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Filho de Rita Lee recria voz dela com inteligência artificial

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O uso da uso da inteligência artificial (IA) nas artes é muito debatido por conta tanto da criatividade como dos direitos autorais. No entanto, é inegável que as coisas que ela pode fazer são realmente surpreendentes. Um exemplo disso foi a criação feita por João Lee, filho de Rita Lee.

Ele usou suas redes sociais para divulgar um modelo de inteligência artificial com a voz da sua mãe. Segundo ele, que é produtor musical, para a criação ele usou um software que isolou a voz da sua mãe e do seu pai, Roberto de Carvalho, com base em 50 músicas que os dois cantaram desde 1970 até a morte de Rita Lee.

Com isso em mãos, ele cortou trechos de áudios e os transferiu para o software de inteligência artificial. “Demorou quase um dia inteiro para rodar o software [programa de computador], mas consegui criar um modelo da voz dela em IA. Foram semanas de trabalho. Ainda precisa de ajustes, mas o resultado é impressionante. Incrível como a tecnologia para áudio e música avança”, contou ele.

Recriar a voz

Metro world news

Algum tempo depois de João ter anunciado sua criação, alguns fãs de Rita Lee comentaram que não gostaram muito do feito. Então, o filho da cantora fez outra publicação dizendo que não irá permitir que usem a voz de sua mãe para lançar músicas com deepfake, que é uma tecnologia usada na criação de imagens e áudios de forma artificial.

Contudo, Beto Lee, o outro filho da cantora, disse em entrevista ao Splah UOL que não descartava a possibilidade de usar a inteligência artificial para algum projeto que envolvesse Rita Lee. “Quem sabe um dia fazer um show com a dona Rita [simulada através de IA]”, disse.

Além disso, na entrevista ele pontou que ficou emocionado com o comercial de 70 anos da Volkswagen no Brasil estrelado por Maria Rita e sua mãe, Elis Regina, que foi recriada através de inteligência artificial de deepfake.

Inteligência artificial

Exame

A inteligência artificial pode ser usada na música para conseguir resultados inimaginados, como por exemplo, uma música inédita dos Beatles. De acordo com Paul McCartney em uma entrevista ao programa Today, da BBC Radio 4, isso será possível graças à inteligência artificial.

De acordo com o músico, eles usaram a tecnologia para conseguir recompor a voz de John Lennon feita em uma gravação antiga em fita cassete que era inaudível. Ainda de acordo com McCartney, esse resultado é a “música final” dos Beatles e que pode ter seu lançamento ainda esse ano.

Claro que essa notícia repercutiu no mundo todo e causou grandes questionamentos. Tanto é que McCartney usou seu Twitter para explicar o que tinha falado na entrevista para a BBC.

“Foi ótimo ver uma resposta tão empolgante ao nosso próximo projeto dos Beatles. Ninguém está mais animado do que nós para compartilhar algo com vocês no final do ano. Vimos algumas confusões e especulações sobre isso. Parece que há muito trabalho de adivinhação por aí. Não posso dizer muita coisa nesta fase, mas para ser claro, nada foi criado artificial ou sinteticamente. É tudo real e todos nós brincamos com isso. Limpamos algumas gravações existentes – um processo que se arrasta há anos”, escreveu ele.

Em seu tweet, McCartney também não disse o nome da música que irá ser lançada e será o “último single dos Beatles”. Contudo, ao que tudo indica, eles finalizarão a canção “Now and Then”, que receberam de Yoko Ono.

Em 1995, McCartney, Ringo Starr e George Harrison se reuniram para tentar recuperar a fita, mas não tiveram sucesso por conta dos problemas que a gravação tinha. “A música tinha um refrão, mas falta quase totalmente os versos. Fizemos a faixa de fundo, um trabalho bruto que realmente não terminamos”, explicou McCartney.

Ainda em 1995, os integrantes dos Beatles conseguiram recuperar “Free as a Bird” e “Real Love” e as colocaram depois no documentário “Anthology”, que tratava da carreira da banda, e no álbum de mesmo nome. Então, essa nova música feita com a ajuda da IA irá ser o primeiro lançamento da banda em 28 anos.
Além dos integrantes da banda, o filho de Lennon, Sean, contou em vários tweets que também está envolvido no processo de criação dessa nova música e que a IA foi usada para conseguir recuperar o áudio original.
“Tudo o que fizemos foi limpar o barulho da faixa vocal. As pessoas estão completamente equivocadas com o que ocorreu. Sempre houve maneiras de ‘diminuir o ruído’ de faixas, mas a IA só faz isso melhor porque aprende o que é o vocal e é capaz de remover com muita precisão tudo o que não é o vocal”, escreveu ele.

Fonte: Olhar digital, Radio Rock

Imagens: Metro world news, Exame

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