Ciência e Tecnologia

Jovem de 14 anos faz descoberta que pode levar à cura da covid-19

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Pertencente a uma família de vírus que causam infecções respiratórias, o novo agente do coronavírus (nCoV-2019) foi descoberto em dezembro de 2019. Como já se sabe, os primeiros casos foram registrados em Wuhan, China. Desde então, o mundo inteiro tem vivido dias de tensão. Por esse motivo, o maior objetivo, hoje, tanto entre pesquisadores, como cientistas, é descobrir a cura da covid-19.

O caminho é árduo, mas, ao que parece, não é impossível. Isso porque, recentemente, uma jovem cientista de apenas 14 anos descobriu uma maneira de impedir que a infecção ocorra.

Um passo importante

Quem trouxe um novo fio de esperança para a humanidade em meio a pandemia a qual estamos vivendo é a norte-americana Anika Chebrolu. A descoberta de Chebrolu lhe rendeu uma premiação de US$ 25 mil no Desafio Jovem Cientista 3M e o título de melhor jovem cientista da América de 2020.

Para conquistar tal feito, Chebrolu utilizou uma técnica chamada de in-silico. A estudante conseguiu, com o auxílio de um computador, encontrar moléculas que podem se agrupar à proteína do novo coronavírus e, desta forma, impedir que a infecção aconteça.

De acordo com a pesquisa de Chebrolu, as moléculas descobertas possuem a capacidade de se ligar seletivamente à proteína spike do vírus SARS-CoV-2. Em poucas palavras, essa ligação inibe a ação desta proteína viral, impedindo, assim, a entrada do vírus na célula. O processo analisado por Chebrolu pode, agora, auxiliar a criação de uma potencial droga para o tratamento da covid-19.

Em nota divulgada no site da 3M, a vice-presidente sênior de assuntos corporativos da companhia, Denise Rutherford, informou que “apesar dos desafios, como a adaptação às novas normas do ensino remoto e a participação em eventos virtuais, neste ano, os finalistas quebraram barreiras com garra, criatividade, pensamento inovador e entusiasmo – tudo em nome da aplicação da ciência para melhorar vidas. A 3M é inspirada por esses jovens inovadores e celebramos cada um deles”.

A estudante

A pesquisa de Chebrolu começou quando a jovem ainda cursava a 8ª série. Na época, seu projeto não era focado em encontrar uma cura para a Covid-19. O objetivo era outro. A jovem trabalhava com simulações em computadores com o intuito de identificar algum componente que fosse capaz de se conectar à proteínas do vírus influenza.

“Depois de passar tanto tempo pesquisando sobre pandemias, vírus e descoberta de medicamentos, foi insano perceber que eu estava vivendo algo assim”, disse Chebrolu.

“Por causa da gravidade imensa da pandemia da Covid-19 e os impactos drásticos que teve no mundo em tão pouco tempo, eu, com a ajuda do meu mentor, mudamos a direção do projeto para mirar o vírus SARS-CoV-2”.

Em entrevista à CNN, Cindy Moss, uma das juradas do Desafio Jovem Cientista 3M, disse que “Anika tem uma mente questionadora e usou sua curiosidade para fazer perguntas sobre uma vacina para a Covid-19”.

“O trabalho dela foi extenso e examinou bancos de dados numerosos. Ela também desenvolveu um entendimento do processo de inovação e é uma comunicadora talentosa. Sua disposição em usar seu tempo e talento para ajudar a fazer do mundo um lugar melhor dá esperança à todos nós”.

Para Chebrolu, foi mais que uma honra ter conquistado tal prêmio. Mesmo tendo dado um grande passo, a jovem faz questão de afirmar que seu trabalho ainda não acabou. A estudante, agora, deseja acompanhar lado a lado “o trabalho de cientistas e pesquisadores que estão lutando para controlar a morbidade e a mortalidade da pandemia, desenvolvendo suas descobertas em uma cura eficiente para o vírus”.

Desde que a China reportou o primeiro caso da doença à Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que o novo coronavírus já causou mais de 1 milhão de mortes globalmente.

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