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Como uma doação de sangue deixou uma jovem com deficiência

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A canadense Gabriela Ekman perdeu a mobilidade do braço direito, logo após realizar um procedimento de doação sangue. A jovem tinha 17 anos quando passou por tal experiência. De acordo com a canadense, a flebotomista, que realizava o processo, inseriu a agulha em uma de suas artérias, ao invés de aplicar na veia.

Ekman é natural de Ontário e decidiu doar sangue com o intuito de fazer a diferença na vida de alguém. Infelizmente, Ekman, hoje, tem que lidar com uma situação a qual nunca imaginou.

Na época, a campanha de doação de sangue foi organizada pelo Serviço de Sangue Canadense. A canadense percebeu que algo não estava certo quando a flebotomista retirou a agulha de seu braço. No mesmo momento, a jovem relatou sentir um forte incômodo. Foi aí que a equipe que coordenava a campanha percebeu que seu sangue estava oxigenado.

“Depois de 10, 15 minutos comecei a sentir dor. Eu nunca tinha dado sangue antes, então não sabia o que esperar”, relatou Ekman, em entrevista ao CVT News.

Doação de sangue

No dia em que Ekman doou sangue, um membro da campanha informou que a jovem deveria ir ao hospital. Ali, o médico que a atendeu disse que não havia nada de errado com seu braço. Eventualmente, a canadense acabou voltando para casa.

Nas semanas seguintes, a surpresa. Ekman, em um determinado momento, não conseguia movimentar o membro. Além disso, hematomas começaram a aparecer entre o pulso e o ombro. Quando voltou ao hospital, já era tarde demais.

“Foi, então, que tivemos a confirmação de que minha coleta de sangue veio da minha artéria, e não da minha veia”, disse Gabriela.

Ekman foi submetida a uma cirurgia de emergência. Durante o procedimento cirúrgico, a equipe médica estancou um sangramento, removeu um coágulo e fechou um orifício em sua artéria.

Felizmente, a cirurgia foi um sucesso, no entanto, não resolveu a questão da perda da mobilidade do braço. Apesar de passar por vários outros procedimentos e sessões de fisioterapia, Ekman ainda não consegue movimentá-lo.

De acordo com o último diagnóstico, a canadense sofre da síndrome dolorosa regional complexa (SDRC). Em síntese, é uma condição rara associada a lesões traumáticas. Infelizmente, os médicos sabem muito pouco sobre a doença. Além disso, a causa exata é desconhecida.

Consequências

A SDRC pode durar meses ou até anos. A doença é caracterizada por queimação, inchaço, espasmos e hipersensibilidade no membro afetado. Ekman vive com a SDRC há quatro anos e, até o momento, não mostrou sinais de recuperação.

Por não ter recuperado a mobilidade do braço, a canadense precisa usar aparelho ortodôntico. “Parece que isso arruinou minha vida, tirou meu futuro”, relatou. “Não consigo me olhar no espelho. Além disso, sinto uma mágoa profunda, afinal, doei sangue para tentar salvar a vida de outras pessoas”.

Atualmente, Ekman depende de sua mãe para ajudá-la nas tarefas diárias, como, por exemplo, cozinhar e dirigir. A jovem, como não pode viver sozinha, estuda em uma faculdade comunitária próxima a sua casa. Além de lutar diariamente com a dor, Ekman teve sua saúde mental afetada pelo CRPS. Por conta disso, toma medicamentos para a ansiedade e depressão.

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