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O material extraterrestre encontrado na adaga de Tutancâmon

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Acredita em extraterrestres? Uma das principais narrativas de quem crê nesses seres é que eles ajudaram a civilização egípcia. Além da construção das pirâmides, outro ponto usado como argumento é a adaga do faraó Tutancâmon. Essa possui material extraterrestre em sua composição, o que alimenta conspirações no mundo todo.

Fonte: Pixabay

Rei Tut

A princípio, é compreensível que o material de outro mundo seja usado no adaga de Tutancâmon. Afinal, este rei teve um governo restaurador de 1332 a.C até sua morte, em 1323 a.C, aos 19 anos.

Antes dele, seu pai, Akhenaton, queria substituir o politeísmo tradicional do Egito por uma crença monoteísta, a qual giraria em torno do deus Aton. Além disso, o faraó de uma só divindade fundou uma nova capital: Aquelaton, uma forma de homenagear seu deus.

No entanto, a crença de Akhenaton não obteve muitos adeptos. Logo, a população continuou a manter suas crenças politeístas, o que foi respeitado por Tutancâmon. Sendo assim, ele reestabeleceu as posses de templos aos sacerdotes de Tebas, a antiga capital do reino.

A propósito, um outro fato interessante é que o “Rei Tut” assumiu o trono com apenas nove anos de idade, após a morte de seu pai. Para esse momento, ele vinha sendo preparado desde os quatro anos, quando aprendeu a ler, escrever e tinha aulas de religião, aritmética, geometria e medicina.

Atualmente, seu nome é um dos que primeiro vem à mente quando se pensa nos inúmeros reis que o Egito antigo teve em seus 30 séculos de existência. Porém, isso não se deve apenas aos feitos de Tutancâmon em vida, mas também aos desdobramentos que seus restos mortais geraram.

De início, a equipe do egiptólogo Howard Carter fez escavações no Vale dos Reis, no Egito. Como resultado disso, encontraram a tumba do Rei Tut totalmente intacta. Ela estava sob proteção de outros dois caixões e uma máscara mortuária composta por ouro maciço.

Fonte: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany

Adaga de outro mundo

Juntamente com os restos mortais do governante, os pesquisadores encontraram cerca de 5 mil objetos. O acervo inclui joias, estatuetas, barcos, bigas, móveis, armas brancas, escudos, sandálias, roupas.

Sendo assim, o inventário era tão grande que os pesquisadores levaram 10 anos para catalogar tudo. Nesse processo, eles sentiram um espanto ao perceberem que uma adaga na tumba não havia enferrujado, mesmo com a passagem de mais de 3 mil anos.

Foi aí que fizeram um raio-x no objeto para chegar à derradeira conclusão: ele era feito de meteorito. “O ferro meteorítico é claramente indicado pela presença de uma alta porcentagem de níquel”, afirma Daniela Comelli, autora do estudo.

Além disso, para aumentar ainda mais o mistério, o punhal da adaga tinha em sua composição o gesso de cal, um material adesivo que não existia no Egito na época de Tutancâmon. Ou seja, a arma teria origem em terras estrangeiras.

Dessa maneira, após investigações, os estudiosos chegaram a um possível rastro do artefato. Afinal, o objeto foi feito mediante um esfriamento do material a -950 ºC. Isso sugere que a fabricação da adaga se deu provavelmente na Anatólia, parte oeste da atual Turquia, onde se praticava essa técnica.

Fonte: DR / Guardian Magazine / Reprodução

Um reforço a essa tese está na história do avô de Tutancâmon, Amnehotep III. Durante seu reinado, ele recebeu de presente uma adaga com este cabo de ouro. No entanto, o que não continha na arma do antepassado do Rei Tut era uma lâmina de meteorito.

Em síntese, a teoria que ganha força é de que os egípcios encontraram um meteorito que caiu nas redondezas, e desse material, fizeram a poderosa adega de Tutâncamon. Afinal, esse povo sabia da raridade e da qualidade das matérias que caíam do céu.

Fonte: Mega Curioso.

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