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Ioga com cabras vira moda nos Estados Unidos

ioga com cabras
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Ioga é uma prática milenar cujos benefícios são amplamente conhecidos. A prática ajuda com a ansiedade, o estresse e até mesmo melhor a respiração. Desse modo, é possível encontrar aulas de ioga em academias ou estúdios especializados, mas já pensou como seria ter uma aula com cabras subindo em suas costas?

Essa modalidade é chamada de Goats Yoga e consiste na execução dos exercícios de ioga com a presença desse animais. A ideia é bem fora do normal, porém, já conquistou centenas de pessoas nos Estados Unidos. Tanto é que há uma fila de espera para participar das aulas com ao menos 1,2 mil pessoas na lista.

Ioga + cabras

ioga com cabras

Divulgação

De acordo com a CNN, Lainey Morse é a precursora da prática. Assim, a estadunidense teve a ideia de incluir os animais na prática durante uma festa infantil em sua fazenda em Oregon, nos Estados Unidos.

Em entrevista à emissora, Lainey contou que, no evento, uma mãe que ensina ioga disse que o espaço era perfeito para a prática. Então, Morse aceitou ceder o espaço com uma condição: que as cabras não fossem retiradas. Foi assim que o Goats Yoga nasceu e, para a fazendeira, o local é realmente propício para tal. “É difícil ficar triste quando tem cabrinhas pulando em você”, defendeu.

“As pessoas que vêm aqui têm ansiedade, depressão, estão se recuperando de um câncer ou de outra doença. As cabras não estão curando as enfermidades, mas ajudam as pessoas a lidar com tudo o que elas estão passando”, acrescentou.

A fazendeira ressalta que as cabras também gostam da atividade. Segundo ela, muitas sobem nos ombros dos alunos, comem seus cabelos e até fazem suas necessidades perto das pessoas. “A parte mais divertida para mim é observar o rosto das pessoas quando uma cabrinha se aproxima delas. É uma distração, mas é uma distração feliz”, dividiu.

Oposição

Existem também aqueles que se opõem à prática de ioga com animais. O ioga se tornou uma indústria. Grandes estúdios, retiros sofisticados, roupas e equipamentos de ioga ganham muito dinheiro – em todo o mundo, mais de US$ 130 bilhões para ser mais preciso. Assim, muito se fala que a apropriação das práticas pela indústria moderna do ioga é um problema. Este tipo de ioga corporativo é exclusivo. O efeito disso é que exclui muitas pessoas de se sentirem bem-vindas e confortáveis ​​em um espaço de ioga.

Idealização Ocidental em Imagens de ioga

Uma olhada superficial em uma revista de ioga, um anúncio de um retiro de ioga ou as imagens usadas para retratar o ioga na internet revelarão que a prática é centrada em servir um tipo específico de pessoa. A mulher jovem, branca, rica e magra. Esta mensagem afasta muitas pessoas que não se encaixam nesta imagem devido à etnia, gênero, tamanho do corpo, preocupações com a saúde, não se sentir flexível o suficiente, etc.

Por que essa prática, que se originou nas florestas, cavernas e kulas comunitários do sul da Ásia, tornou-se tão corporativa e branca? Tão magra e aspiracional? Tão completamente limpa e competitiva?

Uma razão simples é que há uma série de razões históricas complexas sobre o ioga ser incorporado no Ocidente. As empresas de ioga priorizaram ganhar dinheiro em vez de nutrir, inspirar e apoiar uma população mais ampla da humanidade. Em vez disso, as empresas de ioga concentram apenas as pessoas que podem pagar o alto custo de seus produtos.

No entanto, esses preços são muito distantes da forma original como o ioga foi compartilhado. Nunca custou nada, exceto o tempo. A sociedade estava organizada de forma diferente da nossa cultura neoliberal, pós-colonial, extrativista. Na Índia, não faz muito tempo (e provavelmente em alguns lugares ainda) era comum que toda a aldeia local doasse comida, dinheiro ou trabalho para apoiar seu professor espiritual local.

Agora, novas modas invadem o espaço de ioga e, embora promovam bem-estar, como é o caso das cabras, esse não é o único objetivo da prática milenar. Afinal, com a base de introspecção, controle de si e foco, como é possível praticar ioga com uma cabra em suas costas?

Fonte: Metrópoles

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