Um novo integrante da DC com nome de herói ridículo está chamando atenção entre os fãs.
Não é novidade que tanto a Marvel Comics quanto a DC Comics possuem personagens e tramas que chegam a ser tão cafonas e de baixo orçamento que a piada é evidente, especialmente quando envolvem coadjuvantes tão irrelevantes quanto a filha do Masuka na decadente série Dexter.
E a situação piora quando alguns roteiristas resolvem embarcar na brincadeira e escolhem nomes absurdos para os personagens em uma disputa quase folclórica de quem cria a opção mais ridícula.
Aviso de spoilers de Lobo Cancellation Special #1!
Desde que abandonou o péssimo reboot do personagem Lobo nos Novos 52, a DC Comics abraçou o fato de que o charme do Maioral está justamente em ser escrachado, misógino, sem pudor, bruto e inconveniente.
No fundo, ele reflete muitas pessoas que vemos por aí. A graça está em satirizar esse “machão” antiquado que já era problemático em sua época.
Embora suas histórias possam parecer irritantes à primeira vista, o humor corrosivo e o comportamento completamente indecente de Lobo garantem boas risadas. Especialmente quando ele libera todo seu poder e sua comédia insuportável sobre personagens ainda mais ignorantes e grosseiros do Universo DC.
No Lobo Cancellation Special #1, a DC explora seu lado mais promíscuo, apresentando um novo herói com nome ridículo e tão indecente que já entra na disputa como rival de outra personagem conhecida por seu apelido vulgar.
Esse especial é uma verdadeira homenagem aos melhores piores momentos do Lobo original, aquele que surgiu no humor sombrio e ácido criado por seus pais, Keith Giffen e Roger Slifer. No caso, com os devidos créditos também ao desenhista Simon Bisley, essencial para a icônica caracterização do Maioral.
Nome de herói ridículo e indecente
O especial começa com Lobo preso em um planeta primitivo por seis anos. Contudo, ele é encontrado por alguns alienígenas que o contratam para resgatar a filha de seu rei, sequestrada pelo temível Murdercrotch Slaughterface. Sim, o nome é gráfico e envolve uma referência à virilha, já deixando claro o tom da história.
Ao entrar na nave dos alienígenas, Lobo nota adoráveis criaturas em forma de bolhas descansando nos ombros dos contratantes e imediatamente exige uma para si.
Claro, em seu estilo irreverente, ele decide batizar o bichinho de MIDIQ. Não é preciso ser fluente em inglês para perceber o trocadilho. Ao pronunciar esse nome, você estará dizendo algo como “Mih-Dick” — uma piada de mau gosto típica do Lobo.
O humor de Midiq na trama é amplificado pelo contraste entre a doçura inocente da criatura e a vulgaridade extrema e visual de motociclista hardcore de Lobo.
E, como era de se esperar, a dignidade despenca a cada página, já que o Maioral não perde uma oportunidade de fazer trocadilhos sobre seu novo companheiro e a conotação sexual do nome.
E a Marvel?
Mas agora muitos devem pensar: “Tá, mas o que a Marvel tem a ver com isso?”. Na verdade, nada. Ou melhor, um pouco.
Afinal, ela também conta com uma heroína cujo nome é considerado um dos mais inapropriados da indústria dos quadrinhos.
Estamos falando de Ashley Barton, filha de Clint Barton, o Gavião Arqueiro, e de Tonya, a filha mais nova de Peter Parker. Isso no futuro alternativo de Velho Logan, visto em Wolverine #67 e #68 (2008).
Embora seu nome de nascimento seja Ashley Barton, após fracassar em uma missão contra o Rei do Crime, um guarda a apelida de Spider-Bitch, ou “P*ta-Aranha”.
O pior é que o apelido pegou, e, mesmo tendo sido apresentada como Mulher-Aranha em várias histórias que envolvem o multiverso, como em Superior Spider-Man e Amazing Spider-Man, não houve jeito de corrigir a situação. Ela acabou ficando marcada como a “heroína meretriz”.
Fonte: Canaltech