Curiosidades

Estudo mostra que 98% das conversas não terminam quando queremos

0

As interações sociais são parte do nosso dia a dia. Estamos sempre compartilhando informações de variadas formas, sendo algumas delas as conversas corriqueiras. Esse tipo de conversa pode fazer algumas pessoas revirarem os olhos ou quererem fugir rapidamente do lugar. Mas essa conversa superficial é necessária em uma sociedade.

Com certeza todo mundo já se sentiu preso em uma conversa durante muito tempo, seja ela sobre qualquer assunto. E também todos já experimentaram as conversas que parecem acabar antes da hora, deixando as pessoas insatisfeitas e até mesmo um pouco magoadas.

De acordo com um estudo de Harvard, essa decepção com a conversa pode, na verdade, ser uma coisa bem comum. O estudo foi feito com 992 participantes em discussões bidirecionais. Com isso eles descobriram que, menos d  2% das conversas terminam quando ambos quiseram.

Esse término foi notavelmente estável independente se as pessoas estavam conversas com um estranho ou com alguém amado. De acordo com o que acreditam os autores do estudo, isso é na verdade um clássico problema de coordenação. Ele sugere porque as pessoas tendem a esconder seus verdadeiros desejos. Até mesmo quando querem que uma conversa acabe. Fazendo isso como um esforço para não ser rude.

O estudo ainda acrescenta que acabar uma conversa com elegância é uma habilidade social elaborada que tem muitos movimentos complexos. O que significa que várias delas transbordam por uma questão de polidez e solidariedade social. Até chegar em um ponto que não é capaz de agradar nenhuma das partes envolvidas.

Conversas

Conversar pode parecer uma atividade simples, mas ela envolve assuntos incrivelmente habilidosos. Elas envolvem uma navegação entre milhares de pistas, várias vezes respondendo de maneira instantânea e apropriada às dicas que são dadas.

Tudo isso é feito automaticamente e muitas vezes sem ao menos recorrer ao pensamento consciente. Mesmo assim, o estudo de Harvard sugere que 98% das conversas acabam de uma forma inábil. Ou seja, chegam a uma conclusão insatisfatória muito cedo ou muito tarde.

Uma das coisas responsáveis por isso é o fato de as pessoas falando esconderem seus desejos uns dos outros. Mas também é o resultado das regras que ditam a forma como as pessoas falam umas com as outras. E a forma que essas regras as obrigam interromper ou estender as conversas.

Por mais que nem todas as pessoas estejam cientes dessas regras, elas tendem a segui-las automaticamente aproveitando tudo o que foi ensinado logo cedo na vida.

Terminar uma conversa

Então, quando se quer terminar uma conversa, geralmente se usa uma ação social para evitar cometer alguma gafe. Essas ações sociais são chamadas de “rotinas de fechamento”. Nelas, as pessoas confirmam umas as outras que realmente ficaram realizados. Expressões como “mesmo assim” ou “tudo bem” ditas em um tom específico podem ajudar a acabar com a conversa.

Terminar uma conversa normalmente segue movimentos específicos. Primeiro ela exige uma declaração pré-fechamento. Ela vai anunciar que existe uma intenção de acabar com a conversa. Essa declaração tem que ser aceita pelas duas partes para que o próximo estágio comece. Depois disso pode ser que a conversa seja levada a uma conclusão familiar e saudações finais.

Mas o problema é que as rotinas de fechamento de conversas costumam desviá-las do seu ponto ideal de conclusão. Uma das pessoas pode começar a rotina de fechamento bem mais cedo depois de interpretar de forma errada uma dica dada pela outra pessoa.

Entretanto, a rotina de fechamento iniciada de forma correta ainda pode levar alguns minutos para ser realmente encarada. Isso faz com que as conversas vão além do que uma das pessoas pode considerar uma duração ideal.

Conclusão

Por mais que esse estudo de Harvard exponha um aspecto interessante do comportamento humano, não se deve considerar que a maioria das conversas são arrastadas e intermináveis.

Na verdade ela mostra que 98% das pessoas estão conformadas ao ritmo da dança conversacional. Elas cooperam e respondem às dicas e sugestões até que possam parar. Tudo isso feito sem pisar muito forte no calo dos outros.

Ilhas Diomedes: o arquipélago entre o ontem e o amanhã

Artigo anterior

O consumo de oxigênio irá acabar sufocando a maior parte da vida no planeta

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido