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Esse animal ”extinto” reapareceu depois de 50 anos

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O planeta Terra tem mais de 4 bilhões de anos e já foi abrigo de muitas formas de vida. Mas vários dos organismos e seres vivos, que já passaram por nosso planeta, não existem mais. O maior exemplo de extinção que nós conhecemos são os dinossauros. Eles eram os verdadeiros seres operantes na Terra, mas depois de um meteoro, eles foram completamente eliminados.

Mas a verdadeira forma de extinção acontece aos poucos. Segundo estimativas científicas, existem por volta de 7,7 milhões de espécies no planeta Terra, sendo quase 1 milhão catalogadas. Destas quase 8 milhões, acredita-se que 1 milhão de espécies não irão existir mais até 2050.

Os cientistas sabem das espécies que foram extintas. Mas, às vezes, podem se surpreender com o reino animal. Como por exemplo o caso desse animal conhecido como musaranho-elefante somali, ou Somali sengi, que se achava que estava extinto. Mas, 50 anos depois de desaparecido ele foi redescoberto.

Espécie

Depois de ouvirem alguns relatos de pessoas que encontraram com esses misteriosos animais, os cientistas decidiram ir verificar do que se tratava. O animal foi descoberto por uma equipe de cientistas em Djibouti, na África.

“Não sabíamos quais espécies viviam em Djibouti. E quando vimos a característica distinta de uma pequena cauda tufada, olhamos um para o outro e sabíamos que era algo especial”, disse Steven Heritage, pesquisador do Duke University Lemur Center.

Para conseguir capturar os musaranhos-elefante somali os cientistas usaram mais de mil armadilhas e as colocaram em 12 lugares diferentes. E como iscas para atrair os animais eles usaram uma mistura de pasta de amendoim, fermento e aveia.

Ao todo, os cientistas conseguiram observar 12 sengis na sua expedição. E tiveram as primeiras fotos e vídeos dos musaranhos-elefante somalis vivos para colocar como documentos científicos.

De acordo com suas observações, não existe nenhuma ameaça imediata ao habitat da espécie porque ele é inacessível e distante da agricultura e do desenvolvimento humano. E a abundância da espécie é parecida com a de outros musaranhos-elefante. E o alcance pode ir além da Somália em Djibouti e, possivelmente na Etiópia.

Redescoberta

Para os cientistas esses animais estavam desaparecidos. Mas os habitantes da região não consideram que eles tenham desaparecido em momento algum. “Para Djibouti, esta é uma história importante que destaca a grande biodiversidade do país e da região e mostra que existem oportunidades para novas ciências e pesquisas aqui”, ressaltou Heritage.

“Esta é uma redescoberta bem-vinda e maravilhosa durante uma época de turbulência para nosso planeta. E que nos enche de esperança renovada para as espécies de pequenos mamíferos restantes em nossa lista dos mais procurados, como a toupeira dourada de DeWinton, um parente do sengi , e o corredor de nuvem da Ilha Ilin”, afirmou Heritage.

No planeta exitem 20 espécies de musaranho-elefante. E alguns dos primos genéticos vivos mais próximos do Somali sengi são o elefante e o peixe-boi.

Próximos passos

De acordo com o mostrado pela análise de DNA, o sengi somali está mais intimamente ligado a outras espécies de lugares distantes como o Marrocos e África do Sul, o que o coloca em um novo gênero.

De algum jeito, esse mamífero se dispersou por várias distâncias ao longo do tempo. E isso deixou os biólogos com um quebra-cabeça. Os cientistas tem planos de fazer uma nova expedição em 2022 para estudar o comportamento e ecologia dos animais.

“Descobrir que o sengi somali existe na natureza é o primeiro passo para a conservação. Agora que sabemos que ele sobreviveu, cientistas e conservacionistas serão capazes de garantir que ele nunca mais desapareça”, disse Kelsey Neam, da Global Wildlife Conservation.

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