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Filhotes nascem prontos para socializar com humanos, de acordo com a ciência

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Que o cão é o melhor amigo do homem, isso não é novidade para ninguém. O relacionamento dos humanos com os cães é antigo. Entretanto, a história de como esse encontro aconteceu se perdeu no tempo. Por isso, não é sabido há quanto tempo exatamente essa relação existe.

Quem tem um cachorrinho em casa sabe o que é contar sempre com um amor e apoio incondicional. Os animais aparecem no topo da lista de maiores companheiros das pessoas por nunca abandonarem seus donos.

E quem ama cachorros e tem um sabe como é a relação com esses animais. Essa conexão entre dono e pet é bastante forte. E segundo uma nova pesquisa, os filhotes já nascem prontos para interagir com as pessoas. O estudo mostrou que até 40% da capacidade de um cachorro jovem de se comunicar com os humanos é genética, sem precisar de nenhum treinamento ou vínculo com a pessoa acontecer previamente.

Filhotes

Ou seja, aquele carinho e simpatia dos filhotes é uma coisa inata deles, mesmo que alguns demonstrem mais do que outros. Os pesquisadores por trás dessa descoberta disseram que esse achado pode ajudar a melhorar o treinamento de cães de serviço, no futuro.

O levantamento foi feito com 375 filhotes, com uma idade média de 8,5 meses. Os estudiosos colocaram os bichinhos para executarem uma série de tarefas padronizadas e destinadas a medir sua capacidade de resposta à interação humana e a sua vontade de cooperar.

“Esses são números bastante altos, muito parecidos com as estimativas da herdabilidade da inteligência em nossa própria espécie. Todas essas descobertas sugerem que os cães são biologicamente preparados para se comunicarem com os humanos”, disse a psicóloga animal Emily Bray, da Universidade do Arizona, em Tucson.

Estudo

A psicóloga e sua equipe passaram uma década trabalhando com cachorros na organização Canine Companions nos Estados Unidos. Isso lhes deu acesso a vários filhotes e seus históricos de reprodução e registro de pedigree.

A partir de dados de observação coletados entre 2017 e 2020, os pesquisadores construíram um modelo estatístico que comparava os fatores genéticos com os fatores ambientais nos animais testados. Ao mesmo tempo que controlava a raça, sexo, idade e lugar de criação.

Os filhotes respondiam melhor quando um treinador olhava ou apontava para um recipiente que tinha comida escondida. Mas os cães seguiam as ordens mesmo quando o olhar ou gesto era percebido por uma deixa social.

Em um outro teste feito, os filhotes se mostraram ansiosos para olhar  para o treinador enquanto a pessoa estava falando e para vir buscar o animal de estimação.

Socialização

“Nós mostramos que os filhotes retribuem o olhar social humano e usam com sucesso as informações fornecidas por um ser humano em um contexto social desde muito jovens e antes de uma vasta experiência com humanos. Por exemplo, mesmo antes de os filhotes deixarem seus companheiros de ninhada para viver um a um com seus criadores voluntários, a maioria deles consegue encontrar comida escondida seguindo um ponto humano até o local indicado”, ressaltou Bray.

“Desde tenra idade, os cães exibem habilidades sociais semelhantes às das humanas, que têm um forte componente genético, o que significa que essas habilidades têm forte potencial para serem selecionadas. Nossas descobertas podem, portanto, apontar para uma parte importante da história da domesticação, em que os animais com uma propensão para a comunicação com nossa própria espécie podem ter sido selecionados nas populações de lobos que deram origem aos cães”, concluiu a psicóloga.

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