Curiosidades

Esses pássaros podem voar por horas sem bater as asas

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O nosso mundo é extremamente diverso e amplo. Há diversidade em tudo, desde os povos, culturas, à fauna e à flora. A prova disso que estamos falando é o reino animal, inclusive é o mais fácil de perceber tudo isso. Existem animais de todos os tipos, tamanhos e com funções diferentes.

Uma das maiores evoluções desde os tempos passados foi a dos pássaros. Esses “donos” do céu conseguem encantar qualquer um com suas cores, tamanhos e voos acrobáticos. Existem mais de 10 mil espécies de pássaros no mundo. A variedade é imensa, e existem pássaros de todos os tamanhos. Indo do enorme avestruz até o pequeno beija-flor abelha.

Cada um tem sua característica própria e consegue fascinar as pessoas por ela. Os condores andinos, por exemplo, são os pássaros mais pesados do mundo. Cada um deles pesa aproximadamente 16 quilos. Mas engana-se quem pensa que manter esse corpo no ar é difícil.

Segundo um novo estudo, a parte mais difícil para esses pássaros é sair do chão. E os pesquisadores descobriram que uma vez que eles estão no ar, os condores mal batem suas asas. Ao invés disso eles planam. O que aumenta em até 99% o tempo de voo, principalmente se eles estiverem em ventos e correntes térmicas.

Pássaros

Quando os pesquisadores juntaram as observações de oito condores jovens, eles tiveram mais de 230 horas de tempo de voo catalogados. Nesse tempo todo, apenas 1% foi gasto batendo asas. A maior parte dele foi gasta com os pássaros tentando sair do chão.

“O baixo investimento extraordinário no voo de bater asas foi visto em todos os indivíduos, o que é notável, até porque nenhum pássaro era adulto. Portanto, mesmo aves relativamente inexperientes operam por horas com uma necessidade mínima de bater suas asas”, escreveram os pesquisadores.

Em determinada vez, um condor jovem voou por mais de cinco horas sem bater as asas nenhuma vez. Ele percorreu mais de 170 quilômetros usando apenas as correntes de ar.

“A descoberta de que os condores andinos basicamente quase nunca batem as asas e voam alto é impressionante”, disse David Lentink, especialista em voo de pássaros da Universidade de Stanford, que não participou do estudo.

Voo

Os pássaros que voam alto, normalmente, são os maiores. Porque a energia necessária para o voo motorizado  é bem maior para os pássaros mais pesados. Em comparação com um beija-flor que bate suas asas freneticamente, o albatroz, que é quase um condor marinho, gasta 12, a 14,5% do seu voo batendo as asas lentamente.

E o condor andino gasta ainda menos. Em um voo de 50 minutos, por exemplo, os condores jovens gastam quase a mesma quantidade de energia planando, subindo e, às vezes, batendo asas do que durante sua decolagem de 3,3 minutos.

Os autores consideram que o custo de bater asas para esses pássaros seja grande. Aproximadamente 30 vezes maior do que os custos metabólicos em repouso. Isso significa que ele é tão eficiente, em termos energéticos, quanto a corrida para os mamíferos.

Os condores voam alto para encontrar sua comida, que nem sempre está nos lugares mais fáceis de serem acessados. Ainda mais quando o animal usa, predominantemente, as correntes de ar para chegar até sua presa.

Por mais que a energia para decolar seja grande para os condores, para pousar, eles têm um requinte maior. Por isso, eles são seletivos onde pousam. Se o pássaro estiver indo em direção a uma carcaça no chão, por exemplo, ele teria que pular de uma corrente para outra indo em direção ao ar mai quente e ascendente. E às vezes preencher as lacunas com uma batida ou outra de asas.

Mesmo no inverno, quando as condições de ventos fortes e correntes térmicas não são as melhores, os pesquisadores descobriram que os condores não estão dispostos  a ir em um caminho que os exijam o bater de asas.

E entender como esses pássaros gigantes voam através dos obstáculos invisíveis no céu pode dizer sobre as condições atmosféricas, mas também esclarecer como pássaros extintos extremamente pesados, como o Argentavis magnificens, conseguia manter seus 72 quilos no ar.

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