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Fugitivo do Vesúvio olhou para a matéria vulcânica que o vaporizou

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Um dos desastres naturais mais conhecidos da história é a erupção do vulcão Vesúvio. A erupção aconteceu no dia 24 de agosto de 79 d.C, fazendo com que a lava vulcânica, a poeira e uma fumaça tóxica cobrissem toda cidade de Pompeia. A cidade romana ficava localizada na região de Nápoles, no sul da Itália. Nesse ínterim, as cidades vizinhas de Herculano e Stabia também foram atingidas pela erupção.

Depois desse desastre, a cidade foi soterrada e esquecida até o seu redescobrimento, feito por arqueólogos em meados do século XVIII. Em suma, as escavações arqueológicas, feitas na região, revelaram milhares de corpos fossilizados e modelados pelas cinzas. Estima-se que cerca de duas mil pessoas, que moravam na região da Pompeia, morreram.

Vesúvio

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Ademais, a erupção do Vesúvio, até os dias de hoje, fascina estudiosos. E por esse fascínio, pesquisas e estudos ainda são feitos na região e são capazes de revelar coisas inéditas.

Um exemplo disso foi a descoberta dos arqueólogos de restos mortais de um homem que foi morto pela erupção do Vesúvio. Esses restos mortais deram novos insights a respeito dessa, que é uma das erupções vulcânicas mais famosas da história.

Os arqueólogos acreditam que o homem descoberto tinha entre 40 e 45 anos e foi morto a poucos passos do mar, na antiga cidade romana de Herculano, enquanto ele tentava escapar da lava.

“Ele estava carregando uma caixa de madeira contendo um anel, que poderia ser seu bem mais precioso”, disse o Times.

Descoberta

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Esses restos mortais foram descobertos em outubro, durante as escavações. No entanto, os arqueólogos divulgaram as imagens, pela primeira vez, na quarta-feira.

“Os últimos momentos aqui foram instantâneos, mas terríveis. Era uma hora da manhã quando a onda piroclástica produzida pelo vulcão atingiu a cidade pela primeira vez com uma temperatura de 300-400 graus, ou mesmo, segundo alguns estudos, 500-700 graus. Uma nuvem incandescente que correu em direção ao mar a uma velocidade de 100 quilômetros por hora, que era tão densa que não tinha oxigênio”, disse disse Francesco Sirano, o diretor do site.

Segundo Sirano, os ossos desse homem descoberto estavam manchados de vermelho de sangue por conta da combustão que se causou pelo fluxo de magma, cinzas e gás.

“Eles teriam queimado todas as suas roupas e vaporizado sua carne. A morte teria sido instantânea”, disse Pierpaolo Petrone, um antropólogo e arqueólogo.

Restos mortais

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Ademais, esses restos mortais descobertos estavam cercados por madeira pesada carbonizada. Incluindo uma viga do telhado que poderia ter esmagado o crânio do homem.

Nesse caso em específico, o esqueleto do homem estava olhando para cima. O que sugere que o homem se virava para ver a nuvem de gás quente e matéria vulcânica que se aproximava dele por conta da erupção do Vesúvio.

“A maioria das pessoas que encontramos aqui em Herculano estava virada para baixo, mas talvez ele estivesse tentando alcançar um barco e se virou porque ouviu o rugido da nuvem correndo em sua direção a 100 quilômetros por hora”, explicou Sirano.

Essa descoberta foi feita em uma área onde 300 pessoas foram desenterradas de abrigos de pescadores na década de 1980. Provavelmente, essas pessoas estavam lá esperando um resgate pela frota de Plínio.

Como resultado dessa descoberta, os pesquisadores estão curiosos com relação à identidade desse homem. Além de também se perguntarem o motivo de ele não estar abrigado junto com as outras pessoa.

Uma hipótese, sugerida por Sirano, é a de que ele poderia ter sido um resgatador ou então um soldado que estava ajudando as pessoas a fugir em direção ao mar. Ou então, uma outra possibilidade é a de que o homem era um fugitivo que deixou o grupo para tentar embarcar em um navio de resgate. Alguns especialistas até sugeriram que esse homem não era rico. O que se confirmava pelo anel que ele carregava.

“O anel é avermelhado, o que significa ferro. Mas há algo verde dentro da caixa que pode ser bronze. A caixa parece que foi usada para guardar os trocos e, se era só isso que ele carregava, pode não ser rico”, disse o arqueólogo Ivan Varriale.

Fonte: Science Alert

Imagens: Insider, LIFE

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