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Entenda o que é “demissão silenciosa”

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O termo “demissão silenciosa” ganhou força no TikTok como uma tendência de fazer o mínimo que é esperado da sua função no trabalho. Apesar de ter repercutido entre os jovens, alguns gestores parecem estar preocupados com a acomodação dos funcionários.

No entanto, conforme matéria da BBC, a demissão silenciosa não quer dizer evitar fazer seu trabalho, mas sim manter sua vida fora do trabalho.

Como nos últimos 20 anos, muitas pessoas aderiram a uma cultura global de excesso de trabalho, com o trabalho não remunerado se tornando uma parte esperada de muitos trabalhos.

Além disso, por causa das recessões e uma pandemia, os millennials e a geração z não costumam ter as mesmas oportunidades de emprego e segurança financeira que seus pais. Por isso, muitos jovens têm sofrido com contratos precários e incertezas no trabalho.

Sem contar que algumas pessoas fazem hora extra e vão mais além no trabalho para tentar garantir promoções e bonificações e ainda assim passam por dificuldades.

Uma possível resposta a esta decepção pode ser o fato dos jovens estarem  cada vez mais buscando flexibilidade e propósito em seu trabalho, além de equilíbrio em suas vidas, de acordo com estudo recente da Deloitte

Muitos jovens estão adotando um estilo de vida em que continuam trabalhando, mas não permitem que o emprego controle suas vidas.

Apesar de trabalhar “no mínimo” parecer estranho, a demissão silenciosa pode ser benéfica para empregador e funcionário.

Trabalhar menos é bom para a saúde mental

Foto: Getty Images/ BBC

Estudos apontam que o equilíbrio entre vida profissional e pessoal está relacionado à saúde mental em uma variedade de empregos. A demissão silenciosa tem como objetivo reestabelecer este equilíbrio, em situações em que o trabalho ocupa o tempo da vida pessoal.

Ela também pode ajudar a separar sua autoestima do trabalho. Isso porque quando tudo que se faz é trabalhar, as falhas no emprego podem ser internalizadas como falhas pessoais.

Além disso, a situação pode aumentar a ansiedade, o que faz com que as pessoas se cobrem mais e aumentem seus ritmos de trabalho e a baixa autoestima.

Quando a situação fica pior, pode resultar em burnout. Esse fenômeno é um risco significativo do excesso de trabalho e pode ter impactos de longo prazo na saúde física, emocional e mental.

Muitas pessoas com burnout acabam se ausentando do trabalho ou trabalhando abaixo da capacidade total. A demissão silenciosa pode gerar um equilíbrio melhor entre trabalho e vida pessoal e, com isso, proteger contra os riscos de burnout.

A relação entre a demissão silenciosa e trabalhos melhores

Foto: Getty Images/ BBC

Estudos apontam que funcionários mais felizes são mais produtivos e engajados. Isso pode ajudar a diminuir a sensação de distração ou de não querer estar presente.

De acordo com as pesquisas, quando as pessoas estão se sentindo felizes, é mais provável que sejam mais amigáveis ​​e abertas, criando mais amizades no local de trabalho. Para muitas pessoas, essa é parte significativa de sua satisfação no trabalho.

As amizades no local de trabalho também aumentam a sensação de pertencimento que pode fazer crescer a lealdade ao local de trabalho e melhorar o desempenho profissional.

Além disso, o foco da demissão silenciosa em apenas se concentrar em fazer o seu trabalho reduz a sensação de estar competindo com os colegas. Isso pode ajudar a uma maior produtividade, o que significa maiores lucros.

A demissão silenciosa pode ser uma forma das pessoas estabelecerem limites para que sua identidade e autoestima não estejam vinculadas à sua produtividade no trabalho.

No lugar de ficarem ansiosos com a perda de produtividade, os empregadores devem aproveitar o movimento da demissão silenciosa para apoiar o bem estar dos seus trabalhadores.

Isso porque incentivar um equilíbrio entre vida profissional e pessoal mostrará aos trabalhadores que eles são valorizados, o que aumenta a produtividade, engajamento e lealdade do funcionário.

Fonte: BBC

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