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A história por trás do homem morto na Ilha Sentinela do Norte

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A ilha de North Sentinel fica localizada no Índico e é proibida a entrada de turistas. Um grupo de indígenas, os Sentineleses vivem no norte da ilha. Eles são extremamente hostis e rejeitam qualquer tipo de contato com outras pessoas.

Recentemente, um homem de 27 anos foi morto a flechadas pela tribo que vive na ilha. John Allen Chau foi recebido com uma chuva de flechadas quando tentava entrar na ilha para evangelizar os aborígenes. Porém, nas redes sociais e em algumas entrevistas, o cara se apresentava como um aventureiro. Isso deixou uma dúvida no ar: esse cara era mesmo missionário ou ele queria mais que catequizar os aborígenes? A gente conta os detalhes dessa história para vocês.

Os ricos para os aborígenes

A imprensa do local disse que Chau era um missionário cristão e que ele tinha como objetivo catequizar a tribo. Porém, nas redes sociais Chau se apresentava como aventureiro.

Em uma comunidade online de viagens de aventura chamada Outbound Collective, Chau disse que adorava explorar lugares. Ele declarou o seguinte: “Seja fazendo trilhas pelas densas florestas próximas ao rio Chilliwack (na fronteira dos EUA com o Canadá), buscando uma lendária cachoeira nas selvas de Andaman, ou simplesmente vagando pela cidade para sentir a vibração, ‘sou um explorador de coração’.” Foi relatado que Chau teria subornado os pescadores locais para que eles o levassem até a ilha.

O problema é que fazer contato com tribos como a dessa ilha tem um risco da extinção de quem assim tentar, já que eles não estão protegidos de doenças. Essa tribo vive isolada há mais ou menos 60 mil anos, como consequência, eles não têm imunidade para as doenças mais comuns, como uma simples gripe ou sarampo.

A organização Survival International, que inclusive atua em defesa dos direitos humanos, disse que o contato com essa tribo pode ter transmitido agentes patogênicos e que isso tem uma grande chance de eliminar a tribo inteira.

Aventureiro ou missionário?

A polícia local diz que Chau foi para a ilha com a ajuda de pescadores. Depois de ser deixado nas proximidades, ele remou em um pequeno caiaque até a ilha. Relatos afirmam que ele levava alguns presentes para os aborígenes, como linhas de pesca, tesoura e até uma bola de futebol. Chau já teria visitado a ilha cerca de quatro a cinco vezes com a ajuda de pescadores locais.

Autoridades e a organização de defesa religiosa International Christian Concern afirmaram que Chau era um missionário. Já Dependra Pathak, diretor da polícia de Andaman, acha que isso tudo é interpretação, já que Chau já tinha expressado suas crenças religiosas nas redes sociais.

Amante da natureza, Chau descrevia a si mesmo nas redes sociais como “um sobrevivente de picada de cobra” e um “paramédico da natureza selvagem” que está “seguindo seu caminho”. Na entrevista para o Outbound Collective, que citamos anteriormente, Chau disse que Jesus e David Livingstone (1813-1873), explorador e missionário escocês, eram suas inspirações.

O caso está sendo tratado pela polícia como homicídio. Porém, os indígenas não podem ser indiciados, já que não são inimputáveis segundo as leis do local. Nos resta agora esperar as próximas informações, para sabermos se Chau tinha a intenção de tentar catequizar a tribo ou simplesmente explorar o local e fazer contato com os aborígenes.

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