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Mancha solar causa uma das explosões mais fortes já vistas

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Várias já foram as expedições e os estudos para tentar entender o sol e como ele funciona. A atividade dele é monitorada há tempos e esse estudo da nossa estrela ainda é feito. Justamente por isso que sempre existem novas descobertas, como, por exemplo, essa explosão de partículas poderosas. Isso aconteceu nessa terça-feira quando um grupo de manchas solares AR3654 liberou uma grande quantidade de partículas que fizeram com que acontecessem blecautes de rádio na região do oceano Pacífico.

De acordo com os dados do satélite GOES-16, da NASA, essa explosão solar teve sua classificação como M9.53, o que quer dizer que sua intensidade foi tanta que faltou pouco para que ela mudasse para a classificação X, que são as  explosões mais fortes de todas.

Normalmente, uma explosão solar acontece quando a energia magnética se acumula na atmosfera do sol e libera uma quantidade grande de energia e radiação eletromagnética de uma hora para outra. Existem ao todo cinco tipos de erupções solares, são elas: classe X, M, C, B e A. As mais poderosas são as de classe X, depois as de classe M têm uma potência cerca de 10 vezes menor. Depois delas vêm as erupções C, B e A. Essas são fracas e não causam nenhum tipo de efeito grande no nosso planeta.

Como essa explosão foi bastante intensa, a radiação que ela liberou acabou afetando as regiões nos arredores do Pacífico, que estavam voltadas para o sol quando ela aconteceu. Por conta disso que os tripulantes de embarcações e operadores de radioamador podem ter perdido o sinal no caso de a frequência ser abaixo dos 20 MHz. Essa interrupção deve ter durado 30 minutos depois do pico da explosão solar, que foi às 20h46 no horário de Brasília.

Explosão solar

Essa explosão não teve nenhum efeito no nosso país, mas não é sempre que a atividade solar passa desapercebida pelo Brasil. Um exemplo disso foi em março, quando aconteceu uma erupção solar relativamente forte e gerou apagões de rádio no litoral e nas regiões nordeste e sudeste.

Esses apagões nos rádios são uma coisa comum de acontecer depois dessas explosões solares fortes porque elas liberam radiação ultravioleta e raios X. Eles acabam ionizando o topo da atmosfera terrestre, o que aumenta a densidade do ar e consequentemente interfere nas camadas onde os sinais de rádio têm que atravessar para que a comunicação a grandes distâncias seja feita.

Outro ponto para essa consequência é que as ondas de rádio que interagem com os elétrons que ficam nas camadas ionizadas da atmosfera do planeta acabam colidindo mais frequentemente e perdem energia. Por conta disso, os sinais de rádio acabam sendo degradados ou totalmente absorvidos pela atmosfera.

Atividade

Canaltech

Os cientistas estão acompanhando mais atentamente esses e outros eventos do nosso astro porque ele está chegando ao seu máximo solar, que é quando ele está no período de maior atividade em seu ciclo de 11 anos.

Nesse pico, a frequência de manchas solares aumenta, assim como a emissão de ventos solares e explosões chamadas de flares. Por conta de tudo isso, é mais comum que os ventos solares atinjam a Terra.

Em vários lugares está sendo dito que 2024 será um ano apocalíptico justamente por causa das tempestades solares. Isso ocorre porque o pico de atividade solar está previsto para acontecer entre 2024 e 2025. Então, nesse ano já serão vistas manchas solares com mais frequência, o que resultará em erupções solares e tempestades solares.

Mesmo que isso aconteça, não existe um perigo direto para a vida no nosso planeta ou para a tecnologia. O que realmente pode acontecer são alguns inconvenientes, como por exemplo, o que aconteceu no dia 14 de dezembro do ano passado. Nesse dia, uma tempestade solar acabou interrompendo a comunicação via rádio dos aviões.

Além disso, por mais que seja improvável, durante uma tempestade solar forte os satélites podem acabar sendo desligados durante algumas horas. No entanto, essa possibilidade é bem baixa e existem mais satélites para compensar caso isso aconteça. E é bom lembrar que parte do fluxo da internet está em cabos no fundo do mar.

Por isso que a melhor coisa a ser feita é não entrar em pânico e lembrar que já houve outros anos de pico no ciclo solar, em 2000 e 2014, e nada aconteceu. Então, é de se esperar que nada grave aconteça nesses anos de pico.

Fonte: Canaltech,  Meteored

Imagens: Twitter, Canaltech

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