Um cão-robô foi usado pelas autoridades de Xangai, na China, para fiscalizar o isolamento social. Um vídeo mostra o animal eletrônico andando pelas ruas e informando os cuidados contra a Covid-19.
O robô circula pelas ruas da cidade com um megafone preso às costas, pedindo para que os moradores usem máscara e lavem as mãos com frequência.
Full Lockdown in Shanghai, this is how they broadcast announcements.
Robot Dog + Speakers#Shanghai #COVID #Lockdown pic.twitter.com/5kJdLrnL8p
— Jay in Shanghai 🇨🇳 (@JayinShanghai) March 29, 2022
Além dos robôs, as autoridades de Xangai estão utilizando drones para monitorar a população quanto ao cumprimento das medidas sanitárias.
Xangai está em lockdown desde o fim do mês de março, depois do aumento de casos de Covid-19 provocados pela variante Omicron BA.2.
De acordo com o jornal britânico The Times, algumas regras sanitárias adotadas pelo país têm provocado polêmica, pois incluem, por exemplo, o sacrifício de animais de estimação das pessoas internadas com Covid-19.
Os moradores também foram orientados a não deixarem suas casas.
Foto: Reprodução
Dois anos após os primeiros bloqueios causados pela Covid-19, que ocasionaram corridas aos supermercados para estocar alimentos, o mundo está observando um movimento parecido na China. Em Pequim, vários moradores estão estocando comida para o caso de a cidade entrar em lockdown.
Por causa disso, alguns supermercados já relataram que estão com falta de alguns alimentos e até brigas dentro das lojas para pegar as últimas unidades de alguns produtos.
No entanto, apesar dessa corrida, a circulação dentro da capital da China ainda está liberada e não existe previsão de bloqueios em Pequim.
Foto: Reprodução
Como citado, a China passa por seu maior surto de Covid-19 desde os primeiros casos, em Wuhan, entre o final de 2019 e o início de 2020. Por causa disso, Xangai, a segunda maior cidade chinesa, tem bloqueios parciais desde meados de março e está com bloqueio total desde o começo de abril.
O movimento da administração municipal para conter a Covid-19 foi alvo de alguns protestos da população de Xangai. Entre os relatos, foram apontados escassez de alimentos e uma série de pedidos de ajuda online. Uma das reivindicações é a entrega de alimentos nas residências durante o bloqueio.
Por causa disso, algumas cidades, como Pequim, estão com alta demanda de alguns produtos.
O Walmart, que administra o Sam’s Club, uma das redes de supermercados mais populares da China, informou que está ciente disso e que a empresa está monitorando seu estoque para evitar desabastecimento.
Foto: Reprodução
O surto de Covid na China também pode afetar a produção de iPhones. A principal região responsável pela manufatura desses celulares, a porção central da China, segue operando mesmo com os bloqueios.
No entanto, na última sexta-feira (15), a decisão de implementar uma nova quarentena em Zhengzhou, cidade em que estão as instalações da Foxconn, uma das principais parceiras da Apple, pode atrapalhar o ritmo de fabricação do dispositivo, divulgou o portal asiático Henan Daily.
Foto: Getty Images
O governo chinês passou a defender uma abordagem mais radical para conter o avanço de casos de Covid-19 no país.
Por causa disso, muitas fábricas de eletrônicos interromperam suas operações ou estão trabalhando em regime de produção parcial devido às restrições mais rigorosas.
Entre as companhias forçadas a interromper a produção nas últimas semanas, estão a Tesla e a Pegatron, que também trabalha na fabricação de iPhones.
Uma das estratégias do governo chinês para contornar o problema na cadeia de suprimentos de eletrônicos é a injeção de um pacote emergencial de 1 trilhão de yuans na economia. O valor é de aproximadamente US$ 157 bilhões.
Foto: Reuters /China Daily
No entanto, nem só más notícias circulam na economia chinesa. Depois de semanas de paralisação por conta da Covid, algumas fábricas instaladas em Xangai, na China, começaram a preparar os planos de retorno à rotina tradicional de trabalho nesta semana.
Porém, mesmo com o retorno, existem várias restrições, como a necessidade dos trabalhadores permanecerem no próprio local de trabalho, além das medidas rigorosas de controle sanitário.
Fonte: Cultura, Olhar Digital