Imagens divulgadas pela NASA na semana passada mostram a formação de uma grande nuvem de CO2 (dióxido de carbono) pairando sobre a Terra. No vídeo, que cobre o período de janeiro a março de 2020, é possível observar uma névoa escura movida pelo vento e pela circulação atmosférica.
Essas imagens foram geradas a partir de uma base de dados de diferentes satélites e são processadas por supercomputadores. O vídeo permite identificar os países e as fontes que contribuem para a formação dessa grande nuvem de CO2.
Segundo o UOL, as principais fontes de emissão na China, Estados Unidos e Sul da Ásia são usinas de energia, indústrias e veículos. Na África e América do Sul, os incêndios são os principais responsáveis.
Via PIXNIO
O mapeamento da NASA tem como objetivo contabilizar as fontes de emissão de carbono e avaliar seu impacto no planeta. Desenvolvido pelo Scientific Visualization Studio da NASA, o mapa revelou um aumento significativo de CO2 desde o início da era industrial.
O CO2, ou dióxido de carbono, é o principal gás de efeito estufa responsável pelo aquecimento global, contribuindo para o aumento das temperaturas. Seus efeitos incluem, além de temperaturas mais altas, a intensificação de incêndios florestais, ondas de calor e a elevação do nível do mar.
Uma grande nuvem de CO2 como essa na Terra pode trazer diversos impactos ambientais e no clima.
É conhecimento de todos que esse gás é o principal vilão no aquecimento global, por reter calor na atmosfera e aumenta as temperaturas médias globais. No entanto, esse é apenas o primeiro impacto.
Afinal, as mudanças climáticas acabam afetando o planeta como o todo, inclusive os padrões regionais. Isso altera a frequência e intensidade de eventos como chuvas, secas e inundações, como aconteceu no Rio Grande do Sul em 2024, por exemplo.
Dessa forma, atividades como agricultura e plantio sofrem com a inconstância climática, influenciando na disponibilidade de comida para as capitais.
Enquanto isso, o impacto no mar vai além do derretimento das geleiras. Uma nuvem de CO2 maior do que o previsto forma ácido carbônico nos oceanos, o que reduz o pH da água. Isso pode prejudicar a vida marinha, especialmente organismos que dependem de carbonato de cálcio, como corais e algumas espécies de plâncton.
Via PIXNIO
Desastres naturais marinhos e terrestres se tornam mais comuns, além de incêndios florestrais e secas. Espécies podem ter dificuldade em se adaptar, mesmo a curto prazo, e sofrer com as menores mudanças.
Tudo isso tem um impacto conisderável na saúde humana. Por exemplo, o aumento da temperatura e poluição no ar relacionados à nuvem de CO2 causam mais problemas respiratórios. Diversas cidades relatam seca e ondas virais por conta disso.
Na prática, esse fenômeno parece estar distante, mas sua influência na Terra é direta, e podemos sentir nesse momento.
A dispersão da nuvem de CO2 não é uma responsabilidade humana e individual, visto que se localiza na atmosfera, longe de nós. Nem mesmo instituições como a Nasa podem intervir dessa maneira.
Contudo, o monitoramento é crucial para entender o momento que vivemos e se esse acúmulo se tornará mais denso ou mais prejudicial. Além disso, é uma forma de acompanhar e verificar se os níveis estão seguindo as previsões.
Por ser um fenômeno na atmosfera, o que está ao nosso alcance são microações que influenciarão no acúmulo de gás no futuro. É dever das nações reduzir a emissão de poluentes e seguir as metas da ONU para um planeta mais sustentável.
Enquanto isso, devemos nos atentar para poluições em menor porte, adotando um estilo de vida mais sustentável. E para reduzir os efeitos da nuvem de CO2, vale semanter hidratado e, quando possível, umidificar o ambiente, para não sofrer as consequências da seca e da alta na temperatura.
Fonte: NSC Total