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Jovem que levou amiga para ‘passear de coleira’ perde processo contra TV

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Passear com a amiga no shopping é uma coisa corriqueira. Mas em alguns casos, a forma como esse passeio é feito chama atenção das pessoas, como por exemplo, ir com a amiga de coleira para esse passeio. Tanto que, em junho de 2021, o programa ‘Melhor da Tarde com Cátia Fonseca’, da TV Bandeirantes, exibiu uma matéria com o título “Incomum ou bizarro? Jovem passeia como animal, de coleira, em shopping”.

Quando a matéria foi ao ar, a reportagem falou sobre a prática fetichista chamada “pet play”, em que a pessoa imita o comportamento de um animal de estimação e a outra lhe trata como se fosse sua dona.

Por causa dessa matéria, as jovens que apareceram não gostaram muito e pediram uma indenização de 48,4 mil reais para a Bandeirantes alegando que foram ofendidas. Contudo, a justiça foi favorável ao programa.

Caso

Aventuras na história

“O pet play ou pet regression é uma forma de carinho que acontece ao se entregar nas mãos de seu parceiro, denominado, nesse momento, tutor, e esquecer as responsabilidades e pressões da vida adulta”, explicou a advogada Naomi Maratea, que defende as jovens que tinham 23 anos na época da matéria.

Nesta, a emissora mostrou que uma das jovens estava usando adereços para entrar ainda mais na personagem de um cachorro, como por exemplo, orelhas de pelúcia. Assim, uma delas andava engatinhando e era levada pela outra em uma coleira.

Segundo o processo, as jovens disseram que quando as imagens delas foram exibidas, a bancada de apresentadores do programa tratou o que foi mostrado com “escárnio, desprezo e nojo”.

“A exposição não autorizada fez com que as requerentes [as jovens], que nunca desejaram esse tipo de exposição tão grande, se sentissem ofendidas, atacadas e humilhadas”, defendeu a advogada da dupla.

Processo

Aventuras na história

A indenização não foi tudo o que elas pediram. As jovens também pediram que o vídeo da reportagem delas passeando de coleira no shoppping fosse excluído das redes sociais e que a emissora fizesse um pedido de retratação público.

Entretanto, a emissora alegou que somente mostrou um fato que estava acontecendo em um local público, e que em nenhum momento eles mostraram o rosto das jovens na matéria.

“Trata-se de assunto relevante e controvertido, relacionado às formas menos comuns de expressão fetichista, o que obviamente chama a atenção dos espectadores e, portanto, é de interesse público”, rebateu o advogado de defesa da Band, André Marsiglia de Oliveira Santos.

Com os argumentos em mãos, a juíza Ana Carolina Mascarenhas acatou a argumentação da emissora. Ela entendeu que quando optaram por fazer o “pet play” em um ambiente público, as jovens também “se submetem voluntariamente à possibilidade de ser alvo de críticas da sociedade”. Mesmo com a decisão tomada, o processo ainda cabe recurso.

Coleira

O uso de coleira realmente chama atenção, seja em uma jovem ou então em crianças, como o que aconteceu com o estadunidense Jordan Driskell, que conta nas redes sociais a sua vida como pai de quíntuplos. Mas ele foi alvo de críticas depois de ter postado um vídeo usando coleira infantil.

O pai usou a coleira para conduzir seus filhos em um passeio. Driskell publicou o vídeo tanto em seu TikTok quanto no Instagram, e nas duas redes sociais vieram vários comentários negativos.

Para muitos usuários, o pai dos quíntuplos limitou a liberdade das crianças e a capacidade cognitiva delas ao usar a coleira. No entanto, vários usuários também defenderam a atitude do pai. Mesmo assim, Driskell também se defendeu dos ataques.

“As crianças são tão curiosas. Elas querem correr e explorar. Para nossa própria paz de espírito e sanidade, usamos uma coleira. Também nos permite sair de casa e fazer coisas divertidas em família sem nos estressarmos”, disse o pai em suas redes sociais.

Entretanto, algumas psicólogas especializadas em desenvolvimento infantil criticaram o pai.

Fonte: Aventuras na história, Hypeness

Imagens: Aventuras na história,

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