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Má qualidade do ar prejudica criatividade. Entenda

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Com o passar dos anos, o planeta vem sofrendo com o aumento da poluição e tanto os animais, quanto os homens, vêm enfrentando as consequências. As estatísticas da poluição são alarmantes. O ser humano é por si só um animal cheio de manias nojentas e que polui o seu habitat e de outros seres vivos sem pensar nas consequências, como por exemplo, o próprio ar.

De acordo com um estudo feito por pesquisadores da Nanyang Technological University, de Singapura, a qualidade do ar pode interferir na criatividade. Conforme eles, os maiores vilões desse processo criativo são os gases que são liberados por produtos como pesticidas, detergentes,sprays aerossóis, tintas e perfumes.

Ainda de acordo com eles, uma diminuição de 72% dos compostos orgânicos voláteis no ar poderia resultar em um aumento de 12% no potencial criativo. O estudo que fez essas descobertas é parte do projeto que investiga o impacto do ar na qualidade e desempenho cognitivo dos adultos.

Poluição e criatividade

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Para os experimentos, os pesquisadores usaram peças de LEGO. Nele, os participantes tinha que expressar pensamentos e ideias através de modelos 3D. O objetivo dos pesquisadores era avaliar, de uma maneira quantificável, o potencial criativo.

Contudo, os próprios pesquisadores disseram que esse experimento não seria capaz de avaliar de forma sistemática a criatividade. Foi então que eles adicionaram um sistema de pontuação.

Nisso, eles usaram um processo de pensamento chamado pensamento convergente. Ele se concentra em encontrar uma única resposta e que seja bem estabelecida para um problema. Nos testes, os pesquisadores variaram a qualidade do ar do espaço de trabalho em cada uma das sessões. Cada uma tinha várias combinações de filtros de ar e variavam os níveis de poluentes.

O descoberto por eles pode ter consequências grandes para as indústrias que são dependentes da criatividade para a maioria do seu trabalho. Como por exemplo, os artistas que usam com frequência tintas com diluentes que liberam níveis elevados de compostos orgânicos voláteis. Para que eles melhorem a sua criatividade, eles tem que ter uma ventilação adequada.

Outro ponto mostrado pelo estudo foi que alguns ajustes pequenos no escritório podem causar um impacto positivo nos funcionários e na sua produtividade. Coisas como por exemplo, reduzir o uso de difusores de aroma ou garantir ventilação adequada.

Qualidade do ar

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Quando as pessoas pensam na poluição do ar, logo vem à mente aquela neblina vista no ar das cidades. Justamente por isso que as pessoas acreditam que as cidades são mais poluídas do que o campo. Entretanto, de acordo com descobertas feitas pelos pesquisadores, mesmo nas áreas rurais existem partículas insalubres flutuando na atmosfera. Portanto, o ar do campo pode não ser tão puro assim quanto se imagina.

Acredita-se que o material particulado fino com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro (PM2,5) seja o maior causador de danos para a saúde humana. Isso porque esses poluentes são pequenos o suficiente para conseguirem penetrar nos pulmões e danificar as células e tecidos existentes por lá.

Por conta disso, a Organização Mundial da Saúde estabeleceu um limite de segurança para os níveis ambientais de PM2,5. Contudo, esse limite ignorou as nuances de produtos químicos intrinsecamente tóxicos.

Pesquisas sugerem que a massa de partículas finas que se respira pode ser menos importante para a saúde do que a sua composição química. Até porque, algumas partículas mais leves podem ser mais propensas a produzir espécies reativas de oxigênio. Como resultado, podem ter efeitos tóxicos na saúde humana.

Além disso, quando os pesquisadores fizeram a comparação da poluição do ar em três áreas urbanas e em uma área rural no centro-oeste, eles encontraram níveis parecidos de potencial oxidativo. Isso foi visto mesmo que a área rural tivesse uma massa de PM2,5 relativamente menor.

Desse modo, a atividade agrícola contribuiu com 12% da massa de PM2,5. Mesmo com uma porcentagem baixa, ela representa mais de 60% do potencial oxidativo celular da região. Já o potencial oxidativo da maioria das áreas urbanas foi menor que 54%.

“No geral, nosso estudo indica que as fontes que contribuem substancialmente para a massa de PM2,5 não são necessariamente igualmente importantes em termos de seus efeitos na saúde”, escreveram os pesquisadores.

Os pesquisadores disseram que as métricas de saúde para poluição do ar deveriam se basear mais no potencial tóxico de partículas finas do que em sua massa real.

Esse estudo se baseou nas amostras semanais de PM2,5 que foram recuperadas no verão e outono de 2018, e no inverno e primavera de 2019, de Chicago, Indianápolis e St Louis, e de uma área rural em Illinois.

Depois disso, os pesquisadores analisaram a composição, massa e potencial oxidativo dessas amostras. Como resultado, eles encontraram uma relação fraca entre a massa e a toxicidade do material particulado fino. Ademais, os produtos químicos mais leves nas áreas rurais eram bem mais propensos a produzir subprodutos insalubres.

Por exemplo, produtos como chumbo, alumínio, cobre e manganês, mostraram uma tendência de aumentar durante o inverno e o outono. Justamente essa sazonalidade sugeriu que vários dos produtos químicos potencialmente tóxicos vistos na zona rural de Illinois são provenientes da atividade agrícola.

“Apesar de uma pequena contribuição para a massa de PM2,5, os riscos para a saúde das atividades agrícolas não podem ser ignorados. Também não podemos ignorar outras formas mais leves de partículas finas”, ressaltam os pesquisadores.

Um estudo feito em Pequim, em 2019, descobriu que as emissões de carros contribuíam somente com 10% da massa de PM2,5 da região. Porém, eles foram responsáveis ​​por mais da metade de todos os potenciais tóxicos medidos no ar.

Portanto, todos esses estudos mostram que a maneira como se está medindo a poluição do ar não é a melhor forma, além de ser falha, já que não captura toda a extensão dos danos.

Fonte: Olhar digital, Science Alert

Imagens: Olhar digital

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