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Gravidade varia conforme lugar do mundo. Veja onde ela mais muda

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A gravidade é a força que nos mantém equilibrados. Ela age como uma âncora para que os objetos não flutuem em direção ao céu. A descoberta dela aconteceu quando o matemático Isaac Newton estava sentado debaixo de uma árvore e viu uma maçã caindo. Com isso, ele se perguntou o motivo das maçãs caírem sempre direto no chão ao invés de para os lado ou até mesmo para cima.

Depois de um tempo, ele desenvolveu a lei da gravitação universal, que é mais conhecida como lei da gravidade. Com relação a essa força invisível que atrai os objetos para o centro do planeta, muitas pessoas pensam que ela é uniforme na Terra toda. No entanto, os dados mostram que isso não é a realidade.

De acordo com a descoberta de Newton, a gravidade é parcialmente dependente da massa. Por isso que os objetos que têm mais massa sentem uma atração gravitacional mais forte.

Terra

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No nosso planeta, isso quer dizer que a força da atração da gravidade em um objeto pode ser mais forte ou mais fraca em lugares diferentes. E isso dependerá da estrutura interna e da topografia da Terra. Por exemplo, os locais que têm mais massa, como as montanhas, têm forças gravitacionais mais fortes. Já os que têm menos massa, como fossas oceânicas e vales, experimentam forças gravitacionais mais fracas.

“A massa cria gravidade. Se você vê uma mudança na gravidade, você vê uma mudança na massa”, explicou John Ries, pesquisador sênior da Universidade do Texas, em Austin, nos EUA.

Geralmente, a aceleração de um objeto caindo no nosso planeta é de aproximadamente 9,8 metros por segundo ao quadrado por conta da gravidade. No entanto, nos lugares com mais ou menos dessa força a aceleração pode ser um pouco diferente.

Como explicou Ries, as pessoas não percebem essas variações porque elas são bem pequenas, mas os instrumentos científicos avançados conseguem medir essas variações por menores que elas sejam.

Observação

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O pesquisador e seus colegas fazem parte de uma missão de satélite da NASA chamada Grace (Gravity Recovery and Climate Experiment). Ela dá instantâneos globais sobre o campo magnético do nosso planeta.

Tendo esses dados, os pesquisadores podem rastrear as mudanças de massa no gelo polar e também nos reservatórios de água. Isso ajuda na compreensão dos processos abaixo da superfície do planeta e como eles afetam os que acontecem em cima do solo.

Com relação às anomalias de gravidade, as maiores acontecem por conta dos movimentos das placas tectônicas, que são quando elas se chocam ou então se afastam uma das outras. Além disso, mudanças na atração gravitacional podem ser causadas por secas ou chuvas persistentes, mas em um grau menor.

“A grande questão é tentar entender como os oceanos, a atmosfera e as áreas terrestres estão interagindo. Eles estão todos acoplados essencialmente no sistema da Terra e tentando entender essas interações, como o que acontece com um influencia o outro”, disse Byron Tapley, geofísico da Universidade do Texas em Austin.

Local onde a gravidade mais muda

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Normalmente, a Terra é desenhada como uma esfera lisa. Contudo, na realidade, o planeta tem um formato irregular chamado geoide. E através dos dados de satélite, os pesquisadores conseguem estudar anomalias na gravidade na Terra toda, e fazer comparações entre a atração gravitacional real no planeta com a de uma Terra hipoteticamente lisa de forma uniforme.

No nosso planeta, algumas das forças gravitacionais mais fortes estão no pacífico, perto da Austrália e da Indonésia. Isso acontece por conta dos movimentos das placas tectônicas. Na realidade, esse movimento das placas tectônicas é a força motriz de quase tudo que é visto na superfície do planeta, indo das montanhas até as trincheiras.

E o que impulsiona as placas a se moverem é a convecção do manto da Terra que transporta o calor das profundezas do planeta até a superfície. “A fricção da crosta, à medida que o manto passa por ela, une [as placas] ou as separa”, disse Ries.

Ainda conforme Ries, nesse local, a anomalia aconteceu por conta da colisão de duas placas, fazendo com que a crosta oceânica fosse empurrada para baixo da placa continental. Essa crosta oceânica é mais velha e mais densa, por isso afunda abaixo da placa continental, que é mais leve e forma uma trincheira.

As trincheiras na placa do pacífico são vistas nas Ilhas Aleutas, Japão e Tonga. Nesses locais, de acordo com os dados, as forças gravitacionais são mais fracas.

O crescimento em massa acabou aumentando a força gravitacional ao longo da cadeia vulcânica. E outras, como por exemplo, a em volta do Havaí, também tem uma gravidade mais forte.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital

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