Curiosidades

EUA lança primeira espaçonave para a lua em mais de 50 anos

0

As pessoas são fascinadas com o espaço e as coisas que existem nele. A lua é um dos corpos celestes mais pesquisados. Esse nosso vizinho cósmico é o único corpo do sistema solar que os humanos já pisaram, e é bem conhecido. Mas parece que o que já se conhece a respeito dele é pouco, tanto que os esforços para colocar o homem de volta no satélite natural nunca pararam.

Contudo, desde dezembro de 1972 ninguém mais foi até a lua ou caminhou nela. As últimas pessoas foram os tripulantes da missão Apollo 17. No entanto, na madrugada dessa segunda-feira, a empresa aeroespacial Astrobotic, de Pitsburgo, nos EUA, fez um lançamento bem sucedido da nave espacial Peregrine, de Cabo Canaveral. Esse foi o primeiro lançamento dos EUA para a lua desde a missão Apollo.

Essa missão foi o primeiro voo do foguete Vulcan, da United Launch Alliance (ULA). O esperado é que o módulo de pouso Peregrine chegue a superfície lunar no dia 23 de fevereiro. O módulo está em uma corrida contra a Intuitive Machines, de Houston, que tem planos de pousar na lua um dia antes com o foguete Falcon 9 da SpaceX.

As duas missões fazem parte do programa Artemis da NASA que tem o objetivo de voltar com astronautas para a lua. Isso é esperado que aconteça em 2025. Além disso, o programa em si faz parte de um ainda maior chamado Commercial Lunar Payload Services (CLPS). A NASA irá investir 2,6 bilhões de dólares, equivalente a 13 bilhões de reais, durante 10 anos para missões comerciais para a lua.

Nova missão para a lua

Olhar digital

Além de ser uma missão importante por si só, o foguete Vulcan tem mais um significado. Isso porque ele é uma parceria entre ckheed Martin e a Boeing, com motores fornecidos pela Blue Origin de Jeff Bezos.

O próprio Pentágono dos EUA já demonstrou ter interesse em usar o foguete para missões sensíveis e de segurança nacional. Elas podem ser certificadas depois de um segundo voo bem sucedido do Vulcan.

A bordo do Peregrine estão 20 instrumentos científicos, sendo cinco da NASA, amostras de DNA e restos cremados que são uma parceria com a Celestis. Contudo, a missão teve a oposição do povo nativo Navajo. Isso porque eles veem a lua como sendo um espaço sagrado e por conta disso pediram que a missão fosse adiada por conta do envio dos restos cremados.

Mesmo assim, a espaçonave irá seguir uma rota direta para a lua, mas irá esperar em órbita até que o luar onde ela pousará esteja iluminado pelo sol. E sabendo de todos os desafios e das taxas de falha em missões parecidas, a Astrobotic tem confiança, mas de uma forma cautelosa.

O fato é que a missão é o começo de uma nova era de acesso regular à superfície da lua. Além de ser um grande avanço na exploração lunar e na capacidade da indústria privada fazer missões para além da órbita do nosso planeta.

Esperada volta

Olhar digital

Os EUA também anunciaram que em 2024 será lançada a missão Artemis 2, com quatro astronautas a bordo. No entanto, esses quatro astronautas não pisarão na lua. Isso irá acontecer somente na missão Artemis 3, que está prevista para 2025. Ela pousará no polo sul lunar, um local novo e mais desafiador. Até porque, nenhuma pessoa nunca esteve lá.

Eles já estão escolhidos. São eles: Victor Glover, Christina Koch, Reid Wiseman e Jeremy Hansen, da CSA (Agência Espacial Canadense). Todos eles bem diversos, em comparação ao passado. A tripulação é composta por um negro, uma mulher e um estrangeiro. “Estes exploradores representam o melhor da humanidade, ousando forjar novas fronteiras no espaço em nome da humanidade”, disse a NASA.

Christina Koch

A mulher de 44 anos será a especialista da missão. Isso porque Christina é uma astronauta experiente e foi selecionada pela NASA em 2013. Ela é formada em física e engenharia elétrica e fez história como engenheira nas expedições 59, 60 e 61 até a Estação Espacial Internacional (ISS).

Quando ela foi para a ISS, o previsto era que ela ficasse alguns meses. Contudo, por conta de imprevistos ela passou quase um ano por lá. Ao todo foram 328 dias, entre março de 2019 e fevereiro de 2020. Isso fez com que ela tivesse o recorde de mulher que ficou mais tempo no espaço.

Victor Glover

O homem de 46 anos irá ser o piloto da missão. “Este é um grande dia. Temos de celebrar este momento da história humana”, disse ele. Victor é um engenheiro negro, comandante da Marinha dos EUA e um piloto de caça F/A-18 experiente.

Em 2015, ele finalizou seu treinamento de astronauta e foi selecionado para a tripulação em um programa comercial em parceria com a SpaceX. Ele participou da expedição 64/65 e ficou mais de seis meses na ISS. Com isso, ele foi o primeiro afro-americano a viver no local.

Reid Wiseman

Esse homem de 47 anos será o comandante da missão. Ele começou sua carreira como piloto de testes e, em 2009, foi selecionado para ser astronauta. Reid foi engenheiro de voo na missão 40/41 e ficou 165 dias no espaço.

Em 2020, ele foi promovido a Chefe do Escritório de Astronautas da NASA. Contudo, ele renunciou esse cargo para voltar para o espaço e ir até a lua.

Jeremy Hansen

O homem de 47 anos é o estrangeiro que participará da missão. Ele irá ser o especialista a bordo. Jeremy é o único que nunca foi para o espaço, mas sua formação é bem sólida.

Desde seus 12 anos ele é piloto e é formado em física e ciência espacial. Em 2009, ele foi selecionado pela CSA e trabalhou no Centro de Controle da Missão, que é formado por especialistas que ficam na Terra monitorando a ISS.

Fonte: Olhar digital, Tilt

Imagens: Olhar digital

Estudo prevê data em que Terra ficará inabitável por um motivo surpreendente

Artigo anterior

Até quando os eclipses totais vão existir?

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido