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Será que os pesquisadores vão conseguir criar carne no espaço?

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A cada dia que passa, a carne se torna um bem mais caro. Com isso, surgem ideias de como substituir a cadeia produtiva tradicional, baseada em vacas, frigoríficos e açougues. Por isso, pesquisadores se lançaram no espaço para tentar produzir esse alimento em plena Estação Espacial Internacional (ISS).

No dia 8 de abril, o foguete Axion Mission 1 levou para à ISS três idealistas: o investidor canadense Mark Pathy, o empresário americano Larry Connor e o ex-piloto da Força Aérea israelense Eytan Stibbe. Com pouso feito no dia 10, eles querem descolar uma maneira da Estação poder se alimentar de bifes frescos. Neste post, iremos explicar como o trio vai fazer isso!

Fonte: Iepec

Células bovinas em microgravidade

A princípio, as inovações dessa viagem não estão apenas nos objetivos finais dela. O grupo constitui a primeira equipe de astronautas privados que está se alojando na ISS. Logo, aqui já temos um marco no turismo espacial, que dessa vez se praticou mediante o pagamento de 55 milhões de dólares.

Além disso, o trio levou os instrumentos necessários para 24 experimentos científicos. Os testes envolvem áreas de estudo como a saúde cerebral, a produção de células-tronco cardíacas, o câncer e a velhice Nesse sentido, fabricar carne em ambiente espacial ganha destaque por permitir que a humanidade habite novos planetas.

A fim de alcançar este último propósito, as bagagens dos viajantes contam com o seguinte item: células bovinas. Sendo assim, a intenção do grupo é diferenciar e regenerar essas unidades, e assim, formar tecidos musculares.

Para isso, será necessário que os viajantes aperfeiçoem a biotecnologia envolvida na produção de carne em pequena gravidade. Afinal, já tivemos experiências bem sucedidas na fabricação de carnes no espaço por meio de impressões 3D. No entanto, a nova empreitada tem a intenção de alcançar este mesmo resultado sem utilizar as impressoras.

Imprimindo células bovinas

Definitivamente, Mark, Larry e Eytan não são tão pioneiros na ideia de produzir carne na Estação Espacial Internacional. Isso porque, em 2019, a start up israelense Aleph Farms anunciou que cultivou tecidos musculares por lá. Na ocasião, o processo envolveu uma impressora 3D, e obteve resultados positivos, porém, não muito robustos.

Fonte: Nova Meat

Em suma, a empresa pegou células bovinas da Terra e as levou ao espaço. Em seguida, dentro da ISS, os colaboradores reproduziram as células na máquina de impressão tridimensional. Dessa forma, um pequeno tecido muscular se constituiu.

Na época, a start up alegou que o experimento tinha caráter preliminar e buscava apenas conferir a viabilidade do processo. Nesse sentido, a recente jornada do trio de turistas procurará sofisticar essa cadeia produtiva, inclusive também usando células bovinas reais.

A diferença está no fato da multiplicação dos corpos celulares não contarem com a ajuda da impressora 3D. Logo, a busca será por fomentar a multiplicação natural dessas células, no entanto, a tecnologia para isso não está muito bem esclarecida.

O que resultados positivos podem trazer?

Em síntese, o objetivo dos três pesquisadores é permitir que os astronautas consumam carne bovina, mesmo eles estando em um ambiente sem condições de se criar gados. Dessa maneira, a humanidade caminhará na replicação do estilo de vida terráqueo em outros lugares do espaço.

Nessa lógica, a expectativa é que as ferramentas de sobrevivência humana sejam mais “portáteis”. Porém, existe um segundo desdobramento que pode vir da jornada do trio. Afinal, a produção de carne pelas células inibe a necessidade de se depender de cadeias produtivas envolvendo pastos, gados, frigoríficos e açougues.

Portanto, a construção de tecidos musculares tem poder de baratear a carne que se consome aqui na Terra. Além disso, em tempos de grandes preocupações ambientais, o mundo saberá manter a apreciação de bifes sem utilizar preciosos recursos naturais.

Fonte: Aventuras na História.

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