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Enjoo no carro? O cérebro acha que está sendo envenenado

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Viajar é um dos prazeres da vida que praticamente todo mundo gosta. No entanto, gostar de viajar pode não ser o suficiente para algumas pessoas, ainda mais se a viagem for feita de carro. Isso porque existem pessoas que não conseguem pegar a estrada sem sentir enjoo. Mas o que muita gente não sabe é que esse enjoo pode ser um indicativo de que o cérebro da pessoa está funcionando perfeitamente.

De acordo com estudos, este tipo de enjoo pode ser resultado do cérebro reagindo ao que ele acha que pode ser um ataque súbito de envenenamento. Segundo o que foi sugerido pelos cientistas, o cérebro está recebendo mensagens conflitantes sobre o ambiente imediato, assim como acontece quando uma pessoa é envenenada.

Todos sabemos que vomitar é a maneira mais fácil de liberar qualquer neurotoxina ou substância ingerida de nosso sistema. Mas por que o cérebro estaria tão confuso em relação a isso? O que tem de tão comum entre uma viagem de carro e um envenenamento súbito para que o cérebro se confunda dessa forma?

Enjoo

BBC

Especialistas acreditam que esses enjoos sejam causados pelo fato de ser um fator novo. Se olharmos para a história da humanidade, viagens de carro, ônibus e barcos são coisas muito recentes e o cérebro das pessoas ainda não se adaptaram completamente.

Apesar de a pessoa estar dentro de um veículo em movimento, a grande maioria dos sentidos ainda diz para a pessoa que seu corpo está em repouso e obviamente o corpo está “parado” enquanto se está sentado no banco do automóvel.

No entanto, ao mesmo tempo, o cérebro também sabe que a pessoa está avançando em uma certa velocidade por causa dos sensores de equilíbrio. Esses sensores são pequenos tubos de fluido no ouvido interno. O líquido dentro deles está girando, indicando o movimento, enquanto na verdade, a pessoa está parada. O cérebro neste momento está recebendo informações bastante confusas.

Cérebro

Ekonomista

O tálamo é o responsável por juntar essas informações e descobrir o que de fato está acontecendo. Entretanto, muitas vezes ele chega à conclusão de que a pessoa foi envenenada e de aquela conhecida sensação de que se vai vomitar de repente aparece. Às vezes, a pessoa realmente irá vomitar.

“Assim que o cérebro fica confuso com qualquer coisa assim, ele diz: oh, eu não sei o que fazer, então apenas fique doente. E, como resultado, temos enjoo porque o cérebro está constantemente preocupado em ser envenenado”, explicou Dean Burnett, neurocientista da Cardiff University, no Reino Unido.

Uma coisa que pode ajudar a pessoa nesse momento é olhar pela janela do carro. Isso porque o cérebro de fato entende que a pessoa está se movendo e que está tudo bem. Ler pode piorar a situação. A ação convence o cérebro de que a pessoa está realmente parada e não se locomovendo pelo espaço. Se a pessoa estiver dirigindo o veículo é ainda melhor. Dessa forma, há mais evidências visuais disponíveis para que o cérebro compreenda genuinamente que ela está se movimentando.

De uma forma ou de outra, ele acaba entendendo que a pessoa não está sendo envenenada. No entanto, os cientistas ainda não foram capazes de compreender por que isso afeta algumas pessoas e outras não. Acredita-se que, possivelmente, seja apenas sorte mesmo.

Em 2013, um estudo descobriu que pessoas cujos corpos se moviam naturalmente com mais frequência, mesmo quando estavam paradas, tinham mais probabilidade de ter enjoos no mar. A conclusão do estudo é a de que talvez as pessoas suscetíveis apenas se movam de modo diferente no geral. Os cientistas continuam na busca para compreender esse problema, responsável por arruinar as férias de muitas famílias mundo afora.

Fonte: Superinteressante

Imagens: BBC, Ekonomista

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