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Navio nazista afundado há 80 anos que até hoje polui o mar

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Sabemos hoje todo o estrago que a poluição faz em todo tipo de ecossistema e que ela não some de repente. Um exemplo disso é esse navio nazista de patrulha V-1302 John Mahn que afundou no Mar do Norte em 1942 depois de ter sido atacado por aviões britânicos e que ainda está poluindo o mar.

Depois de 80 anos do naufrágio, pesquisadores descobriram que produtos químicos perigosos continuam a vazar dos destroços da embarcação, que está localizada na costa da Bélgica, e resultam em poluição no mar.

No estudo, Josefien Van Landuyt e seus colegas da Universidade de Ghent escreveram que encontraram vestígios de arsênico, níquel e cobre nas amostras retiradas do caso do navio, e também das amostras do solo do oceano em volta da embarcação naufragada.

Poluindo o mar

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Como se isso não bastasse, eles também identificaram outros poluentes, como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs), metais pesados e traços de explosivos.

De acordo com os pesquisadores, esses poluentes estão afetando a microbiologia e geoquímica do fundo do mar em volta dos destroços do navio. Eles também fazem o alerta para uma coisa ainda mais preocupante. Os pesquisadores sugerem que os milhares de naufrágios de guerra no Mar do Norte, entre a Grã-Bretanha e o continente europeu, poderiam também ser uma ameaça parecida ao ambiente marinho.

O estudo que fez essa descoberta faz parte do projeto Naufrágios do Mar do Norte, que analisa os riscos que essas embarcações oferecem. Justamente por isso que as pesquisas irão ajudar a decidir se o melhor é que esses destroços de navios sejam retirados do fundo do mar para proteger o oceano e seu ambiente ou não.

Poluição antiga

Assim como o navio nazista, outras embarcações usadas tempos atrás também continuam poluindo o mar anos depois, como por exemplo, esses restos de um submarino soviético que afundou em 1989, na costa do arquipélago de Svalbard. O que chamou a atenção da equipe de pesquisadores noruegueses não foi o achado em si, mas sim os vazamentos significativos de radioatividade do submarino, chamado “Komsomolets”.

Os níveis de radiação, detectados em decorrência desses vazamentos, eram 100 mil vezes mais altos do que o normal, o que fez com o que os meios de comunicação o nomeassem de “Chernobyl do mar”.

O submarino está afundado em uma área do Mar de Barents, no norte da Noruega. Essa é uma região considerada uma das maiores áreas de pesca do mundo. Na época em que naufragou, o navio contava com dois reatores nucleares, carregados com dois torpedos com ogivas nucleares e 16 mísseis de longo alcance. Embora os níveis de radiação sejam altíssimos, até agora, as medições não detectaram risco de contaminação na região.

Quando lançado ao mar, o submarino Komsomolets tinha dois cascos de titânio. Um dentro do outro, de forma a proporcionar um mergulho mais fundo do que qualquer outro submarino dos Estados Unidos até então. O vazamento só foi descoberto 30 anos depois. Isso graças à equipe de pesquisadores noruegueses que coletaram amostras de água de um dos tubos de ventilação do submarino.

As três amostras colhidas foram comparadas com monitoramentos anteriores e estabeleceram um aumento substancial nos níveis de radiação da água. No início da década de 1990 e depois, em 2007, cientistas já haviam feito medições dos pequenos vazamentos radioativos no Komsomolets. A última medição foi feita há 11 anos e os resultados não mostraram nenhum sinal grave de vazamento radioativo.

Entretanto, os pesquisadores afirmaram que não é uma situação alarmante e que o vazamento deve continuar a ser monitorado. “Em geral, os níveis de césio no mar da Noruega são muito baixos. E como o naufrágio é tão profundo, a poluição do submarino é rapidamente diluída”, explicou um dos pesquisadores.

Fonte: History

Imagens: History, YouTube

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