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Essa espécie de verme tem dentes de cobre

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Pesquisadores do laboratório da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, observaram que os vermes da espécie Glycera dibranchiata utilizam o cobre colhido de sedimentos marinhos para formar os dentes, um processo não muito comum.

O estudo publicado na revista “Matter” no dia 25 de abril, foi assinado pelo cientista Herbert Waite, que pesquisa vermes há mais de 20 anos. Agora, ele conseguiu uma maior precisão nos estudos, ao ver todo o processo de nascimento dos dentes.

Os vermes só formam os dentes uma vez durante toda sua vida, por causa disso, as presas são bem resistentes para morderem os animais que servirão como refeição. Muitas vezes, eles conseguem perfurar o exoesqueleto das vítimas, assim injetando seu veneno.

“Estes são vermes muito desagradáveis, pois são mal-humorados e facilmente provocados. Quando encontram outro verme, geralmente lutam usando suas presas de cobre como armas”, explicou Waite.

A formação das presas

Foto: Divulgação/ Revista Matter

O processo começa através de uma proteína interna que absorve o cobre e o transforma em um líquido viscoso, diferente da água. Em seguida, a proteína utiliza o cobre para gerar melanina, um polímero que, ao ser combinado com essa proteína, passa para as presas, propriedades mecânicas semelhantes a metais.

Com isso, o verme sintetiza um material que se fosse feito em laboratório, teria várias dificuldades para obter êxito.

“Nunca esperávamos que uma proteína com uma composição tão simples, ou seja, principalmente glicina e histidina, desempenhasse tantas funções e atividades não relacionadas”, acrescentou o cientista responsável pela pesquisa.

Agora, a equipe busca melhorar os entendimentos sobre como o verme conduz esse processo. O objetivo é ajudar a otimizar formas de produção que beneficiam a indústria, projetando melhores materiais de consumo, de acordo com informações publicadas pela Revista Galileu.

Médicos registram vermes “andando” sob pele de paciente

Foto: Reprodução/Peña et al., 2022/New England Journal of Medicine

Outra notícia envolvendo vermes chamou a atenção na última semana. Isso porque uma equipe de médicos espanhóis registrou o movimento das larvas de um parasita, o nematoide Strongyloides stercoralis, em um paciente internado, que estava com o sistema imunológico comprometido. Pelas fotografias, é possível observar os invasores dentro da pele da pessoa.

Publicado na revista científica New England Journal of Medicine, o caso foi relatado por médicos do Hospital Universitário de Madrid, na Espanha. O paciente foi diagnosticado com estrongiloidíase em sua fase mais grave.

Mesmo com o choque que as imagens podem gerar, a situação do paciente foi controlada. “Após o tratamento com ivermectina oral, a erupção cutânea e a diarreia do paciente diminuíram”, informaram os médicos responsáveis.

Vermes em movimento dentro da pele

Foto: Reprodução/Peña et al., 2022/New England Journal of Medicine

No relato, foi explicado que o caso se tratava de um homem de 64 anos, com câncer no pulmão. Primeiramente, o paciente apresentou erupção cutânea com coceira e diarreia leve, enquanto estava internado. O idoso também recebia medicamentos que afetavam o funcionamento do sistema imunológico. Em resumo, o homem estava com um alto grau de imunossupressão.

Além disso, os médicos explicaram que “ele trabalhou na gestão de esgoto e viveu toda a sua vida em uma região urbana da Espanha”. Vale destacar que este tipo de verme parasita, que infecta o intestino, pode passar anos no organismo sem ser detectado. Por isso, a invasão poderia ter ocorrido enquanto o idoso trabalhava com os dejetos. Depois, as larvas do Strongyloides stercoralis também foram observadas no exame de fezes.

Nesse caso, o paciente desenvolveu um quadro de hiperinfecção. Com isso, a proliferação da larva pode desencadear a sepse e a falência de múltiplos órgãos. No entanto, por causa do atendimento médico recebido, isso não ocorreu.

Entenda o que aconteceu 

Para muitas pessoas, as fotos da infecção do paciente podem parecer com tatuagens mal feitas ou ainda queloides. No entanto, quase ninguém imaginava que representavam uma infecção crítica e grave pelo parasita.

Como as larvas avançaram pelo corpo do idoso, foi possível observar o movimento delas por cerca de 24 horas.

“As lesões se originaram na região perianal e se espalharam rapidamente para o tronco e membros”, afirmaram os médicos. Primeiramente, “as lesões foram delineadas com caneta (painel B); na reavaliação 24 horas depois, foi constatado que eles haviam migrado para longe de seus locais originais (Painel C)”, contam os médicos sobre a movimentação das larvas.

Fonte: Aventuras na História, Canaltech

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