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Um hacker afirmou ter conseguido informações pessoais da polícia de Xangai sobre um bilhão de chineses. De acordo com especialistas em tecnologia, se isso for verdade, seria uma das maiores violações de dados da história.
O internauta anônimo, identificado como “ChinaDan”, publicou no fórum de hackers Breach Forums na semana passada oferecendo a venda de mais de 23 terabytes (TB) de dados por 10 bitcoins, o equivalente a US$ 200 mil (aproximadamente R$ 1 milhão).
“Em 2022, o banco de dados da Polícia Nacional de Xangai (SHGA) vazou. Esse banco de dados contém muitos TB de dados e informações sobre bilhões de cidadãos chineses”, afirma o post.
“Os bancos de dados contêm informações sobre 1 bilhão de residentes nacionais chineses e vários bilhões de registros de casos, incluindo: nome, endereço, local de nascimento, número de identidade nacional, número de celular, todos os detalhes do crime/caso”.
O governo de Xangai e o departamento de polícia não comentaram sobre o caso.
Preocupação
Foto: Ng Han Guan/ AP
A postagem foi discutida nas plataformas de mídia social chinesas Weibo e WeChat no fim de semana. Alguns usuários afirmam estarem preocupados e a hashtag “vazamento de dados” chegou até a ser bloqueada no Weibo na tarde de domingo (03/07).
Kendra Schaefer, chefe de pesquisa de políticas de tecnologia da consultoria Trivium China, com sede em Pequim, explicou em uma publicação no Twitter que era “difícil analisar a verdade a partir de boatos”.
Schaefer acrescentou que se o possível material que o hacker alega ter foi conseguido pelo Ministério da Segurança Pública, seria ruim por “várias razões”
“Obviamente, seria uma das maiores e piores violações da história”, disse ela.
Zhao Changpeng, CEO da Binance, declarou que a corretora de criptomoedas intensificou os processos de verificação de usuários após a inteligência ter identificado ameaças a venda de registros pertencentes a 1 bilhão de residentes de um país asiático na dark web.
No Twitter, ele afirmou que um vazamento poderia ter acontecido devido a “um bug em uma implantação do Elastic Search por uma agência (do governo)”. No entanto, ele não afirmou estar se referindo ao caso da polícia de Xangai.
A alegação do hacker ocorre no momento em que a China promete melhorar a proteção da privacidade de dados de usuários online, instruindo seus gigantes de tecnologia a garantir um armazenamento mais seguro após reclamações públicas sobre má gerenciamento e utilização indevida.
Em 2021, a China aprovou novas leis que apontam como as informações pessoais e os dados gerados no país devem ser tratados.
Hacker invade contas do YouTube e Twitter do exército britânico
Foto: Olhar Digital
Além da polícia chinesa, quem também teve problemas com hacker foi o governo britânico.
O Ministério da Defesa do Reino Unido informou no domingo (03/07) que hackers invadiram as contas do YouTube e Twitter do exército britânico. Os invasores tentaram usar os perfis para falar sobre NFTs, facilitando a aplicação de golpes.
“Estamos cientes de uma violação das contas do Exército no Twitter e no YouTube e uma investigação está em andamento”, afirmou a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa no Twitter. “O Exército leva a segurança da informação extremamente a sério e está resolvendo o problema.”
No Twitter, os invasores trocaram a foto de perfil, da capa e a biografia, fazendo ele se vincular à coleção The Possessed NFT. Os hackers fizeram vários posts sobre brindes da NFT e fixou uma postagem que levava os usuários a um site falso de cunhagem de NFT.
Já no YouTube do exército britânico, os invasores excluíram todos os vídeos presentes e fizeram o canal se tornar uma cópia do portal da empresa de investimentos Ark Invest. Além disso, foram publicados alguns vídeos antigos de Jack Dorsey e de Elon Musk. A edição também levava os usuários a participarem de um golpe de criptomoedas.
Não se sabe como os hackers conseguiram invadir as redes sociais do exército britânico, mas o Twitter confirmou que a organização retomou o comando de seu perfil na plataforma.
Fonte: G1, Olhar Digital
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