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Menina de 13 anos quase fica cega depois de seguir dica de beleza do TikTok

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TikTok é um lugar onde se pode encontrar de tudo. Cada hora é uma trend nova para seguir. Contudo, os conteúdos postados na rede social não passam por um crivo para dizer se determinado truque de beleza ou forma de cuidar da pele realmente funciona ou não tem nenhum efeito colateral prejudicial. Justamente por isso que às vezes as consequências podem ser graves.

Um exemplo disso foi o caso de uma menina de 13 anos que quase perdeu a visão depois de fazer um truque de beleza que ela viu no TikTok. A menina no caso é Amelia Gregory, e ela assistiu ao vídeo de uma influencer, também adolescente, dando dicas de cuidados com a pele e tentou fazer o que tinha visto no vídeo. Entretanto, o tutorial não deu certo e ela quase ficou cega por conta disso.

No vídeo visto por Amelia, a influencer recomendava produtos para deixar a pele brilhante e retardar o envelhecimento. No entanto, alguns produtos ditos por ela tinham retinol, que é uma substância que por mais que ajude a diminuir as rugas, pode causar queimação se usado em excesso.

Caso

Adcos

“Amelia desceu correndo as escadas com o rosto vermelho e gritando de dor. A pele do rosto dela estava descascando. Perguntei o que ela tinha feito e ela soluçou: ‘Um vídeo de cuidados com a pele’”, contou Claire, mãe da jovem.

A jovem explicou para sua mãe que tinha seguido as instruções da influencer do TikTok pra fazer uma máscara com retinol. “O rosto dela estava todo vermelho. O que quer que ela tenha colocado, queimou tanto a pele dela que ela ficou com vergões. Fiquei atordoada”, disse a mãe.

Depois de ver sua filha daquela forma, a mãe a levou para o hospital. De acordo com o médico, a situação iria se resolver de forma rápida, mas a pele de Amelia ficou mais dolorida e seu olho esquerdo ficou vermelho e inchado conforme os dias foram passando.

Quando isso aconteceu, Claire levou a filha para um pronto-socorro. Então, a jovem foi internada por conta de uma infecção bacteriana nos tecidos sob a pele. “Aquela pele escamosa e aberta infeccionou e essa infecção se espalhou para o olho esquerdo. A certa altura, parecia que se espalharia para o direito também”, contou Claire.

De acordo com os médicos, a infecção podia ter feito Amelia perder a visão, visto que ela não conseguia abrir os olhos ou piscar. Felizmente ela foi tratada, recebeu soro intravenoso e melhorou.

TikTok

CNN

Como dito, o que aparece no TikTok não passa por um crivo, por isso que não é incomum ver desafios aparecendo com frequência, sendo muitos deles perigosos para a vida das pessoas. Tanto é que, infelizmente, alguns casos são fatais.

Um exemplo era o desafio chamado de “Blackout Challenge”,que faz seus participantes transmitirem ao vivo, ou então publicar um vídeo deles mesmos sendo enforcados. Eles interrompem a respiração, usando cordas,  cintos, ou alguma coisa parecida, e tentam escapar dessa armadilha.

Parar a respiração já é perigoso por si só. Contudo, o que faz esse desafio ficar ainda mais perigoso é que, geralmente, as pessoas que o fazem, normalmente jovens, fazem-no sozinhos, longe dos pais ou responsáveis. Isso torna mais difícil a chegada a tempo do socorro caso o desafio dê errado. Esse foi justamente o caso que aconteceu com uma menina de 12 anos.

Em janeiro do ano passado, a jovem foi encontrada morta no seu quatro, na cidade de Capitán Bermúdez, na província de Santa Fé. A morte dela está sendo investigada como suicídio porque a polícia conseguiu encontrar o vídeo que ela mesma fez. No entanto, o motivo para isso ainda está sendo investigado.

Por mais triste que seja a morte dessa jovem de 12 anos, infelizmente, ela não foi a única. Em 2021, o desafio do apagão fez outra vítima, uma criança de 10 anos. A mãe da criança entrou com uma ação na Justiça conta a ByteDance, dona do TikTok. Nela, a mãe apontava que foi a rede social quem recomendou o conteúdo para sua filha.

“Eles usaram seu aplicativo e algoritmo para encaminhar um vídeo de desafio de blecaute para uma criança de 10 anos”, disse o advogado da família.

“Algo tem que mudar, algo tem que parar porque eu não gostaria que nenhum outro pai passasse pelo que estou passando”, disse a mãe da criança.

Na visão do especialista em Tecnologia e Inovação Arthur Igreja, o TikTok não pode ser culpado por essas mortes. No entanto, ele questiona o motivo de esse conteúdo continuar a ser propagado na rede social.

Ainda de acordo com Arthur, para tentar prevenir esse tipo de caso, “a plataforma pode identificar hashtags, postagens e este tipo de vídeo para derrubar esse conteúdo e não incentivar que outros continuem fazendo”.

“Sentimos muito pela trágica perda desta família. A segurança da nossa comunidade é prioridade e levamos muito a sério qualquer ocorrência sobre um desafio perigoso. Conteúdos dessa natureza são proibidos em nossa plataforma e serão removidos caso sejam encontrados”, disse um porta-voz do TikTok.

Além disso, a plataforma também disse que o desafio do apagão não começou na rede social e que eles nunca encontraram nenhum tipo de tendência com esse assunto dentro do TikTok.

O TikTok ressaltou que eles removem todos os conteúdos que ferem a política da rede social e que podem incentivar que os seus usuários tomem atitudes nocivas. Tanto é que, de acordo com eles, quando eles têm conhecimento das “hashtags que têm o potencial de promover desafios perigosos”, elas são bloqueadas.

“Removemos avisos alarmistas sobre boatos de suicídio ou automutilação que poderiam causar danos ao tratá-los como reais. Continuaremos a permitir conversas que visam dissipar o pânico e promover informações precisas”, disse a rede social.

Nesse ponto, eles pontuaram que no terceiro trimestre de 2022, de todos os vídeos que foram removidos da plataforma por conta de violações contra sua política, 96,7% deles “foram removidos por nós de forma proativa sem terem sido denunciados, 91,6% antes de terem qualquer visualização e 91,1% em até 24 horas após a postagem”.

Fonte: Metrópoles, Olhar digital

Imagens: Adcos, CNN

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