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Missão Artemis 3 da NASA pode ser adiada para 2027. Saiba o motivo

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Em 2023, a missão Apollo 11 completa 54 anos. Além dela, outras cinco missões tripuladas pisaram na lua. Ao todo, 12 pessoas já pisaram na sua superfície e outras 12 estiveram na órbita dela. E todas essas pessoas eram homens brancos norte-americanos da NASA.

Contudo, desde dezembro de 1972 ninguém mais foi até a lua ou caminhou nela. As últimas pessoas foram os tripulantes da missão Apollo 17. Agora, com o chamado programa Artemis, a NASA não quer somente fincar a bandeira dos EUA na lua, mas estabelecer uma presença constante nela. Isso com o objetivo de que um dia cheguemos até Marte.

Para esse objetivo se tornar realidade, o primeiro passo já foi dado. A missão Artemis 1 foi até a órbita da lua e voltou para a Terra, no entanto, ela não foi tripulada. Em 2024 será lançado o Artemis 2, que fará a mesma coisa, mas com quatro astronautas a bordo.

Reagendamento

Olhar digital

Contudo, a missão Artemis 3, que é a que tem o objetivo de retornar os humanos à lua pode ser adiada para 2027. Esse anúncio foi feito na última quinta-feira pela Agência de Responsabilidade Governamental dos Estados Unidos (GAO). Teoricamente, o programado era que a missão acontecesse em dezembro de 2025, mas ela está enfrentando “múltiplos desafios” e tem um cronograma bastante ambicioso.

Segundo oficiais da NASA e do setor industrial e análises de documentos, a GAO identificou uma quantidade significativa de trabalho técnico que ainda estava pendente no Sistema de Pouso Humano (HLS). Ela é uma variante da Starship, que é o principal meio de transporte dos astronautas para a lua. Além disso, ainda é preciso rever o design para que tanques de oxigênio maiores sejam incorporados nos trajes espaciais.

Como o HS irá consumir todo seu propulsor somente para conseguir alcançar a órbita, ele precisa ser reabastecido antes de seguir para a lua. Atualmente, o plano é feito por um esforço de várias etapas, como o posicionamento de um depósito de combustível da Starship em órbita, além de vários tanques para conseguir fazer a transferência de metano e oxigênio líquido. Tudo isso irá garantir o reabastecimento total antes da viagem lunar.

Até o momento, o programa HSL ainda está trabalhando com o lançamento de dezembro de 2025 em mente e com o objetivo de terminar todo seu desenvolvimento em 79 meses. Esse prazo é, em média, um ano mais rápido do que os grandes projetos da NASA, que muitas vezes nem envolvem voos espaciais com pessoas.

Desafios

Bloomberg linea

No entanto, a GAO acredita que esse cronograma é improvável de ser cumprido por conta de todo o trabalho técnico complexo que ainda falta, como por exemplo, a transferência do propulsor em órbita.

Dos 13 marcos principais, o HSL e a SpaceX adiaram oito de seis meses a um ano. Com isso, dois desses marcos acabaram sendo reagendados para 2025, que é o mesmo ano previsto para o lançamento da missão Artemis 3. Contudo, se o desenvolvimento do lander HSL durar tanto quanto os outros projetos grandes da NASA, a missão irá acontecer no começo de 2027.

Um outro ponto que levanta preocupação é com relação ao design dos trajes espaciais feitos pela Axiom Space. Esse ano, essa empresa que irá alugar os trajes espaciais para a NASA nas missões Artemis apresentou um protótipo, mas ele ainda está na fase inicial de desenvolvimento.

Uma exigência da NASA é que a Axiom crie um traje que dê 60 minutos de suporte vital de emergência. No entanto, o design original feito pela empresa não fazia esse requisito que é o mínimo para a missão Artemis 3.

Agora, a Axiom tem planos para rearranjar os componentes do traje para que tanques maiores de oxigênio sejam acomodados. E se isso não for possível, será preciso mudar todo o design atual, o que levaria mais tempo para ser feito.

Missão

Mundo conectado

Por mais que a missão seja adiada, os astronautas que farão parte dela já foram escalados. São eles: Victor Glover, Christina Koch, Reid Wiseman e Jeremy Hansen, da CSA (Agência Espacial Canadense). Todos eles bem diversos, em comparação ao passado. A tripulação é composta por um negro, uma mulher e um estrangeiro.

“Estes exploradores representam o melhor da humanidade, ousando forjar novas fronteiras no espaço em nome da humanidade”, disse a NASA.

Christina Koch

A mulher de 44 anos será a especialista da missão. Isso porque Christina é uma astronauta experiente e foi selecionada pela NASA em 2013. Ela é formada em física e engenharia elétrica e fez história como engenheira nas expedições 59, 60 e 61 até a Estação Espacial Internacional (ISS).

Quando ela foi para a ISS, o previsto era que ela ficasse alguns meses. Contudo, por conta de imprevistos ela passou quase um ano por lá. Ao todo foram 328 dias, entre março de 2019 e fevereiro de 2020. Isso fez com que ela tivesse o recorde de mulher que ficou mais tempo no espaço.

Victor Glover

O homem de 46 anos irá ser o piloto da missão. “Este é um grande dia. Temos de celebrar este momento da história humana”, disse ele. Victor é um engenheiro negro, comandante da Marinha dos EUA e um piloto de caça F/A-18 experiente.

Em 2015, ele finalizou seu treinamento de astronauta e foi selecionado para a tripulação em um programa comercial em parceria com a SpaceX. Ele participou da expedição 64/65 e ficou mais de seis meses na ISS. Com isso, ele foi o primeiro afro-americano a viver no local.

Reid Wiseman

Esse homem de 47 anos será o comandante da missão. Ele começou sua carreira como piloto de testes e, em 2009, foi selecionado para ser astronauta. Reid foi engenheiro de voo na missão 40/41 e ficou 165 dias no espaço.

Em 2020, ele foi promovido a Chefe do Escritório de Astronautas da NASA. Contudo, ele renunciou esse cargo para voltar para o espaço e ir até a lua.

Jeremy Hansen

O homem de 47 anos é o estrangeiro que participará da missão. Ele irá ser o especialista a bordo. Jeremy é o único que nunca foi para o espaço, mas sua formação é bem sólida.

Desde seus 12 anos ele é piloto e é formado em física e ciência espacial. Em 2009, ele foi selecionado pela CSA e trabalhou no Centro de Controle da Missão, que é formado por especialistas que ficam na Terra monitorando a ISS.

Fonte: Olhar digital, Tilt

Imagens: Olhar digital, Bloomberg linea, Mundo conectado

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