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Conheça o jejum de dopamina, nova febre do Vale do Silício

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Quando se fala de tecnologia, não tem como fugir do maior polo de negócios no planeta Terra, o Vale do Silício. Localizado na região da baía de São Francisco, na Califórnia, ela acumula algumas das gigantes da tecnologia. Lá, estão várias empresas de alta tecnologia, como o Google, o Facebook, a Apple, a Ebay, a Tesla e a GoPro.

O nome Vale do Silício vem da quantidade de empresas no segmento hardware localizadas na região. Além dessas empresas o local também tem centros de pesquisa do governo estadunidense e laboratórios de pesquisas. E também uma gigante concentração de universidades de grande destaque.

E nas redes sociais e aplicativos, o que move a renda desses aplicativos é a soma dos minutos e horas de atenção. E algumas pessoas estão fazendo um jejum de dopamina.

Quem popularizou esse termo, foi Cameron Sepah, professor de psiquiatria da Universidade da Califórnia, em São Francisco. Ele publicou, em agosto, um guia orientando essa prática.

“Fazer uma pausa de comportamentos que engatilham a liberação de grandes quantidades de dopamina, especialmente de forma repetida, permite ao nosso cérebro se recuperar”, explicou.

Pesquisa

O que o professor acredita é que, sem esses intervalos, as pessoas ficam habituadas com grandes quantidades da substância. E procuram, de maneira exaustiva, por vários estímulos, que sejam cada vez maiores. Tudo isso para que os níveis de dopamina se mantenham alto.

Sepah recomenda que as pessoas passem entre uma a quatro horas por dia, longe de algum comportamento específico, que seja problemático para a pessoa. Esse comportamento pode ser definido por jogar videogame, apostar ou ficar mexendo nas redes sociais.

Enquanto as pessoas estão nesse jejum, elas devem procurar interação cara-a-cara e se conectar, com outras pessoas. Sepah faz quatro recomendações para seguir. Passar de uma a quatro horas, no final do dia, longe do comportamento problemático, ou passar o seu dia de folga semanal ao ar livre, viajar em um final de semana por bimestre para um local próximo da sua casa, assim como viajar uma semana por ano.

Essas coisas não parecem muito chocantes e, geralmente, seriam coisas que as pessoas gostam de fazer.

Jejum

Quando a maioria das pessoas escutam o termo “jejum de dopamina” logo acreditam que a solução é tentar cortar tudo aquilo que lhe dá prazer em sua rotina. Então começam a evitar alimentos prazerosos, assistir filmes ou séries ou até o contato visual com outras pessoas.

No Vale do Silício, algumas pessoas estão interrompendo conversas, para que não fiquem muito animadas e se sentirem estimuladas e até mesmo, para que possam evitar passar por ruas movimentadas.

Dopamina

A dopamina está envolvida em um processo complexo de aprendizado, memória e motivação por recompensa. Ela também é um sinal de que o cérebro está no caminho certo e de que você irá repetir aquilo que acabou de fazer.

Mas, como a liberação de dopamina não é uma coisa que as pessoas podem controlar, o “jejum” pode ser questionado. Mesmo que o nome possa gerar uma confusão, Sepah propõe não reduzir a dopamina em si. Mas sim, reduzir um comportamento impulsivo, por períodos prolongados.

Comportamento

Para Judson Brewer, neurocientista e psiquiatra da Universidade Brown, que é especialista em vícios, evitar alguma coisa que você gosta de fazer por, pelo menos, um dia na semana, não vai resolver o problema.

“Isso apenas te priva de algo que você gosta. Mas pelo fato de que você ainda gosta disso, você vai continuar voltando para isso”, disse.

O que Brewer recomenda é que as pessoas ensinem o cérebro que determinada atividade não é tão prazerosa assim. E o primeiro passo é perceber qual é o comportamento que te deixa com uma sensação ruim. Então, a pessoa tem que se obrigar a se abster da atividade.

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