Curiosidades

Missão da NASA toca asteroide Bennu e coleta informações

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Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e a maioria deles causa uma certa curiosidade nos pesquisadores, como por exemplo, o asteroide Bennu, que tem o formato de um pião, com largura aproximada de 300 metros. Embora ele esteja no espaço, agora, os cientistas podem observá-lo de perto graças ao veículo espacial OSIRIS-REx da NASA. Ele está pronto para coletar amostras da superfície desse asteroide.

As novas observações de Bennu mostram que sua superfície e sua origem são mais ricas e complexas do que se imaginava. Nos seis estudos publicados recentemente, a equipe do OSIRIS-REx apresentou novos dados de mapeamento em alta resolução, coletados desde a chegada do veículo espacial ao asteroide em 2018.

Esses estudos apresentaram novas informações a respeito do menor corpo celeste já orbitado por um veículo espacial. Essas informações conseguiram preencher uma lacuna importantíssima nos conhecimentos dos cientistas sobre asteroides.

Isso porque os astrônomos conseguem mapear asteroides à distância através dos telescópios, mas somente os que têm áreas do tamanho de uma cidade ou estado. Já os meteoritos que podem ser analisados de perto dão aos cientistas a oportunidade de estudos em pequena escala, mesmo suas revelações sendo limitadas.

Asteroide

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“Essas medições contribuem para relacionar as duas escalas e nos ajudam a visualizar detalhes impossíveis de observar de outra forma”, afirmou Andy Rivkin, cientista planetário do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, que não participou dos estudos.

No caso de Bennu, ele pode conter pistas sobre os últimos estágios da origem da vida. É justamente por isso que a NASA lançou o OSIRIS-REx em 2016 para coletar amostras em sua superfície. Ele é mais um no meio de uma série de asteroides conhecidos por ter moléculas orgânicas compostas por carbono, que são elementos essenciais para a vida como se conhece em nosso planeta.

Por isso que pesquisadores suspeitam que pelo menos parte da água e das moléculas orgânicas existentes na Terra tenham vindo de asteroides. Portanto, existe uma boa possibilidade de que corpos como o Bennu tenham semeado as substâncias químicas necessárias à vida na Terra.

Além disso, Bennu também tem um possível risco para a Terra. Isso porque sua órbita atravessa o nosso planeta, e existe aproximadamente uma chance em 2,7 mil de que ele possa colidir com a gente no fim da década de 2100. Outro ponto que mostra como é importante o seu estudo.

Estudo

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Ele é um asteroide poroso formado por uma “pilha de escombros” mantidos relativamente próximos por sua própria gravidade fraca. Para se ter uma ideia, ela é menos de oito milionésimos da gravidade da Terra. Justamente essas características que fazem com que sua exploração seja uma aventura.

O OSIRIS-REx está na órbita de Bennu e revelou várias características inesperadas. Por exemplo, foram observados estranhos “estalos de rochas” a partir da superfície do asteroide. Isso acontece provavelmente por conta do aquecimento do sol. Além disso, o veículo espacial também mostrou fragmentos de outro asteroide, o Vesta, entre as rochas de Bennu.

Em seus novos estudos, os pesquisadores encontraram dois tipos diferentes de rochas na superfície: um mais forte e outro mais fraco. Eles também viram variações na cor do asteroide, na sua capacidade de retenção térmica, na densidade local e na superfície de seus hemisférios norte e sul. Tudo isso pode ser um indicativo de formação e desgaste de Bennu no decorrer do tempo.

Coleta de informações

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O OSIRIS-REx também confirmou a existência de moléculas orgânicas que contêm carbono em quase toda a superfície de Bennu. Por mais que os cientistas suspeitassem, essa confirmação reforça a importância de concretizar a tentativa de amostragem denominada “pouso e partida imediata” do OSIRIS-REx.

“É provável que qualquer amostra coletada em qualquer local contenha minerais hidratados e materiais com certo teor de carbono”, afirmou Amy Simon, membro da equipe do OSIRIS-REx, coautora do estudo e cientista sênior do Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA.

Fonte: National Geographic

Imagens: National Geographic

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