Curiosidades

Como observar um eclipse solar em segurança?

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Eclipse é um evento astronômico que acontece quando objetos celestes em trânsito ficam na mesma posição ou atravessam uns aos outros. Com o passar do tempo, as pessoas foram entendendo esse fenômeno. Mas até que fosse entendido realmente o que ele era, em várias culturas, um eclipse significava várias coisas diferentes, desde prelúdios de coisas boas, até momentos em que rituais tinham que ser feitos.

O termo é mais usado para descrever um eclipse que envolve o sol, a Terra e a lua. O eclipse solar é o fenômeno que acontece quando a lua fica entre o sol e a Terra. Ela esconde por completo, ou de forma parcial, a sua luz. É basicamente o que acontece no lunar, mas a ordem dos corpos muda. No entanto, o solar parece ter um impacto maior, até porque, quando ele acontece, “anoitece” no meio do dia.

Claro que observar um eclipse solar é um verdadeiro acontecimento. Contudo, por mais impressionante que esse fenômeno seja é preciso tomar alguns cuidados em sua observação. A regra a ser seguida é somente uma: não olhar diretamente para o sol sem proteção. Isso vale mesmo quando o eclipse seja parcial. Até porque, os raios solares são capazes de causar danos irreparáveis na retina.

A existência dessa regra não impede que esses fenômenos sejam observados, mas serve para informar o que deve ser feito para conseguir admirá-lo da melhor forma possível e sem nenhum problema posterior.

Como ver um eclipse em segurança

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O único momento em que é seguro observar um eclipse solar sem proteção é na etapa total desse fenômeno, ou seja, quando a lua cobre totalmente o sol. Contudo, ainda assim é necessário o uso de algum tipo de proteção para os olhos logo que o satélite natural começa a se afastar do disco solar.

No caso de eclipses solares parciais ou anulares, os cuidados têm que ser feitos durante todo o período. Nesses casos é recomendado o uso de óculos especiais para eclipses, que possuem filtros apropriados para que o fenômeno seja observado, e antes de tirá-los as pessoas devem olhar para longe do sol. Outra coisa que pode ser feita é usar o vidro de máscara de soldador número 14 ou maior, filtros de poliéster aluminizado ou de polímero preto.

Se a pessoa não tiver nenhum desses objetos e mesmo assim ela quiser observar o fenômeno, ela pode usar métodos de observação indireta. Para isso é preciso alumínio e uma caixa de papelão. Com elas é possível criar uma caixa pinhole, como é chamada em inglês.

O que ela faz é projetar a imagem do sol enquanto ele está atrás da pessoa que está observando. Isso faz com que o observador possa ver o eclipse projetado em alguma superfície. A imagem desse fenômeno pode ser projetada usando objetos com furinhos, como chapéus de palha ou escorredores de alimentos. Independente de qual seja o caso, o mais importante é tomar cuidado para não olhar o sol através desses objetos.

Outro ponto importante a ser falado é que não se pode olhar diretamente para o sol usando óculos de sol, películas de raios X e materiais escuros parecidos. Isso porque a escuridão desses materiais faz com que as pupilas se dilatem, o que faz com que a passagem de raios ultravioletas fique maior, por consequência, os riscos de lesões na retina são maiores.

Binóculos e telescópios também não devem ser usados para observar o sol se eles não estiverem equipados com filtros adequados. Até porque, os raios solares irão ficar mais concentrados, o que pode causar danos sérios à visão.

Fenômeno

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Saber como observar um eclipse de forma correta é bem útil, não somente para a vida, mas principalmente para esse mês. Isso porque agora em outubro irá acontecer o eclipse solar anular.

“Eclipses solares acontecem todos os anos, mas é necessário estar em um ponto específico do mundo para ver. Por isso, são raras as oportunidades de curtir esse fenômeno. Faz tempo que não temos um eclipse solar total no Brasil, o último foi em 2006”, disse Daniel Mello, astrônomo coordenador de extensão do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e sócio da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB).

Ainda de acordo com Mello, os eclipses solares totais, quando a lua cobre o sol por completo, são ainda mais raros. Tanto é que, um desse tipo só será visto no Brasil em 2045. Contudo, em outubro irá acontecer o eclipse solar anular, que é mais comum. O próximo desse tipo deverá ser em 2027.

O eclipse solar anular irá acontecer no dia 14 de outubro. Ele se chama assim porque no momento em que a lua está sobre o sol se forma um anel de fogo. Esse fenômeno poderá ser visto do país todo. Contudo, não são todas as regiões que verão esse formato do anel. Os únicos contemplados serão os moradores dos estados do norte e nordeste.

Mesmo sendo um fenômeno que pode ser visto a olho nu, Mello ressalta que olhar diretamente para o eclipse pode causar problemas de visão. Justamente por isso é preciso observá-lo com um filtro próprio.

Fonte: Canaltech, Gaúcha ZH

Imagens:Canaltech

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