Mulher mais rica do mundo diz viver “escondida” para ser feliz

Quem nunca sonhou em ser bilionário? Todos nós, ao menos uma vez, pensamos em como seria a vida com tanto dinheiro e como seria poder ter absolutamente tudo que quiséssemos. Mas a vida dessas pessoas podem nem sempre ser tão rodeada de luxos como imaginamos. Tanto é que a mulher mais rica do mundo vive “normalmente”.

Desde o dia 28 de dezembro, Françoise Bettencourt Meyers, herdeira da gigante dos cosméticos L’Oréal, se tornou oficialmente a mulher mais rica do mundo e a primeira que ultrapassou a marca dos 100 bilhões de dólares. No entanto, mesmo com todo esse dinheiro a mulher se considera uma pessoa discreta e que vai contra o estereótipo de herdeira que ostenta joias, mora em uma mansão e coleciona obras de arte.

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Françoise nasceu em 1953, neta da fundadora da marca, Eugène Schueller, e é filha de Liliane Bettencourt e do político André Bettencourt. Em uma entrevista que ela deu para o jornal francês Le Monde, ela disse que acredita que “na verdade, o dinheiro enlouquece as pessoas”.

Ela é uma mulher bem reclusa e, conforme a própria, isso vem desde a sua infância, quando seus pais a tiraram da escola e começaram a educá-la em casa com medo de que ela pudesse ser sequestrada para um resgate ser pedido. Talvez por conta disso que a herdeira é tímida, não ostenta e, ao contrário da sua mãe Liliane, ela é bem mais intelectual do que social.

Ainda na mesma entrevista, Françoise disse ser consciente do seu privilégio, mas que não foi criada para adorar o dinheiro. Ela disse que dentro de casa eles nunca falavam a respeito de dinheiro e que a própria palavra quase não era pronunciada.

Em dezembro de 2023, as ações da L’Oréal SA atingiram um preço recorde e a empresa teve seu melhor ano desde 1998. Foi então que Françoise se tornou a mulher mais rica do mundo e a décima pessoa mais rica. No entanto, mesmo tendo esses títulos, a mulher ainda leva uma vida sem grandes luxos e prefere continuar como uma pessoa anônima.

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No caso de Françoise, ela prefere ficar reclusa em casa, mas tem pessoas que abrem mão de sua casa para viver uma experiência de vida. Esse é o caso de Mimi Bland, de 59 anos. Ela transformou o seu sonho de viagem em sua vida cotidiana. O cruzeiro em que ela mora é o MV Narrative, mas ele não é um cruzeiro comum. Ele é um verdadeiro oásis no mar.

De três em três anos, o navio faz uma viagem contínua em volta do mundo e vai parando nos portos de todos os continentes. Quem está a bordo do MV Narrative tem a possibilidade de explorar o mundo de uma forma totalmente única.

Mas é claro que uma experiência dessa não é de graça. Quem tiver vontade de ter uma cabine nesse cruzeiro deve desembolsar quantias a partir de um milhão de dólares, podendo chegar até oito milhões no caso das suítes mais luxuosas.

Claro que esse preço é bem alto, no entanto, na visão de Mimi, ela viu uma oportunidade. A mulher vendeu sua casa de três quartos, que estava avaliada em 637 mil dólares, e conseguiu comprar um dos apartamentos de luxo no cruzeiro. Ela também deixou reservado 64 mil dólares para refeições e acessar as instalações da primeira classe.

Muitos podem pensar que essa escolha é somente por extravagância, mas não é bem assim. Os planos de Mimi são continuar a sua carreira como mentora de mindfulness a bordo e ajudar os passageiros do cruzeiro a alcançarem um equilíbrio melhor entre o trabalho e a vida. “Quero ver o mundo trabalhando e sem jamais deixar o conforto da minha própria casa”, disse Mimi.

E como a mulher conseguiu bancar esse estilo de vida? Mimi fez as contas e deixando para trás as despesas que ela tinha com seu estilo de vida luxuoso anteriormente, ela calcula que irá estar 25 mil dólares melhor a bordo do cruzeiro do que em sua antiga casa.

Além do desafio financeiro, Mimi também passou por desafios pessoais, como um divórcio de uma relação de 20 anos. Então, os últimos três anos foram um ponto de virada na vida dela e fizeram com que ela tivesse forças para encarar essas mudanças em sua vida.

“Acho que todos nós passamos por uma grande mudança nos últimos três anos, e percebemos que muitos de nós têm a sorte de poder trabalhar de qualquer lugar do mundo”, refletiu ela.

Fonte: NSC total, Mistérios do mundo

Imagens: NSC total, Mistérios do mundo