Cultura brasileira na cozinha

Quem não ama uma comida típica brasileira? Com diferentes tipos de sabores, temperos, aromas e formas de cozimento, a cozinha brasileira é uma das mais ricas do mundo – seja no Norte ou no Sul do país, o Brasil entende muito bem de culinária, e esta é uma das nossas principais marcas culturais. Afinal, até a comida chegar na nossa mesa, as receitas guardam histórias muito interessantes que revelam detalhes da população brasileira.

Conheça, abaixo, algumas das principais histórias e curiosidades sobre a comida brasileira!

Pão de queijo

Sem dúvidas, um dos nossos maiores patrimônios culturais, o pão de queijo é uma comida muito consumida em Minas Gerais, localizado no Sudeste brasileiro. O Brasil é uma invenção brasileira, e, com o sucesso da receita, vários países estão começando a reinventá-lo, cada um à sua maneira.

Um exemplo disso é a Colômbia, que faz o “pan de bono”, com uma forma mais achatada, ou em formato de anel. Já no Equador o “pan de yuca” é preparado de maneira redonda, reta ou em formato de bumerangue – da mesma maneira, a Argentina, o Chile e o Paraguai também estão implementando as suas próprias receitas de pão de queijo.

Churrasco

Apesar de vários países cozinharem seu próprio tipo de churrasco, o formato do churrasco brasileiro ganha um detalhe a mais: o corte do churrasco made in BR é sobretudo de picanha e alcatra, já desossadas, e o tempero utilizado é o sal grosso (e não o sal comum).

Também damos preferência para a linguiça e o queijo coalho na churrasqueira. Usamos poucos molhos, como é comum em outros países (como nos Estados Unidos), e ainda servimos uma boa farofa de mandioca!

Brigadeiro

Doce perfeito para os momentos felizes e também para os momentos tristes (que atire a primeira pedra quem nunca devorou um brigadeiro caseiro), o brigadeiro é o doce mais famoso do Brasil.

Sua história, porém, tem uma história vinculada à política: basicamente, em 1946, um grupo de mulheres paulistas preparou um doce com leite condensado, chocolate em pó e manteiga, para a campanha do candidato militar Eduardo Gomes. Seu cargo? Brigadeiro, que faz parte do Estado-Maior e alto comando da FAB (Força Aérea Brasileira).

O doce começou a se popularizar, e se tornou presença confirmada em todas as festas de aniversário do país.

Açaí

O açaí, fruta típica do Norte do Brasil, também caiu no gosto popular ao longo dos anos. A fruta recebeu esse nome de uma tribo originária da Amazônia, próximo à área correspondente à cidade de Belém. A tribo, que era bem populosa, teria recebido uma ordem de seu cacique, Itaki, para que todas as crianças fossem sacrificadas, para evitar a escassez dos alimentos.

Iaçã, que estava grávida, deu à luz uma criança que foi sacrificada, e, por isso, chorou por dias e implorou a Tupã (divindade da cultura tupi-guarani) para que existisse um outro jeito de a tribo sobreviver. Um dia, Iaçã escutou um choro de criança e, ao sair em busca da criança, deparou-se com uma imagem de sua filha, que logo sumiu.

Iaçã, muito abalada, teria chorado tanto ao ponto de morrer de tristeza. No dia seguinte ao seu falecimento, a família de Iaçã encontrou seu corpo, com os olhos negros e voltados para o topo de uma árvore, que estava carregada de frutos também escuros. O cacique da aldeia, então, pediu para que apanhassem os frutos, que passou a se tornar o alimento da aldeia. O nome “açaí” é “Iaçã” ao contrário, e, em tupi, a pronúncia é “iwasa’ i”, que significa “a fruta que chora”.

Feijoada

A história da feijoada é um tanto controversa – alguns dizem que foi criada pelos portugueses, com traços europeus, sobretudo da Espanha e da França, mas no Rio de Janeiro, no século XIX. Porém outra lenda diz que a feijoada foi inventada na senzala, com os restos de carne que os senhores de engenho descartavam, mais o feijão preto.

Seja qual for a história verdadeira da feijoada, fato é que ela é um símbolo do Brasil, e todas as quartas-feiras, dia típico da feijoada, muitos trabalhadores usam seu vale-refeição para saborear essa iguaria!