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Delegado é afastado por corregedoria da Polícia Civil após invadir casa de mulher

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Normalmente, a polícia e seus funcionários têm a função de nos proteger. Contudo, nem sempre esses funcionários da lei a cumprem da melhor forma. Exemplo disso é que, na última quinta-feira, a Corregedoria Geral da Polícia Civil de Mato Grosso determinou que o delegado Bruno França Ferreira fosse afastado. O afastamento aconteceu porque ele invadiu a casa de uma mulher em um condomínio em Cuiabá.

De acordo com o delegado, a mulher em questão descumpriu uma medida protetiva que ela tinha contra o enteado de Bruno. Segundo o advogado que está representando o delegado, tal medida existe porque a mulher persegue o menino de os 13 anos e o agride tanto verbalmente como com ameaças físicas em lugares públicos.

Contudo, a defesa da mulher diz que ela nunca recebeu uma notificação de que ela não poderia se aproximar do menino. Além disso, eles dizem que o filho dela sofreu bullying e agressões feitas pelo enteado do delegado.

Afastamento

G1

A invasão da casa aconteceu no dia 28 de novembro quando Bruno entrou na casa da mulher com um mandado judicial. Tudo ficou registrado nas câmeras de segurança do próprio imóvel.

No vídeo é possível ver que o delegado foi agressivo. Pelo menos duas vezes ele diz que vai explodir a cabeça da mulher. Além disso, de acordo com a família dela, Bruno até apontou uma arma para uma criança de quatro anos. Na ação o delegado não estava sozinho, ele foi acompanhado de policiais da Gerência de Operações Especiais (GOE) que estavam com fuzis em mãos.

O delegado ficará afastado por 60 dias, podendo ter esse prazo prorrogado. Além do afastamento, Bruno também responderá um inquérito policial que foi pedido pelo Ministério Público Estadual.

Como informou a corregedoria, o que a sindicância administrativa quer investigar é a conduta do delegado com relação à entrada da casa da mulher, bem como sua abordagem e o tratamento do advogado dela na Central de Flagrantes da polícia. Isso porque, nos vídeos também é possível ver Bruno xingando o advogado depois do ocorrido.

Segundo a corregedoria, ela não tinha recebido nenhum pedido formal de afastamento vindo de Bruno.

Visão do delegado

G1

Através de um documento, o delegado pediu desculpas pela maneira que agiu no momento da prisão da mulher e explicou, na segunda-feira, que seu enteado tinha-o procurado e pedido socorro. Ainda segundo Bruno, o menino disse que a mulher foi até a quadra do condomínio e começou a atacá-lo.

Bruno conta que foi até a casa da mulher e bateu em sua porta, mas ninguém respondeu, por conta disso o delegado resolveu arrombá-la. No entanto, em “nenhum momento apontei arma de fogo para nenhuma das pessoas na casa”, disse.

Entretanto, ele admitiu que teve um excesso na forma como ele verbalizou as coisas e também admitiu seu erro, ainda mais por ter uma criança de quatro anos no ambiente. Contudo, Bruno disse que não se arrepende de “enfrentar a agressora e realizar sua captura,” e que a conduta dele “não possui qualquer ilicitude”.

“Peço ainda desculpas pelo susto causado à criança inocente que se encontrava dentro da residência. Não sabíamos da presença antes da entrada e, desde o ocorrido, a ideia do medo que causei a essa menina é, de longe, aquilo que mais tem me machucado. A Polícia Civil existe para proteger as pessoas e não para assustá-las, motivo pelo qual espero que um dia essa criança possa me perdoar”, disse o delegado.

Caso

G1

O caso aconteceu no dia 28 de novembro quando, como é visto nas imagens das câmeras de segurança, o delegado arrombou a porta da casa da mulher e a deteve porque, de acordo com ele, ela não cumpriu a medida protetiva contra o enteado de 13 anos dele.

No vídeo registrado é possível ver a agressividade com que o delegado agiu junto com outros policiais. Durante toda a ação, a filha de quatro anos da mulher chora o tempo inteiro.

A medida protetiva que a mulher descumpriu foi dada pela juíza Gleide Bispo Santos, da 1ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá. Ela foi expedida no dia 24 de outubro depois de uma investigação feita pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Segundo ela, a mulher tinha que manter uma determinada distância do menino e também estava impedida de ir na casa de familiares do menino e da escola dele. Caso ela descumprisse essa medida, ela sofreria penas de acordo com a lei.

Contudo, o advogado da mulher, Rodrigo Pouso Miranda, disse que nem ele ou sua cliente sabiam dessa medida protetiva até sua cliente ter tido sua casa invadida pelo delegado.

Fonte: G1

Imagens: G1

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