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Fraudes em alta: IA e deepfake são novas armas, aponta relatório

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A inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que dá às máquinas a possibilidade de terem conhecimentos através de experiências, e permite que elas se adaptem ao seu meio e desempenhem tarefas quase da mesma maneira que um ser humano faria. Por conta dessa semelhança, vários tipos de fraudes são aplicados muitas vezes sem serem percebidos.

De acordo com o Relatório de Fraude de Identidade 2024, feito pela Veriff, empresa especializada neste setor, em 2023, os índices de fraudes aumentaram 20% em comparação com 2022. O relatório também mostrou que o tipo mais comum foi a falsificação de identidade, sendo 85% dos casos.

Outro ponto apontado pela empresa foi o surgimento de uma tendência chamada fraude autorizada, que teve um aumento de 40% no último trimestre. Nessa modalidade, os fraudadores fingem ser funcionários de bancos e fazem com que os usuários verifiquem a própria identidade. Assim, eles conseguem os dados financeiros das pessoas e as roubam depois.

Aumento de fraudes

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Ainda conforme a empresa, esse aumento de fraudes foi visto em vários setores. De todos, os principais foram as plataformas de pagamentos (54%), videogames (47%) e e-commerce (40%). Em contrapartida, as fintechs, neobancos e plataformas de criptomoedas viram uma diminuição das fraudes.

O relatório também mostrou que não existem fronteiras para as ameaças, mesmo que os tipos de fraudes e documentos usados nos ataques sejam diferentes conforme a região. E elas são mais comuns na América Latina e na América do Norte.

Para se ter uma noção, somente na América Latina, 81% das fraudes de identidade são feitas com documentos de identidade. Enquanto que na América do Norte, os criminosos usam mais a carteira de motorista, que é o documento mais usado lá.

Como se isso não fosse ruim o suficiente, o relatório apontou que conforme a tecnologia está avançando, outros perigos estão surgindo. Um exemplo disso são os deepfakes e a combinação de IA generativa com dados disponíveis em massa. Essas duas coisas já são um risco crescente para fraudes em empresas.

“Você precisa do poder da IA para combater a IA nesta corrida global à fraude. Estar um passo à frente dos fraudadores é uma tarefa sempre exigente, mas é importante lembrar que ficar para trás pode ser suficiente para colocar uma empresa inteira de joelhos. Uma defesa eficaz contra fraudes precisa ser multifacetada e dinâmica, combinando biometria, IDV [verificação de identidade], índices de dados e outras soluções para enfrentar esses riscos de fraude em evolução”, disse Kaarel Kotkas, fundador e CEO da Veriff.

Perigo da tecnologia

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Como dito, o avanço da tecnologia tem feito o número de fraudes aumentar. E com relação à IA, isso também pode ser visto na forma como os golpes são feitos.

Isso acontece porque os softwares de inteligência artificial podem ser empregados das mais variadas formas. Infelizmente, uma delas pode acabar facilitando o “trabalho” dos golpistas. Além disso, as formas com que eles podem ser feitos são bem variadas. Saiba quais são as mais comuns.

Usando imagem ou voz feita por IA

Um golpe bem comum é quando uma pessoa finge ser outra e entra em contato com um parente por WhatsApp contando uma situação de problema financeiro e pedindo dinheiro. E existem também as versões em que o criminoso finge um sequestro e pede um resgate.

Agora, com a inteligência artificial, esse golpe pode ser “melhorado”. Isso porque os criminosos podem usar o deep fake para simular a voz, ou até mesmo a imagem de um familiar ou ente querido. Isso faz com que a vítima fique ainda mais vulnerável e propensa a enviar o dinheiro pedido.

Instalando malware

O malware é um software que pode ser instalado nos dispositivos com a intenção de roubar dados, clonar contas e cometer vários outros crimes. Eles conseguem “entrar” no dispositivo de alguém com iscas, como por exemplo, e-mail falso e links maliciosos.

Usando ChatGPT

Muito comentado hoje em dia, o ChatGPT pode ser uma ferramenta usada pelos criminosos para dar golpes. Até porque, é possível treiná-lo para que ele imite o estilo de escrever de uma pessoa, o que faz com que as mensagens fiquem mais críveis.

Fonte: Olhar digital, Tecmundo

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