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Conheça 5 vezes que a vida do criador foi arruinada pela sua criação

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A vida é mesmo uma caixinha de surpresas, a gente nunca sabe o que virá depois de um fracasso ou um sucesso. Estamos acostumados a acreditar que alcançar o auge nos trará coisas significativas. E de fato, geralmente, é isso mesmo que acontece, mas não apenas. As consequências do sucesso não se limitam apenas às coisas boas, às vezes, o sucesso tem um preço bem alto, e que muitas vezes as pessoas não estão cientes disso quando decidem busca-lo.

Como já disse o filósofo Rodney Dangerfiled, algumas pessoas simplesmente “não respeitam”. É fácil imaginar que depois de criar algo que se torna tão grandioso a ponto de ser um marco permanente dentro da cultura pop, finalmente, você poderia esperar por algum respeito. Mas nem sempre isso acontece, e temos provas disso. Essas pessoas são exemplos do quão caro o sucesso pode ser. Confira a seguir, 7 vezes que a vida de um homem foi arruinada por suas criações.

1 – Tony Kaye e o filme American History X

Tony Kaye é um diretor de cinema, videoclipes e documentários britânico. Ele sempre foi muito criativo, mas nenhum dos seus trabalhos foi tão marcante como o filme American History X. O filme sombrio sobre a glorificação da violência foi o seu triunfo e a sua queda.

Acontece que o resultado final, que inclusive foi indicado ao Oscar, era completamente irreconhecível da visão original do diretor. A New Line Cinema fez diversas alterações para aumentar o peso emocional do filme. Kaye não gostou muito, e pediu que o seu nome fosse retirado dos créditos e substituído pelo pseudônimo de “Humpty Dumpty”. Mas a New Line expulsou de vez o diretor do seu próprio filme.

Então, em uma tentativa de manchar a reputação do seu próprio filme, o qual ele foi expulso da produção, o diretor publicou diversos anúncios insultando o estúdio. Isso acabou arruinando a sua vida financeira. Depois disso, a sua filmografia é apenas uma coleção dispersa de projetos semi-acabados. Tony Kaye nunca fez um filme tão celebrado quanto American History X, e por esse mesmo filme, nunca mais conseguirá fazer.

2 – Philo Farnsworth e a televisão

Modelos primitivos de televisão já existiam antes de Philo Farnsworth aperfeiçoar essa tecnologia. Ele conseguiu digitalizar uma imagem linha por linha, tornando possível transmitir uma imagem nítida em qualquer tela. Essa foi a base para a sua patente do “Sistema de Televisão” de 1927. Sua ideia chamou a atenção de David Sarnoff, o chefe da rádio RCA. Ele tentou comprar a patente, mas Farnsworth se negou a vendê-la. Foi quando o chefão das rádios começou uma guerra e lançou uma linha de televisões sem a permissão de Farnsworth. A RCA perdeu o processo e teve que ceder os direitos da patente para o seu real inventor.

Porém, depois de lutar por décadas pela sua invenção, ele percebeu que ela não era o que ele sonhava. Sua visão utópica de que a as pessoas “aprenderiam umas com as outras” através da sua criação caiu por terra. Ele percebeu que “criou um tipo de monstro, uma maneira de as pessoas desperdiçarem a maior parte de suas vidas”. Farnsworth já não tinha mais muita vida a perder, e o estresse de sua fortuna desperdiçada acabou causando um ataque fatal, quando ele tinha 64 anos.

3 – Robert Indiana e a sua arte

Robert Indiana fez uma das esculturas mais icônicas sobre o amor, um L apoiando um O inclinado sobre um V e E. Sobre um fundo verde e azul, as letras vermelhas e quadradas do amor de Indiana surgiu em 1965. Mas depois disso apareceu em todos os lugares, desde camisetas, imãs, selos postais e tudo o que se pode imaginar.

Não demorou muito para que imitadores de sua obra aparecessem. Como ele não quis comprometer a simplicidade do design, Indiana não colocou sua assinatura em nenhum lugar da escultura. Ou seja, ela era totalmente anônima. Sem fundo para processar os imitadores de sua arte, Indiana mal recebeu os frutos pelo seu trabalho. Depois disso, os museus rejeitaram o seu trabalho por ser algo muito “comercial”. Excluído do mundo da arte, ele passou a odiar a sua criação mais famosa.

4 – George Melies e o cinema

George Melies foi o pioneiro na criação de efeitos especiais do cinema. Nenhum filme apresentou melhor suas técnicas modernas de edição e enquadramento quanto A Trip to the Moon, de 1902. O filme foi um sucesso de bilheteria, e Melies tinha planos de recuperar o investimento na produção, distribuindo o filme também nos Estados Unidos. Porém, Thomas Edison roubou a sua ideia e o seu sucesso. Edison fez o seu próprio filme imitador chamado A Trip to Mars, para atrair o público para assistir a sua versão.

Cheio de dinheiro por roubar a ideia de Melies, Edison usou a sua própria produtora para comprar a Star films, produtora de Melies que estava quase falindo. Então, os rolos de filmes da Star Films foram todos negligenciados e derretidos como lixo. Boa parte dos filmes de Melies foram perdidos para sempre. Desapontado pelas suas maiores realizações, Melies passou os últimos anos de sua vida vendendo brinquedos em uma estação de trem.

5 – George Ferris e a roda gigante

George Ferris inventou a roda gigante e trouxe alegria para milhares de pessoas, menos para ele mesmo. A sua invenção só o deixou desesperado. Em 1891, Chicago precisava de uma novidade para a sua próxima feira mundial. O diretor queria algo tão grande e majestoso que pudesse superar a recém construída Torre Eiffel. Engenheiros de todo o país enviaram suas propostas. A mais interessante de todas foi a de George Ferris, que consistia em uma engenhoca enorme, cheia de carruagens girando a cada cinco minutos. Chicago considerou colocar o plano em prática, mas Ferris teria que financiá-lo, por conta própria. Meses depois e US$ 250 mil investidos, Ferris, finalmente, revelou sua criação. A roda gigante foi um sucesso, todo mundo adorou e Ferris alcançou o seu auge.

Porém, uma crise estava a caminho. Os parques de diversões estavam fazendo os seus próprios modelos sem compensar Ferris. Nos três anos seguintes, Ferris lutou no tribunal contra vários imitadores, mas sem muito sucesso. Endividado, Ferris continuou investindo em versões maiores de sua invenção, mas ninguém estava comprando. Em 1896, ele estava falido e sem esposa e acabou virando alcoólatra. Ferris morreu no ano seguinte sozinho no hospital, aos 37 anos. Dez anos depois, a sua roda gigante original ficou pronta, mas ele não pode aproveitar os seus frutos.

Enfim, e você, conhece alguma história de vida parecida? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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