Curiosidades

Esse cão-robô consegue jogar futebol na areia, neve e até na lama

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Vivemos em um tempo em que parece que o “futuro”, falado e mostrado nos filmes de ficção, realmente já é uma realidade. Por mais que nem tudo mostrado nos filmes exista na vida real, avanços significativos já foram feitos. Invenções recentes já mudaram as formas como compramos comida, vemos filme e, talvez até quem serão os pets. Isso porque projetos com cão-robô estão acontecendo com uma certa frequência.

Isso é tão verdade que existem projetos em que esses cães-robôs andam como os animais de verdade, trabalham na segurança de eventos, ajudam pessoas deficientes visuais e até dançam k-pop.

O projeto mais recente de um cão-robô é o chamado DribbleBot. Ele foi criado por uma equipe de pesquisadores do MIT. Esse animal consegue correr com uma bola de futebol nas suas “patas” e até mesmo fazer dribles. A equipe apresentou esse sistema robótico como tendo a mesma capacidade de drible do que um humano.

O cão-robô consegue fazer isso por conta dos seus sensores que conseguem detectar a bola, e sua computação a bordo que o faz correr nos mais variados tipos de terreno, como por exemplo, areia, cascalho, lama e neve. Além disso, esse robô também consegue se adaptar aos diferentes impactos que o movimento da bola faz e, se por algum acaso ele cair, ele consegue se levantar.

Funcionamento

Segundo os pesquisadores, no começo da interação com a bola, o cão-robô não sabe fazer dribles. Contudo, à medida que ele vai praticando e recebendo um reforço negativo quando erra, e recompensas quando acerta, o “animal” vai descobrindo uma sequência de força para ser aplicada em suas pernas.

“Um aspecto dessa abordagem de aprendizado por reforço é que devemos projetar uma boa recompensa para facilitar o aprendizado do robô de um comportamento de drible bem-sucedido. Depois de projetarmos essa recompensa, é hora de praticar para o robô: em tempo real, são alguns dias e, no simulador, centenas de dias. Com o tempo, ele aprende a manipular a bola de futebol cada vez melhor para corresponder à velocidade desejada”, disse Gabe Margolis, doutorando do MIT e co-lider do projeto.

Uso

Olhar digital

Claro que um robô saber driblar é uma coisa que chama atenção, mas que na prática não tem muita serventia. No entanto, os pesquisadores pontuaram que por mais interessante que seja essa habilidade do DribbleBot, ele foi feito para ajudar em cenários catastróficos, como por exemplo, em terremotos ou inundações.

“Precisamos das máquinas para percorrer terrenos que não são planos e robôs com rodas não podem atravessar essas paisagens. Nosso objetivo no desenvolvimento de algoritmos para robôs com pernas é fornecer autonomia em terrenos desafiadores e complexos que atualmente estão fora do alcance dos sistemas robóticos”, pontuou Pulkit Agrawal, professor do MIT.

Cão-robô

Como dito, as pesquisas com cães-robôs são bastante variadas e esses “animais” já foram colocados em cenários diferentes, como por exemplo, esse feito pela Boston Dynamics que estava pastoreando ovelhas nas montanhas acidentadas da Nova Zelândia.

Esse cão-robô se chama Spot e no vídeo é possível vê-lo fazendo esse trabalho. Isso, na verdade, faz parte de uma campanha promocional para mostrar todo o potencial do cão-robô para a indústria agrícola. Além de pastorear, Spot também faz imagens de verificação do local e escaladas em terrenos acidentados.

A empresa Rocos, de software de robótica, foi quem fez o vídeo. Ela está trabalhando junto com a Boston Dynamics para ver como seus inventos podem ser controlados remotamente. O objetivo é que os robôs como Spot possam realizar suas tarefas enquanto o humano fica sentado, até mesmo, do outro lado do mundo.

Na agricultura, os cães-robôs podem monitorar os campos o tempo todo e verificar o crescimento das plantações, amadurecimento de frutas ou qualquer outra coisa enquanto a pessoa o opera de forma remota.

O vídeo mostra alguns segundos do pastoreio das ovelhas feito por Spot. Ele parece que ainda não está totalmente treinado e, provavelmente, não tem a velocidade necessária para substituir por completo um cão pastor. Mas nos próximos anos, os protótipos podem ser colocados em todos os tipos de agricultura e também em outras indústrias.

“A automação da agricultura está mudando a maneira como os agricultores trabalham. Aumentando a eficiência da produção mundial de alimentos para uma crescente população humana”, informa o vídeo promocional.

Os robôs como o Spot conseguem andar, rolar e até mesmo voar. Eles podem ser equipados com vários tipos de sensores para que possam conseguir fazer uma avaliação do ambiente ao seu redor.

“Ao conectar robôs à nuvem, podemos ajudá-los a combinar uma camada de software em nuvem com a robótica para obter automação física em escala. Nossos clientes estão aumentando suas forças de trabalho humanas para automatizar processos físicos que geralmente são monótonos, sujos ou perigosos”, disse David Inggs, CEO da Rocos.

Fonte: Olhar digital

Imagens: YouTube, Olhar digital

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