. Um jato executivo acabou caindo no meio da mata. Todos que estavam dentro da aeronave morreram, inclusive os integrantes de uma das bandas mais amadas do Brasil: Mamonas Assassinas. 

Se você nasceu nos anos 1990, talvez tenha alguma lembrança da morte dos Mamonas Assassinas. Nós, que somos um pouco mais velho, nos lembramos muito bem de como o Brasil ficou desolado. A morte desse grupo que fazia a alegria de tanta gente abalou toda a nação. O sucesso da banda ficava por conta de Dinho, Bento Hinoto, Júlio Rasec, Samuel Reoli e Sérgio Reoli. Para você que não era nascido na época, os Mamonas Assassinas foram um fenômeno. Eles venderam cerca de 3 milhões de cópias no lançamento do primeiro e único álbum. Sendo que 25 mil foram vendidos só nas primeiras 12 horas após a estreia nas rádios.

Sucessos como “Robocop Gay”, “Pelados em Santos”, “Mundo Animal”, “Sábado de Sol” e “Chopis Centis” eram algumas das músicas que faziam desde as crianças até os velhinhos rirem. Antes de contar como foi o último dia de vida dos Mamonas Assassinas, detalharemos um pouco da história dessa banda. 

História do grupo

No começo de tudo, exatamente em 1989, a banda na verdade se chamava Utopia. Os meninos da cidade de Guarulhos começaram a tocar em casas de show da região. Mas a banda Utopia realmente não passou de uma utopia. Eles até tentaram fazer sucesso, gravando mil cópias de um disco. Esperançosos que iriam vender todos os discos em pouco tempo. Contudo, o disco foi um verdadeiro fracasso comercial, vendendo pouco mais de 100 cópias. 

Eles começaram a perceber que a banda Utopia não fazia sucesso. No entanto, as palhaçadas, brincadeiras e as paródias que aconteciam em cima do palco arrancavam muitas risadas do público. Depois de um show, na boate Lua Nua, na cidade de Guarulhos, alguns grandes produtores se interessaram pelo som da banda. Aí nascia os “Mamonas Assassinas do Espaço”. Tempos depois, o nome foi reduzido para Mamonas Assassinas, e assim, permaneceu.

Em 1995, a banda explodiu no Brasil, ganhou espaço nas rádios e até um disco de diamante. O sucesso meteórico começou exatamente no dia 23 de junho de 1995. A banda estava vendo um sonho ser realizado, mas que, infelizmente, duraria pouco tempo. 

Sucesso na TV

Os Mamonas Assassinas batiam recorde de audiência a cada vez que apareciam na televisão. Isso criou uma disputa entre as emissoras. Em um domingo os Mamonas Assassinas estavam no programa Domingo Legal, do Gugu. No outro fim de semana, eles estavam no Domingão do Faustão, da Rede Globo. E assim a banda foi conquistando cada vez mais fãs, inclusive um público que eles nem pensavam em conquistar: as crianças. 

Até o estilo da banda era algo diferenciado. Diferente de outros grupos de rock, os Mamonas Assassinas usavam cabelos coloridos, fantasias e costumavam se vestir de mulher. Fazendo uma mistura de punk rock, axé, pagode e brega.  As músicas eram debochadas e algumas tinham até um conteúdo, digamos assim, impróprio para crianças. Mas isso não impediu que eles fizessem sucesso com o público infantil. Até porque, tudo não passava de uma brincadeira sadia.

A banda estava no auge, tocando em todas as rádios, indo em programas de televisão e batendo recordes de audiência. Os shows então… Eles costumavam fazer cerca de cinco shows por semana. Isso os obrigou a alugar um jato em vez de viajar em voos comerciais. Com tanto dinheiro entrando em suas contas bancárias, qualquer pessoa iria preferir um jato executivo. Os jatos alugados permitiam que a banda saísse de Guarulhos para se apresentar em outro estado e voltassem para Guarulhos no mesmo dia. Ou seja, era um conforto que eles tinham.

O Dia

Foi pensando nesse conforto que a banda embarcou em um Learjet 25D, com prefixo PT-LSD, para ir para a cidade de Brasília. O dia 2 de março de 1996 seria corrido para os Mamonas Assassinas. A banda iria finalmente encerrar a primeira turnê, de quase 200 shows pelo Brasil. De Brasília, eles iriam voltar para Guarulhos, para arrumar as malas. No dia seguinte, eles iriam para Portugal, onde começariam a primeira turnê internacional da banda. Depois disso, antes de gravar o segundo disco, a banda iria tirar as merecidas férias.

O jato executivo que a banda tinha alugado chegou em Brasília por volta das 18h15. Faltavam duas horas para o show, e eles tiveram de se apressar para chegar no Estádio Mané Garrincha a tempo. Dinho, ao pisar no backstage, disse o seguinte para a banda: “Vamos comemorar. Vai ser o nosso último show”. Em clima de diversão, a banda estava animada para fazer o último show da turnê e partir para Portugal.

A plateia começou a chamar os Mamonas Assassinas, os garotos colocaram seus trajes e às 19h55 as luzes, fogos e acordes começaram a aparecer no palco. Dinho, vestido de coelho, começou o show com a música “Chopis Centis”. Depois, “Jumento Celestino” colocou todo mundo pra cima, seguida por “Cabeça de Bagre” e “Débil Mental”. Mas os fãs foram ao delírio quando os Mamonas tocaram “Mundo Animal” e “Sabão Crá-Crá”. Depois, os fãs escutaram “Robocop Gay” com Dinho vestido de mulher.

E para animar a grande festa, Dinho resolveu fazer uma espécie de strip-tease, tocando “Bois Don’t Cry” usando apenas uma sunga preta cavada e um chapéu com chifres. Depois de uma hora e meia de show, a banda cantou “Xô Satanás”. 

O fim do Show

Para finalizar, “Pelados em Santos” ou o “Melô da Brasília Amarela” foram cantadas por Dinho enquanto ele estava no gramado do Mané Garrincha, fazendo a plateia delirar. E como de praxe, eles saíram do show e ficaram esperando o público pedir mais uma, o famoso “Bis”. Na volta, eles cantaram “Vira-vira”. Quando chegou a hora de encerrar o show, Dinho, Bento, Júlio, Samuel e Sérgio bateram continência para a plateia, que os aplaudiu como se fossem verdadeiros deuses. 

Os garotos estavam super felizes, tinham realizado o sonho de fazer sucesso e acabado de fazer uma turnê pelo Brasil. Os únicos estados em que eles não fizeram shows foram no Acre e no Tocantins. Os Mamonas Assassinas então saíram do estádio Mané Garrincha e foram em direção ao Aeroporto Juscelino Kubitscheck, por volta das 22h00. Cerca de uma hora e quinze depois, na noite de 2 de março de 1996, o piloto estava se preparando para pousar quando o jato perdeu altitude e acabou se chocando na Serra da Cantareira.

A morte

Nessa hora, o Brasil perdia o sorriso, a alegria e a cor. Tudo ficou em preto e branco. Os cinco jovens talentosos que nos faziam rir nas tardes de domingo deixavam esse mundo, mas também deixavam um legado, como suas canções que até hoje nos divertem em festas familiares. Esse foi o último dia de vida dos Mamonas Assassinas, regado de alegria e ao mesmo tempo, de uma tristeza imensa. 

As investigações concluíram que o acidente aconteceu por causa da fadiga da tripulação, pois o piloto e o copiloto estavam trabalhando sem descanso por 16 horas e meia seguidas. A situação meteorológica também contribuiu para que o acidente acontecesse, pois havia uma cortina de névoa fria quando o jato colidiu na mata.

Depois do acidente, a banda foi homenageada em diversos lugares, principalmente na cidade natal dos garotos, onde praças e ruas foram nomeadas com os nomes dos músicos e da banda. No bairro Vila Barros onde Dinho viveu, por exemplo, existe uma rua chamada Rua Alecsander Alves, nome de batismo do cantor.

No outro dia do acidente, os bombeiros e a Polícia Militar fizeram o resgate dos corpos das vítimas. Junto com a banda no avião estavam o piloto, Jorge Martins, o copiloto, Alberto Takeda, e dois funcionários da banda: o segurança Sérgio Saturnino Porto e o roadie e primo de Dinho, Isaac Souto. Mal tinham sobrado objetos inteiros, assim como os corpos das vítimas. O enterro dos integrantes da banda foi acompanhado por cerca de 65 mil pessoas, no dia 4 de março daquele ano. Na semana seguinte do acidente, milhões de fãs choraram. Foram oito meses de carreira, um álbum com 14 músicas e duração de 39 minutos, 190 shows e um faturamento de 275 milhões de reais.

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