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Essa nova molécula impossibilita o vírus da covid-19 entrar na célula

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Há mais de três anos nós convivemos com a pandemia do covid-19, e em todo esse tempo os pesquisadores do mundo todo se esforçam para conter o vírus. E por mais que as vacinas tenham conseguido prevenir várias mortes, elas não fizeram o vírus sumir. Justamente por isso que as pesquisas sobre o covid e como combatê-lo não param.

Desde o começo da pandemia, um dos principais pontos focais no combate ao vírus foi a proteína Spike (S) do SARS-CoV-2. Assim, os cientistas norte-americanos não pararam de focar nessa estrutura. Com isso, eles conseguiram desenvolver uma molécula que consegue se aderir a essa proteína S, como consequência, ela impossibilita que o vírus da covid consiga invadir as células saudáveis. A descoberta dessa molécula pode resultar em uma nova forma de medicamentos contra vírus.

Vírus da covid

Galileu

O que muitos podem não saber é que quando o vírus está invadindo uma célula saudável, a proteína S do vírus da covid faz uma conexão com a membrana celular por um processo chamado “chave-fechadura”. Com isso, ele se funde à célula e consegue ter o controle dela. A partir daí que essa célula invadida começa a fazer cópias do coronavírus que irão ser liberadas e disseminarão a doença pelo corpo da pessoa.

Esse novo estudo foi publicado na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS) e feito por pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Eles chamaram a molécula de inibidor longHR2_42.

“No estudo, descobrimos um peptídeo simples que inibe a infecção por todas as principais variantes do SARS-CoV-2 com eficácia nanomolar. Nossos resultados sugerem que um peptídeo simples com uma sequência adequada pode ser uma terapêutica potente e econômica contra o coronavírus SARS-CoV-2 e fornece novos insights sobre o mecanismo de entrada do vírus”, disseram os pesquisadores.

Mutação constante?

UOL

Mesmo que essa molécula consiga impedir que o vírus entre na célula, o SARS-CoV-2 não está em constante mutação? Isso é verdade, por conta disso que algumas outras formas de prevenção, como as que focavam em partes específicas do vírus, como por exemplo, nos anticorpos monoclonais, tiveram que passar por atualizações. Até porque, essas formas preventivas acabaram perdendo a sua eficácia com as novas variantes.

Agora, de acordo com os pesquisadores, a diferença desse método é que a estrutura da proteína S que é conectada com essa nova molécula ficou estável até hoje. Por conta disso que eles acreditam que essa nova abordagem é uma estratégia eficaz contra a covid e suas diferentes cepas.

Os próximos passos dos pesquisadores é ampliar os estudos com essa molécula e, mais para frente, realizarem testes clínicos com humanos. O objetivo deles é que com suas descobertas eles consigam criar um remédio que possa ser tomado no começo dos sintomas e que isso impeça que o covid avance e tenha uma piora no quadro do paciente.

Possível remédio

Futuro da saúde

Outros esforços para que tratamentos contra a covid sejam cada vez maiores também são feitos. Por exemplo, os cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, estão estudando como fazer um spray do dia seguinte contra o coronavírus SARS-CoV-2 ser uma realidade.

Mesmo que pareça estranho, várias doenças podem sim ser combatidas da mesma forma que eles planejam que o spray funcione, como por exemplo, a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) contra o HIV, ou a pílula seguinte. Contudo, nesses dois casos, eles têm que ser usados apenas quando é preciso. Já a tecnologia que será colocada no spray contra o covid, ela poderia ser usada todos os dias.

Os cientistas ainda estão desenvolvendo esse spray. Os estudos estão caminhando, tanto que os pesquisadores descobriram nas últimas semanas que, no laboratório, uma solução desse tipo é viável.

“Nossas vias aéreas superiores são a porta de entrada não apenas para a infecção de nossos pulmões, mas também para a transmissão [de um vírus] para outras pessoas. Dessa forma, o spray precisaria ‘apenas’ impedir que a infecção se instalasse no nariz e na garganta”, explicou Peter Jackson, professor de microbiologia na Stanford.

“Retardar a entrada, saída ou disseminação viral com um medicamento de curta duração, aplicado localmente, ajudaria nosso sistema imunológico a se atualizar e chegar a tempo de interromper a infecção total. Com sorte, [a estratégia] limitaria futuras pandemias”, explicou Jackson.

O próximo passo dos pesquisadores é ampliar os testes para que eles sejam feitos em animais e depois, em um futuro, possam ser testados em humanos.

Fonte: Canaltech,

Imagens: Galileu, UOL, Futuro da saúde

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