Curiosidades

Figo não é fruta? Por que muitos veganos o consideram um alimento ‘proibido’

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O vegetarianismo já é um termo bem popular há algum tempo, e também uma tendência crescente. Mas uma vertente mais restritiva vem chamando a atenção e ganhando cada vez mais adeptos: o veganismo. Enquanto o vegetarianismo se abstém apenas de consumir carne, peixe e aves, os veganos excluem o consumo de qualquer produto de origem animal.

Ou seja, os veganos não consomem nada que tenha qualquer vestígio animal, seja na alimentação ou em outros produtos, tais como artigos para higiene, limpeza, vestuário, remédios etc. E quando se trata de alimentação, existem algumas coisas que, a priori, fariam parte de uma dieta vegana, mas que na realidade não é bem assim.

Um exemplo disso é o figo. Muitos podem pensar que ele é uma fruta, mas ele tem algumas curiosidades envolvendo o seu cultivo. O figo, tecnicamente, é uma inflorescência, ou seja, um conjunto de flores pequenas que se abrem na parte interna de uma vagem. Cada uma dessas flores, quando polinizadas, produz um fruto: o aquênio, as bolinhas secas que dão a crocância para o fruto.

Por conta desse florescimento para dentro, o figo depende totalmente do trabalho das vespas-do-figo. Elas têm aproximadamente um milímetro de tamanho, por isso conseguem passar pela estreita abertura da vagem e levar o pólen até suas flores.

Essa é uma relação simbiótica porque essas vespas também precisam estar dentro do figo para depositar seus ovos. Quando elas fazem isso, elas morrem e a enzima de defesa da planta as absorve e faz com que elas sejam parte de fruto.

Veganos e figos

NiT

Entre os veganos, o consumo do figo não é um ponto de consenso. Isso porque, na visão de alguns, mesmo que a relação da planta com as moscas seja benéfica para os dois, comer o fruto é, de alguma forma, comer o inseto. Por conta disso eles não comem o figo. Contudo, essa interação entre ele é uma coisa natural e sem crueldade ou exploração animal.

Outro ponto a ser destacado é que nem todo figo tem vespas dentro. Até porque, determinadas variedades de figueiras, como as que são cultivadas no nosso país, não são dependente da polinização das vespas. Por conta disso, os frutos se desenvolvem sem a fecundação e só têm sementes estéreis.

Além disso, até mesmo entre as variedades onde a polinização acontece, os insetos são encontrados nos frutos masculinos, que não são adequados para consumo. Isso acontece porque as plantas femininas têm as flores com um comprimento extenso e a vespa não consegue depositar seus ovos. Logo, não existem filhotes e o corpo do inseto é degradado muito antes de ele chegar à mesa, seja dos veganos ou não.

Dieta vegana

veganos

Vida ativa

O vegetarianismo já é um termo bem popular há algum tempo, e também uma tendência crescente. Porém, uma vertente mais restritiva vem chamando a atenção e ganhando cada vez mais adeptos e mais pessoas têm virado veganas. Mas será que esse tipo de dieta faz bem à saúde?

Por conta de todas suas restrições, quem tem uma dieta baseada em vegetais pode ficar com o débito de várias substâncias essenciais, ou então tê-las ausentes ou pouco absorvidas. Dentre elas estão as proteínas animais com seus nutrientes específicos, o ômega-3 e os ácidos graxos, ferro, zinco, cálcio e vitaminas D e B12.

As pessoas veganas precisam de acompanhamento nutricional e reposição de alguns componentes por meio de vitaminas sintéticas. A B12, por exemplo, está relacionada com a formação dos neurônios e tem importante atuação no sangue e no metabolismo, mas ela só chega por meio das carnes, peixes, manteiga, alimentos que veganos não aceitam”, explicou o cardiologista Everton Gomes, pesquisador do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP.

Mesmo com esses déficits, uma dieta vegana pode trazer benefícios para a saúde, como por exemplo, a prevenção de doenças cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de câncer. Contudo, para quem quiser começar esse tipo de alimentação, é preciso transformar pratos que a pessoa já conhece e gosta.

As possibilidades são muitas para adaptar aquilo que já comemos. Tente navegar por mercados mais naturais e orgânicos, priorizando escolhas saudáveis e fortalecendo os pequenos comércios da sua região”, afirmou a nutricionista Paula Hertel.

Além disso, a nutricionista recomenda que as pessoas que queiram começar uma dieta vegana comprem um livro de receitas grande e completo. Um que englobe mais do que seus pratos favoritos pessoais. Busque algo que possua uma variedade de receitas simples, para serem usadas no cotidiano”, disse ela.

Fonte: UOL Saint Luke’s

Imagens: NiT, Vida ativa

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